terça-feira, 1 de junho de 2004

A vantagem de sermos poucos...

Como já referi aqui, a peregrinação bahá'í até hoje tem sido feita em pequenos grupos de 200 crentes. São pessoas provenientes dos mais diversos lugares do mundo. Depois de nos inscrevermos, aguardamos 4 a 5 anos até sermos avisados que no ano seguinte vamos ter oportunidade de fazer a peregrinação. O facto do grupo de peregrinos ser pequeno dá uma certa tranquilidade; a peregrinação consegue ser mais um momento de reflexão sobre a nossa relação com Deus, do que um fenómeno de massas.

Quando fiz a minha peregrinação, um iraniano idoso insistia que, de alguma forma, nós éramos um privilegiados. Estávamos ali num pequeno grupo de peregrinos e podíamos entrar nos túmulos; com sorte até conseguíamos estar a sós lá dentro. No futuro, quando houvesse muitos milhões de bahá'ís, não poderíamos entrar nos túmulos; teríamos apenas a possibilidade de circular ao seu redor.

Em 1992, celebrava-se o centenário do falecimento de Bahá'u'lláh. Para assinalar o evento, realizou-se na Terra Santa uma cerimónia especial de homenagem ao fundador da religião Bahá'í. De cada país foram convidadas 19 pessoas; ao todo éramos mais de 4000 pessoas. E como, tinha antevisto aquele iraniano idoso, não podíamos entrar todos nos túmulos. Tivemos de circular ao seu redor.

A foto seguinte mostra uma imagem aérea do jardim que circunda a ultima residência e o túmulo de Bahá'u'lláh, em Bahji, na Terra Santa.

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