quinta-feira, 21 de abril de 2005

Primeiro Dia de Ridvan

Um feriado baha'i e eu a trabalhar. Acontece. É frequente.

Quando Bahá'u'lláh estava exilado em Bagdade e recebeu ordem de transferência para Constantinopla, antes de iniciar a viagem, acampou com vários companheiros no chamado Jardim de Ridvan (em português "Paraíso"). Durante doze dias ali se viveu um ambiente festivo, em que o fundador da religião baha’i revelou epístolas e recebeu cumprimentos de despedida de várias pessoas proeminentes da cidade (incluindo clero muçulmano e autoridades otomanas). Doze dias durante os quais Ele anunciou aos amigos mais próximos ser o Prometido profetizado pelo Báb. Doze dias a que hoje chamamos o Festival de Ridvan.

É também neste dia que as comunidades bahá’ís por todo o mundo elegem as Assembleias Locais; sem qualquer campanha eleitoral, nomeação de candidatos ou formação de listas, os crentes com mais de 21 anos de idade, elegem por voto secreto os membros da direcção da comunidade local. Por estes dias são inevitáveis as comparações entre a forma de administração das comunidades baha’is e das comunidades católicas. Como os baha’is não têm clero, e elegem directamente a direcção da sua comunidade local, o envolvimento na vida comunitária acaba inevitavelmente é maior.

Reparei ontem que o Site Oficial Internacional da Comunidade Baha'i foi reformulado. Há um novo grafismo, existem novas secções, e foram acrescentados links para outros sites oficiais. É uma bela prenda para o Primeiro Dia de Ridvan. Uma das primeiras coisas que me chamou a atenção foi a secção de perguntas e respostas. As questões típicas sobre a religião bahá’í estão ali respondidas. Talvez fosse uma boa ideia ter aquela secção traduzida em português no nosso site oficial.

Enfim. Hoje é o primeiro dia de Ridvan e eu estou aqui a trabalhar... Num dia destes um homem devia ir passear com a família!

1 comentário:

Anónimo disse...

Já há muito que ando a tentar escrever-te mas e os computadores somos o Adão e a maçã. Sem um intermediário não chego lá.
Bom, é para dizer que tenha gostado de observar o blog.
Não escreves demais nem de menos, pretendes informar sobre a Fé, respeitando a escolhas de cada um.
Se esta referência chegar ao blog vou continuar a fazer comentários. Até porque vivi ano e meio em Israel, a Terra Santíssima.