terça-feira, 17 de maio de 2005

Epístola de Maqsúd (4)

O quarto post sobre a Epístola de Maqsud. Entre parentesis rectos indicam-se os números dos parágrafos. O primeiro parágrafo começa com as palavras "Ele é Deus, excelso é Ele, o Senhor de Majestade e poder".
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O SER HUMANO

Nas escrituras baha'is, o homem é considerado como a mais valiosa jóia da criação. Na epístola de Maqsúd, Bahá'u'lláh descreve o ser humano como um "talismã supremo"[3] e "uma mina rica em jóias de inestimável valor[3]. A falta de educação tem impedido os seres humanos de revelar todo o seu potencial. Como expoente máximo da criação, o ser humano deve manifestar um "belo carácter, acções puras e uma conduta decorosa e louvável"[28]. E se o ser humano possui um estatuto elevado aos olhos de Deus, também elevados devem ser os seus esforços com vista a reabilitar o mundo e a trabalhar pelo bem-estar das nações[36].

Bahá'u'lláh enfatiza que as crianças devem estudar as ciências e letras que "resultarão em vantagem para o homem, lhe assegurem o progresso e lhe elevem o grau"[17]. Os sábios da terra são encorajados a partilhar o seu conhecimento com toda a humanidade. "Os estudos académicos que começam com palavras e terminam com palavras nunca tiveram e jamais terão valor algum"[18]. E seguidamente refere como tantos doutores da Pérsia cujos estudos nada produzem senão palavras (a).

A necessidade de diálogo e moderação nas actividades humanas é também muito enfatizada nesta epístola. Esta é uma recomendação não apenas para o cidadão comum, mas também para qualquer pessoa que exerça um cargo de autoridade: "O que passar além dos limites da moderação deixará de exercer uma influência benéfica"[19]. A moderação deve ser aplicada também nas palavras, juntamente com tacto e sabedoria [29, 30]. Para descrever o poder das palavras humanas, Bahá'u'lláh, usa várias metáforas: "Uma palavra pode ser comparada ao fogo, e outra à luz, e a influência que ambas exercem no mundo está manifesta"[31]; "Assemelha-se uma palavra à primavera, a qual torna verdejante e florescentes os tenros arbustos do roseiral do conhecimento, assim como outra palavra é veneno mortal"[31]. Cada pessoa ao expressar-se deve fazê-lo de maneira a causar no seu ouvinte o que seja digno da condição humana. Por outras palavras podem levar o homem a cometer actos louváveis ou actos indignos da sua condição (b).

À semelhança de outras epístolas, Bahá'u'lláh também aqui se refere aos "sábios e eruditos", enfatizando a sua importância na sociedade: "o homem de consumada erudição e o sábio dotado de sabedoria penetrante são os dois olhos do corpo da humanidade. Queira Deis, a terra jamais se veja privada destas duas maiores dádivas"[24] (c). O seu papel na educação do povo e disseminação do conhecimento, coloca-os como agentes fundamentais de regeneração social; o serviço destes homens deve ser dedicado a todos os povo da terra.

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NOTAS
(a) - Pessoalmente, parece-me que a referência a estudos que "começam com palavras e terminam com palavras" pode ser entendida como uma alusão à teologia especulativa. O episódio do encontro de Mirza-Abdu’l Fadl com um ferreiro analfabeto é um exemplo do desmoronar desse tipo de conhecimento.
(b) - Sobre este assunto, Bahá'u'lláh escreveu no Kitáb-i-Íqán: "... a língua é um fogo em brasa e o excesso de palavras é veneno mortal. O fogo material consome o corpo, enquanto que o fogo da língua devora tanto o coração como a alma. A força do primeiro dura apenas pouco tempo, mas os efeitos do último persistem por um século"
(c) - Também já tinham sido referidos na Epístola aos Reis.

13 comentários:

Pedro Fontela disse...

Será que Bahá'u'lláh também diz algo sobre ensinar religiões dogmáticas a crianças? Pois é...quando são novos é mais fácil imprimir-lhes seja o que for na cabeça – muito mais simples que ter que lidar com adultos cépticos. Enfim nem vale a pena falar mais sobre este assunto porque sei que é uma causa perdida...

Anónimo disse...

Olá a todos,

É evidente que é de "pequenino que se torce o pepino" e o problema reside em saber que valores se devem ensinar às crianças.
Ensinar às crinças é imperioso, daí toda a importância que se dá ao Professor no Livro Sacratíssimo.
Mas porque insiste que a religião Bahá'í é dogmática? É verdade que já há alguns conceitos admitidos à priori mas daí a considerar a religião como sendo dogmática na sua essência penso ser injusto, mas já falámos sobre este assunto.
O objectivo é que, sendo a mina que é um lugar escuro e perigoso, possa enriquecer todos as criaturas de Deus, na qual estão incluídos os judeus, xiitas, católicos, benfiquistas, coreanos, enfim todos nós.
Um sentimento doseado de cepticismo não faz mal a ninguém, e a prova é que Tomé foi um discípulo dedicadíssimo após a ascenção do seu Senhor.
Para nós este assunto da educação religiosa jamais será uma causa perdida até porque se necessário "as pedras erguer-se-ão".
Ensinar filosofia, biologia ou química, é, quanto a mim, ao luz dos ensinamentos Bahá'ís um acto de adoração.

João Moutinho

Marco Oliveira disse...

Pedro,
Um dos princípios baha'is é a livre e independente investigação da verdade. Não é uma lei facultativa ou apenas um conselho; é um princípio. É algo tão sagrado para um baha'i como qualquer dos Dez Mandamentos para um judeu. Negar este princípio seria subverter a religião baha'i.

Também é importante ter presente que ninguém é baha'i só porque nasceu numa família baha'i. É natural que as crianças que nasçam em famílias baha'is recebam uma educação religiosa baha'i. Mas ao completarem 15 anos, os jovens que desejam ser baha'is devem declara-lo explicitamente. Só a partir desse momento é que são considerados como membros da comunidade.

Uma pequena curiosidade: no tempo de Bahá'u'lláh, o ensino da doutrina religiosa xiita assentava no chamado "taqlid" (imitar de cegamente, e sem questionar, os actos e as crenças). A autoridade dos Mullhas e Mujtahid assentava fortemente no taqlid. Bahá'u'lláh condenou explicitamente o taqlid e instou os Seus seguidores a investigar a verdade por si próprios. Não admira, pois, a opinião que o clero xiita tinha a respeito d'Ele.

Quanto aos adultos cépticos é bom que existam. É que os argumentos dos cépticos obrigam um crente a reflectir sobre a sua religião.

Pedro Fontela disse...

Não me referia especificamente à fé Bahá'í, foi um "desabafo" geral. A tradição tem sempre um enorme peso e eu encaro sempre com um enorme cepticismo a independência das escolhas. Também já ouvi muito católico ter a lata de dizer que as escolhas dos jovens crentes são totalmente independentes (depois de passarem 12 anos numa escola religiosa a debitarem-lhe a verdade de Jesus pela garganta abaixo). Podem ser livres mas raramente são informadas - isto levanta a questão se existe realmente liberdade quando não existe informação...

E sim a fé Bahá'í como todas as outras é dogmática, porque se rege pela imposição de certos princípios inquestionáveis. Todas as religiões sem excepção o são. A não ser que me digam que a fé Bahá'í não tem dogma algum :)

Anónimo disse...

Bom, há sempre algumas dogmas.
Por exemplo acreditamos que a concepção de Jesus resultou de uma vontade divina em que não houve intervenção por parte de José, isto é, Jesus não tinha Pai humano.
É verdade que as escolhas nunca poderão ser totalmente independentes se considerarmos a influência do meio exterior, até porque somos orgânicos com ele. Assim, um ateu ensinará aos seus filhos ensinamentos que eles incorporão.
O importante, conforme o Pedro refere, é sermos desde o início estimulados a procurar informação de diferentes lados. E, sejamos imparciais, "autos de fé" existem em muitas ideologias, mesmo naquelas que insitem em não possuí-los.
Mais uma vez, chamo atenção para a resposta do Marco. (Ia-lhe chamar magistral...)

João Moutinho

Marco Oliveira disse...

Pedro,

Talvez tenhamos que chegar a acordo sobre o que entendemos pela palavra "Dogma". Num contexto religioso, diria que se trata de uma verdade fundamental. No entanto, parece-me que devemos distinguir dois tipos de dogmas.
1 – Os que estão no cerne de cada religião. (Exemplos: "Deus existe", "Moisés foi um Profeta inspirado por Deus", "O Alcorão é a Palavra de Deus")
2 – Os que derivam de uma reflexão ou modelo teológico.

Os dogmas do primeiro tipo existem em qualquer religião; quem não os aceita não pode ser considerado crente por uma comunidade de crentes.
Os dogmas do segundo tipo são produto da mente humana. Dificilmente lhes poderíamos chamar fundamentais. A sua validade existe sempre dentro de um determinado modelo teológico; dificilmente se podem considerar uma verdade fundamental aplicável a todo uma religião.

Na religião baha'i só conheço dogmas do primeiro tipo.

Mas agora não resisto a uma provocaçãozinha: a crença que o método científico pode descrever toda a realidade não será um dogma dos materialistas? :-)

Pedro Fontela disse...

Marco e João,

Dogmas são dogmas quer sejam do tipo 1 ou do tipo 2. E tens razão eles estão no cerne das religiões...começas a ver o meu problema não é?

Venham as provocações que só fazem bem :) . Há uma grande diferença no uso do método cientifico e o uso do misticismo das religiões. O método cientifico produz resultados palpáveis e inegáveis a religião não.

Marco Oliveira disse...

Pedro,

Dogmas são dogmas, mas não são todos a mesma coisa. Consideremos os dogmas da existência de Deus e da infalibilidade papal. O primeiro está na génese de todas as religiões; as escrituras sagradas atestam a sua validade. Até alguns raciocínios filosóficos e teológicos o sustentam. Já o segundo só é válido para alguns católicos; para quem não é católico (e até para alguns católicos) este dogma é um produto da mente humana e não tem qualquer fundamento bíblico.

Para mim é claro que estes dogmas não podem "ser metidos no mesmo saco".

Quanto ao método científico, ele permite-nos fazer uma concepção mental do que entendemos ser a realidade material. Essas concepções têm evoluído ao longo do tempo. Esses resultados palpáveis por vezes são um pouco voláteis (nem tudo o que a ciência afirma ter descoberto é inegável; é a própria ciência que evolui e se encarrega de fazer a negação de descobertas anteriores).

Não deixa de ser curioso que o conhecimento científico (produzido pela ciência) e o conhecimento religioso (revelado nas grandes religiões mundiais) sejam ambos evolutivos.

Pedro Fontela disse...

Marco,

Como vais reparar para mim essa distinção entre os dois tipos de dogmas é um discussão sem sentido, nem um nem o outro fazem muito sentido, do meu ponto de vista. Os católicos estão longe de ser os únicos a ter sistemas teológicos complexos.

A ciência nunca se definiu como dogmática, aliás, uma das suas melhores características é o facto de poder ser revista à luz de novos argumentos – mas mais uma vez têm que ser argumentos credíveis e não pedaços de teologia atirados ao ar. Quando foi a últimas vez que voaste graças aos ensinamentos dos profetas? E quando usas a electricidade rezas ao ser superior? São estes os resultados da ciência que nenhuma religião jamais produziu ou vai produzir.

A religião é evolutiva? Qual é a evolução que existe de se passar de um mito para outro mito? (nem menciones essa palavra (evolução) aos teus amigos conservadores (seja qual for a fé) porque senão têm um ataque apopléctico...)

Marco Oliveira disse...

Pedro,

Na minha opinião, temos dois tipos de conhecimentos bem distintos: a ciência e a religião. Têm âmbitos diferentes e os frutos que produzem devem estar em harmonia (por outras palavras, a fé não deve ir contra a razão). Desta forma, não faz sentido pretender que a ciência pode demonstrar a existência (ou não existência) de Deus; de igual modo, também não faz sentido sustentar a existência de fenómenos como a ressurreição física, pois vão contra as leis da natureza.

Na primeira metade do século XX as teorias da relatividade e da mecânica quântica (ambas intimamente ligadas à natureza e funcionamento da luz) revolucionaram o campo da física e alteraram todo o curso do desenvolvimento científico. Tornou-se evidente que a física clássica só conseguia explicar fenómenos dentro de um âmbito limitado.

Houve alguns cientistas que levaram muito tempo a aceitar esses novos conceitos; poderia classificar de dogmático o seu apego aos conceitos da física clássica. Actualmente há alguns aspectos da teoria da relatividade que começam a ser questionados, e claro, lá aparecem uns cientistas mais dogmáticos a criticar as novas teorias.

Quanto à religião, se considerares as explicações apresentadas pelos fundadores das Grandes Religiões mundiais sobre o que é Deus, e o Seu relacionamento com a humanidade, notamos que existe uma evolução de conceitos. Por exemplo, o conceito de "Salvação" tão querido ao Cristianismo, evoluiu para um conceito de "preparação para a existência após a morte física" na religião Baha'i.

E naturalmente há quem não aceite este novo conceito por ter um apego dogmático ao conceito anterior. (já sei que isto pode parecer irrelevante para quem não acredita que haja algo que transcenda a realidade material.)

Resumindo: a ciência e a religião proporcionam-nos conhecimentos distintos, que evoluem ao longo do tempo e têm âmbitos bem diferenciados. Sempre que num destes tipos de conhecimento se verifica uma evolução, também existe oposição por parte de pessoas mais conservadoras que manifestam atitudes dogmáticas.

E agora as "bocas": :-)

"Quando foi a últimas vez que voaste graças aos ensinamentos dos profetas? E quando usas a electricidade rezas ao ser superior?" Isto é claramente misturar as coisas, certo? A não ser que estejas a sugerir que eu seja alguma espécie de "Diácono Remédios". :-) Sabes que mais: o meu filho está com varicela e a primeira coisa que fiz foi procurar um bom médico. Ou esperavas que eu tentasse resolver o problema com rezas e benzeduras? :-)

E quanto aos meus "amigos conservadores" não será isso um estereotipo? Será que quem professa uma religião é naturalmente um conservador e quem crê apenas na realidade material é um progressista? As pessoas podem ser conservadores ou progressistas. Isso é uma atitude mental independente das suas convicções. ;-)

Pedro Fontela disse...

Estás a entrar num campo "perigoso" :), em que a tua religião é vista como uma espécie de pináculo da evolução religiosa... eu acho que devias partilhar essa com o pessoal da Terra da Alegria :) .

Bem serviços de saúde geridos com regras religiosas não seriam algo de inteiramente novo... com os resultados que se podem esperar... (noções religiosas a interferir no campo médico dão sempre mau resultado)


«Será que quem professa uma religião é naturalmente um conservador e quem crê apenas na realidade material é um progressista?»

Não estava a dizer que por alguém ser religioso tem que ser conservador, as coisas são bastante mais complicadas que isso. Em abstracto a posição de uma pessoa face à questão religiosa é em grande medida irrelevante para o seu posicionamento no espectro conservador-progressista. Mas na realidade eu penso que não será bem assim, e passo a explicar. O ateu, se chegou à sua posição por um processo racional, tem que analisar toda uma série de conceitos que fazem parte da sociedade e que realmente resultam de uma certa matriz religiosa (conceitos sobre moralidade, justiça, etc). E nessa análise irá com certeza descartar muita coisa para as quais não encontra boas justificações ou com as quais não concorda pessoalmente. Enfim trata-se de construir uma visão/filosofia do 0 -não será bem do 0 mas anda lá perto. Nota: é triste que muitos ateus não sigam este processo e acabem por secularizar muita da tralha religiosa, especialmente as partes mais perniciosas...

Marco Oliveira disse...

Pedro,

O modelo baha'i sobre a evolução da religião é bem conhecido. Além disso já publiquei dois posts sobre a perspectiva baha'i sobre a ressurreição de Cristo. Naturalmente que os cristãos não concordam com estas posições. Mas deveria eu esconder as minhas opiniões só porque alguém não concorda?

Os colaboradores da Terra da Alegria acreditam a relação com o transcendente apenas pode beneficiar o ser humano e toda a sociedade. Além disso percebe-se que há um certo encanto pela diversidade de opiniões e uma pequena paixão por assuntos ligado à religião. Creio que acima de tudo respeitamos as nossas diferenças (aquele blog seria muito chato se fossemos todos iguais!)

De certa forma tu também és como eles: temos diferenças de opinião mas respeitamo-nos. E adoramos um bom debate, certo? :-) ?

alexbr82 disse...

Gostaria de deixar algumas ideias no meio dessa discussão frutuosa. Sem dúvida que somos em grande parte (a maior parte) fruto daquilo que nos rodeia. Se fomos ensinados a acreditar em determinada religião será muito difícil desligar-se dela e pelo contrário, se vivemos num mundo cada vez mais materialista no qual os valores éticos são muitas vezes desprezados então teremos grandes chances de ser pessoas materialistas.

Em relação ao ver para crer ou no nosso caso racionalizar para ser, creio que é uma teoria incompleta, não contempla todos os campos do ser humano. Como diria um grande sábio persa, a planta não consegue conceber o reino dos sentidos , isto é, o reino animal, será isso razão suficiente para negar a sua existência? Da mesma forma o ser humano não consegue racionalizar Deus, será então que isso é a prova da sua inexistência ou prova da nossa limitação?

Daqui zarpamos para a questão, então quem sabe dessa suposta existência?

No meu ponto de vista muitos seres especiais passaram por essa terra, seres que revolucionaram o pensamento do seu tempo até aos dias de hoje. Poderia falar de Jesus Cristo, que não só é o nome (com a correspondente tradução) mais conhecido no mundo, como os seus ensinamentos são ainda hoje a base de muitos conceitos éticos e não só, veja na economia a teoria que resultou no prémio nobel de John Nash.

Um ponto importantíssimo a notar, é que na fé Baha'i a religião e a ciencia têm de andar de mãos dadas, isto quer dizer que ambas têm que em última instância se complementar e não ser causa de dissenssão e discórdia.Não foi isso que vimos no regime comunista de Estaline ou de Mao? As consequencias tornaram-se claramente visíveis. Essa sociedade assente numa filosofia supostamente científica não teria dogmas destrutívos até?
Concordo a 100% quando o Pedro diz que devemos procurar a nós mesmos e descobrir o que é melhor para nós. Esse é exactamente um princípio da fé Bahai.Foi um dos vários ensinamentos que me encantaram nessa fé. Posso dozer que tenho dificuldade em entender muitas coisas, mas como diria o fundador dessa fé, será que depois de um médico provar o seu conhecimento e experiência iremos recusar os seus serviços porque ainda não compreendemos como os químicos que supostamente prescreveu reagem no sangue?Não! É pelos frutos que avaliamos as pessoas, isto é, pelas consequencias. Se algo prova trazer-nos bem então porque recusar e não pesquisar e questionar.

Espero não ter ferido nenhuma sensibilidade, precisava de "desabafar" :)