terça-feira, 23 de maio de 2006

Zapatero

Já aqui referi o facto de politicos como Mahmoud Abbas e Abbas Hoveida terem sido acusados pelos seus inimigos de serem baha'is. Agora, pela primeira vez vejo um político europeu a ser atacado na imprensa, acusado de ser influenciado pela religião baha'i. Aconteceu há cerca de um mês, num artigo publicado no El Mundo sobre o primeiro-ministro espanhol, Jose Luis Zapatero. Seguem-se os excertos que mais relevantes do artigo intitulado "Zapatero, a Fé Baha'i e as Vaidades Autonómicas".

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Y es que en el mundo virtual de Zapatero cabe todo tipo de ejercicios en el alambre. Me dice un experto en religiones monoteístas que la fuente de inspiración de nuestro excelso presidente es el movimiento Bahaí, nacido en 1844 y, según World Christian Encyclopedia, the youngest of the world's independent religions, con presencia en más de 230 países. La idea central de la fe Bahaí es que la Humanidad es una sola raza y que ha llegado el día de su unificación en una sociedad global (de manera que ni Pettit ni historias, querido Pedrojota: el rastro a seguir se llama Bahá'u'lláh (1817-1892), échale un galgo, un profeta a la altura de Cristo o Mahoma, dicen sus fieles, idea que te brindo para una de tus magníficas homilías dominicales. (De nada). Dice Bahá'u'lláh que Dios ha puesto en marcha fuerzas históricas llamadas a derribar cualquier barrera de raza, clase, credo y nación, fuerzas que con el tiempo crearán una civilización universal. Me cuentan también que Kofi Annan es seguidor del ideario Bahaí, y que la Alianza de Civilizaciones es la piedra angular sobre la que Kakofi y ZP van a construir la catedral armoniosa de esa sociedad global enseñoreada por la paz y la igualdad universal. Desde este punto de vista, que Cataluña sea nación no pasaría de ser un detalle exótico. Lo dicho, café para todos y que siga la fiesta.

El primer mandamiento de la fe Bahaí es «el abandono de toda forma de prejuicio», principio que Zapatero sigue a rajatabla.Por eso ahora dice que la OPA de Gas Natural sobre Endesa es «un asunto de dos empresas privadas». Por desgracia para él, una mayoría del pleno de la Sala Tercera del Tribunal Supremo no ha entendido la auténtica dimensión de lo Bahaí, lo que explica que el viernes decidiera suspender el acuerdo del Consejo de Ministros que autorizó la OPA hostil de la gasista. Que la Justicia le diga al Gobierno «tengo muy serias dudas acerca de la legalidad del acuerdo adoptado por ustedes» es un tan duro como insólito varapalo al Ejecutivo, y la práctica condena a muerte de esta malhadada OPA que mucha gente juiciosa, en Madrid y Barcelona, desearía ver retirada para dar paso a una reordenación del sector sobre bases de eficacia y talento (sobra en la Caixa, cuando no se escucha el tamtan de Moncloa), donde prime el protagonismo negociador de los empresarios y no el intervencionismo atroz de un Gobierno que debería dedicarse a lo suyo: a seguir tocando el violón de esa genial idea llamada Alianza de Civilizaciones.
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7 comentários:

Anónimo disse...

Será que ainda vão acusar o Sócrates de ser bahai?-:)

Elfo disse...

Isto é só o princípio. Os países de todo o mundo irão estar de olhos abertos para estes fenómenos.

Anónimo disse...

Caraças!
Vocês vão cair nas bocas do mundo!
Mas no vosso lugar, não sei se ia gostar que a palavra bahai fosse usada como insulto.

Anónimo disse...

Que se saiba o político internacional mais próximo da Fé Bahá'í, é o Sr. Luiz Gushiken, Secretário de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica do governo do presidente Lula da Silva. Amigo pessoal do presidente e líder do Partido Trabalhista (PT) entre 1990 e 1998.

Ainda assim ele não é membro da Comunidade Bahá'í do Brasil, ou seja, "tecnicamente" não é bahá'í, mais não seja porque um bahá'í não pode ter envolvimento activo na política. Lembro-me no entanto, de uma amigo bahá'í brasileiro dizer que toda a família dele é bahá'í.
Assim sendo não será de espantar que mal se reforme passe a ser membro activo da Comunidade Bahá'í do Brasil, mas isto sou eu a dizer.

Para quem não sabe, antes de ter este cargo, era deputado federal, e enquanto teve esse cargo levou por diversas vezes a Câmara dos Deputados a debater assuntos relacionadas com a Fé Bahá'í.

Como diz o Elfo, isto é só o princípio. Estamos no ano 163 do calendário bahá'í. O Cristianismo demorou 300 anos a tornar-se a religião oficial de Roma, estimo que à volta do mesmo tempo um qualquer país adopte a religião bahá'í para religião oficial do estado... mas isto sou eu a dizer claro!

Anónimo disse...

Pedro, tocaste no meu ponto sensivel...disso é que eu tenho medo, que a religião bahai um dia se torne religião de Estado. Sempre que isso aconteceu ou acontece deu bronca e nada me garante que o mesmo não aconteça com a religião bahai. Nem o Marco me conseguiu ainda dar uma resposta satisfatória quanto a este ponto, mas continuo à espera dela!

Anónimo disse...

Pedro Reis,
Explica lá isso da "religião de estado".
Isso é um invenção tua ou está mesmo nas vossas escrituras?

Marco Oliveira disse...

Pedro Reis,
"...um qualquer país adopte a religião bahá'í para religião oficial do estado...." --> Eu teria muito cuidado com este tipo de especulações.
Na Europa é particularmente notório que cada Estado/Nação tem procurado as suas próprias soluções para o equilíbrio das relações entre o Estado e as Comunidades Religiosas. Esse equilíbrio de relações permite que se goze liberdade religiosa em países com sistemas diversos laicos (Portugal, Alemanha, Finlândia, …) e em países com religião de Estado (Inglaterra, Escócia). Também temos casos onde existem condicionalismos à liberdade religiosa em sistemas laicos (Rússia, Bielo-Rússia, Sérvia) e em sistemas com religião oficial (Grécia).

Penso que a comunidade bahá’í na Europa tende a crescer e a alargar a sua influência a diversos sectores da sociedade. Mas pensar que um dia a religião bahá’í poder ser religião oficial (ou religião de Estado) em alguns países, parece-me mera especulação. Mas o importante é que se criem condições para que no futuro cada vez mais países tenham liberdade religiosa (independentemente de haver esta ou aquela religião oficial, ou de implementarem este ou aquele modelo de laicidade).

Elfo,
Também penso que à medida que a religião bahá’í se torna cada vez mais conhecida, este tipo de situações tende a repetir-se.