terça-feira, 27 de junho de 2006

Um livro para atiçar o preconceito anti-baha'i

Um dos mais activos e interessantes blogs que tenho acompanhado é Baha'i Faith in Egypt. É de autoria de um baha’i egípcio e todas as semanas no surpreende com alguma novidade sobre a situação dos baha’is naquele país. A opinião de quem pertence a uma minoria religiosa num país islâmico, e neste momento é testemunha privilegiada de uma batalha judicial pelos direitos civis dessa minoria fazem deste blog uma local de visita obrigatório. Pergunto-me porque é que não há baha'is iranianos com blogs semelhantes…

Num post recente, Bilo, o autor do Baha'i Faith in Egypt, refere a edição de um livro que apela à morte dos Baha'is no Egipto. Este livro acaba de ser publicado e está a ser distribuído às livrarias e quiosques do país.

O livro, intitulado Bahaismo - As suas Crenças e Objectivos Coloniais (104 paginas) é da autoria do Dr. Khaled Abdel-Halim el-Sayouty sob a supervisão do Ministério dos Assuntos Islâmicos e do Conselho Supremo Islâmico. Além da já usual difamação e distorção que estes livros contêm sobre a religião bahá'í e os seus seguidores, tem também uma declaração do Centro de Investigação Islâmico de Al-Azhar onde se apela de forma clara à morte dos Baha'is.


Na pag. 99 deste livro escreve-se: "Al-Azhar insta os que têm autoridade na República Árabe do Egipto a manterem-se firmes contra esta congregação maligna que é contrária à Fé de Deus e à ordem pública nesta sociedade. Os julgamentos de Deus devem ser executados contra eles, a lei que merecem deve ser aplicada e devem regressar ao pó juntamente com os seus ensinamentos. Isto é uma protecção para todos os cidadãos contra a apostasia e as suas crenças que se afasta do verdadeiro caminho de Deus. Os que cometeram crimes contra a verdade do Islão e a sua nação devem desaparecer da vida, para que não possam afastar-se do Islão".

25 comentários:

João Moutinho disse...

A verdade é que estas atitudes dos doutores do Islão já estavam previstas, ou mesmo profetizadas.
Todos nós sabemos o que aconteceu aos Judeus após terem rejeitado o Messias não entendo como certos mullás parecem querer seguir os mesmos erros do passado.

Joaquim Baptista disse...

Estes muçulmanos são os campeões dos direitos humanos e da liberdade. Não haja dúvida. Por vezes não percebo a paciência do Ocidente para com estes selvagens

Marco Oliveira disse...

Joaquim,

A questão dos direitos civis dos baha’is é um dos muitos assuntos em que a sociedade egípcia se encontra profundamente dividida.

Pelo que percebo, existem grupos (tipo Irmandade Muçulmana) que pretendem revigorar a sociedade através da religião, e grupos que pretendem que esse processo seja feito através da democracia, dos direitos humanos e da separação entre Estado e Religião. Estas facções lutam entre si e expressam-se de muitas maneiras.

No caso do problema dos direitos civis dos baha’is, já houve jornais a apoiar os baha’is (ver este post e este que foi publicado ontem).

Apesar do conteúdo deste livro agora publicado ser muito preocupante, penso que não devemos considerar todos os muçulmanos como pessoas que não respeitam os Direitos Humanos e a paz mundial. Afinal, foi por defender os Direitos Humanos que Shirin Ebadi recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2003. Também Mohamed ElBaradei e a AIEA receberam o Novbel da Paz no ano passado.

Elfo disse...

Meu caro Joaquim, os muçulmanos têm uma história que é de respeitar; ainda não havia ruas pavimentadas em Paris ou Londres e já Córdoba - España -,tinha uma Universidade Islâmica - única na Europa -, onde estudaram as grandes cabeças da época, e até um Papa - Silvestre -,lá estudou. Em Córdoba podia-se andar dez milhas à noite em linha recta em caminhos pavimentados e iluminados.

Os muçulmanos não são todos fanáticos e têm, isso sim, um orgulho enorme em pertencerem à grande nação árabe, e, têm uma escrita e um vocabulário dos mais ricos do mundo...!

E, essa do Ocidente ter paciência com esses selvagens, ainda está para se ver quem comete mais selvajaria se nós ou eles.

Cá para mim nós, os ocidentais, somos de longe mais sanguinários que os muçulmanos.

Quem impôs uma guerra - Guerra do Ópio -, aberta à China para exportarem o ópio para este país?, foram os muçulmanos? Não, foram os civilizadíssimos ingleses.

Quem subjugou a India ainda no princípio do século XX? Foram os muçulmanos? Não, foram os civilizadíssimos ingleses.

Foram os civilizadíssimos ingleses que quiseram impôr um corredor desde o norte de África até à África do Sul, subjugando assim os povos de cultura árabe e islâmica.Tudo isto no século XX.


Não gosto de fazer o papel de advogado do diabo, mas neste caso é uma injustiça meter todos os muçulmanos no mesmo saco.

Muito mais haveria a dizer sobre a grande civilização islâmica, mas hoje fico-me por aqui.

Anónimo disse...

Pois é meu caro Elfo,

Os árabes construíram a Universidade de Córdoba; mas anos antes da conquista da Península Ibérica tinham acabado com o que restava da Biblioteca de Alexandria. Grandes amantes da sabedoria, aqueles árabes, hein?

E já agora: os árabes são uma minoria entre os muçulmanos; a Indonésia, o Paquistão e o Bangla Desh são os países mais populosos de maioria muçulmana. E eles não são árabes!

E não percebo essa tua atitude de "Os Ocidentais fizeram a Guerra do Ópio, por isso não temos autoridade para criticar as sociedades islâmicas intolerantes". Soa a "complexo de esquerda", aquela esquerda de mais do que o pacifismo defende uma atitude passiva perante problemas como o terrorismo.

Quanto à colonização da Índia, creio que os indianos se pudessem escolher teriam escolhido os ingleses em vez de algum povo islâmico intolerante. Ou achas que a colonização da Índia é comparável à actual colonização do Darfur?

O mundo islâmico já foi brilhante; mas hoje é um mundo decadente e corrupto. Os vossos correligionários no Egipto e no Irão sabem disso melhor que vocês aqui em Portugal. Eles até sentem isso na pele!

Anónimo disse...

o tempo do islao acabou, e´ natural haver esta decandencia. Mas o culpado nao e´ a religiao islamica.

Elfo disse...

Ó meu caro GH, essa do complexo de esquerda para mim vem de carrinho.
Então explica lá aqui ao auditório qual a diferença entre os ingleses que fizeram a guerra do ópio e os narcotraficantes da américa latina que até subsidiam o Sendero Luminoso de tendência maoista.

Complexo de esquerda?Essa agora é nova para mim. Então se um Elfo diz algo que até vem nas Enciclopédias de renome mundial, e, a História registou com o nome que se devem dar aos bois,eu é que tenho complexos de esquerda?

Mas 'tá bem, 'tou nessa se isso te deixa feliz.

Mas já agora deixa que te diga que a numeração "árabe" - sem a qual não existia a Matemática como a conhecemos hoje -,veio da India trazida pelos muçulmanos.

As obras que restaram da antiga Biblioteca de Alexandria foram traduzidas do Grego para o árabe... e do árabe para o Grego pelos muçulmanos. E os fulanos nem eram cultos, pois vinham das tribos nómadas dos desertos da... Arábia.

O Corão está escrito em árabe e não em muçulmanês pois isso não existe.
Quando me refiro à grande nação árabe, refiro-me à cultura, á Arquitectura e, em particular à língua que é a mais bem elaborada do mundo.

A Biblioteca de Alexandria foi restaurada e está aberta ao público desde finais do Século XX, acho que está à frente da Biblioteca de Moscovo que é maior que a do Vaticano.

Para o caso de não saberes, a palavra laranja em árabe diz-se portugal.Daí que Portugal é o país das laranjas...!

A riqueza da nossa língua deve-se aos árabes que estiveram em Portugal cerca de setecentos anos. Ainda temos na nossa língua cerca de seiscentas palavras árabes e não muçulmanas.
Os árabes nunca deixaram por completo as espanhas. Ainda hoje tens o ALentejo, o ALgarve e por aí fora.

Segundo aprendi na escola, todas as palavras começadas por AL ou LA são de origem árabe. Até Fátima é em honra de Fatimih filha de Maomé.

Houve grandes figuras do mundo árabe nas letras, nas artes, nas ciências e continuam a haver, dentro e fora dos países islâmicos.

Se não fossem os árabes ainda andavamos a comer bolotas e castanhas que era o que a nossa terra dava.
Foram os árabes que introduziram o Olival e a vinha em Portugal.

E, por último, os nossos dias da semana são contados à maneira árabe ao contrário de todos os países do Ocidente onde cada dia simboliza um astro: Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Vénus, Jupiter, etc.
Isto não é complexo de esquerda..., vem nas enciclopédias.
Portugal é o país do Ocidente com mais influência árabe, no entanto, como dizia Almeida Garret (se calhar também tinha complexos de esquerda), o maior crime que a igreja católica cometeu em Portugal nem sequer foi a Inquisição, foi a destruição de todas as mesquitas muçulmanas e a cultura adjacente que existiam em território português. Por acaso as sinagogas tiveram quase o meesmo destino.

Os árabes nunca destruiram um igreja cristã, pois Maomé dizia que os Cristãos eram para Ele como "a menina dos olhos de Deus"

Ainda podia dizer mais umas coisitas mas estou a ocupar o espaço do Marco. E, se calhar, ainda dizias que somos uns esquerdalhos com complexos marxistas-leninistas-maoistas, e sei lá que mais.
Oxalá tenhas razão, ou será que é oxa Alá, queira Deus.

Deixa lá também temos por aqui ALcaria e BeLmonte, o ALvito é que não sei onde fica, mas o ALvaro devia saber mas... morreu no ano passado.
Não te Xateies, ou será chateies, A Xina, ou será China também fica ao lado dos japões, ou será nipónicos.
O CeiLão é que mudou para Sry Lanka, não foi?

Anónimo disse...

Elfo,
És tão previsível! Eh eh eh eh
Se digo/escrevo que tens comportamentos esquerdistas, ficas logo todo eriçado!
Ah ah ah ah

Iuri,
Podes explicar isso do tempo do Islão ter acabado? O que quer dizer isso? as religiões têm um prazo de validade?

Mikolik disse...

GH, esta última resposta do Elfo, deixo-te sem palavras, foi realmente boa.

Respondendo pelo Iuri: O conceito bahá'í da revelação divina é podemos designar - progressivo - isto é, Deus revela-se ao homem através de sucessivos Manifestantes Divinos, fundadores das religiões mundiais, revelando novos ensinamentos consoante as necessidades e capacidades da humanidade para assimilar esses ensinamentos. O ensino espiritual do homem é feito por etapas assim como o estudo de uma qualquer disciplina. Por outras palavras, o Islamismo foi um upgrade ao Cristianismo, a qual já tinha sido um upgrade ao Judaismo, a Fé Bahá’í é um upgrade do Islamismo.
No fundo as religiões são uma só, assim como Deus é uno.

Está aí a explicação porque mesmo sendo perseguidos por algumas sociedades ditas muçulmanas, mesmo assim os bahá'ís tentam minimizar o ódio e intolerância de muitos ocidentais para com a religião islâmica. Ser bahá’í, significa historicamente ser também: cristão, muçulmano, budista, hindu, judeu...

Pedro Fontela disse...

Dadas as percepcoes que a maioria do mundo árabe partilha sobre os conceitos de direitos humanos e terrorismo nao vejo a coisa bem parada... aliás até vejo grandes problemas para qualquer futuro diálogo já que encontrar bases comuns nao vai ser nada facil...

Elfo disse...

Eu já nem queria continuar esta, como hei-de dizer... esta troca de mimos entre amigos que se encontram no "café do Marco".

Sabes, GH, em '75 eu, e um grupo de amigos, todos de esquerda como é óbvio, desde o MES, passando pelo MRPP, pelo PCP, que por acaso era o gajo mais burro que frequentava aquela tertúlia, um gajo FEC-ML ou OCMLP, havia também um fulano da UDP que também não dizia coisa com coisa, mais um Anarca que nos punha todos a rir a bandeiras despregadas, um proletário que não dava duas prà caixa e que adormecia no meio do fogo da discussão.

Dizia,eu, que nos juntavamos por volta das onze da noite na FireStone. que era o único ponto onde havia uma máquina de café a 25 tostões, hoje o equivalente a dois cêntimos e meio, e conversavamos de tudo desde política à religião em que todos "eram ateus graças a Deus".

Eram quase todos alunos Universitários à excepção de mim que tinha apenas e só a 6ª classe, no entanto, frequentava as aulas de Eletrotécnia no IST, à socapa como é de imaginar. Ainda hoje qualquer bicho careta pode entrar numa universidade e assistir a uma qualquer aula. Estou a falar a sério, entrem que ninguém vos pergunta nada, nem a identificação, e se perguntarem podes sempre alegar que a deixaste em casa.

Lembro-me de um dia termos conversado toda a noite e só darmos pelas horas quando vimos as velhas a passar para a missa dominical das onze da manhâ.

Aí aproveitamos e fomos colocar autocolantes na porta da igreja.

Eram os tempos alegres do PREC, tempos de felicidade por podermos falar de tudo sem peias na língua e sem os esbirros da Pide/Dgs a controlar fosse o que fosse.

Tínhamos também um fulano do PSR, que mais tarde abandonou o partido e a tertúlia.

Outro que saíu do PRP/BR para se juntar aos UECs do PCP, mas este continuou na tertúia. tinhamos outro amigo da 5ª Divisão das FA, que era também do COPCON, que controlavam a rádio Renascença, a emissora da liberdade, até que o senhor cardeal patriarca de Lisboa mandou pôr uma bomba nas referidas instalações da Renascença na Buraca.

Não confundir com o Jornal Renascença que era controlado pelo saudoso Francisco Sousa Tavares marido de Sophia de Mello Brainer e pai do famoso Miguel Sousa Tavares.

Mas isto sou eu a falar com os meus complexos de esquerda, não é?

Pois foi nesta tertúlia que houvi falar pela primeira vez, da Fé Bahá'i, e nenhum de nós era bahá'í nem por sombras, no entanto, conheciamos os principios socias da Fé que se adpatavam perfeitamente à nossa maneira de pensar.

Eu só viria a aceitar a Fé Bahá'í dois anos mais tarde.

Complexos de Esquerda?

Mas que Esquerda se havia ali de tudo o que as várias esquerdas defendiam... todos estavamos de acordo num ponto:

Os Bahá'ís tinham razão.

Um dia demos por nós a discutir a existência de Deus e, se era possível ao Homem isolar-se de tudo, até de Deus, chegamos à conclusão de que isso era impossível.

Tudo menos isolar-se de Deus.

Doutra vez demos por nós a dissertar acerca do nada absoluto e perguntavamos a cada um de nós se o nada exisia ou não existia.

Mas esta esquerda passa-vos toda ao lado.

Nos partidos a que pertencia-mos era proibido, sob pena de expulsão, ler-se panfletos de outros partidos, mas nós arranjavamos maneira de ler os panfletos dos Anarcas para nos rirmos às gargalhadas, às escondidas.

Nunca passou pelas cabeças dos dirigentes destes partidozecos que existia a tertúlia da FireStone. "passe a publicidade à marca de pneus",

Para o caso de ainda não terem percebido aquilo era uma bomba de gasolina que estava aberta toda a noite e fica ali pròs lados de Santa Marta ao pé do comando da PSP.

Ainda hoje existe, mas parece que tiraram de lá os sofás e a mesinha redonda à volta da qual nos sentavamos.

Engraçado mas aquilo parecia um "Círculo de Estudo", só não havia período devocional.

O engraçado é que eramos todos partidários de um materialismo que não vinha nos livros do Karl Marx, do Lenine, do Estaline ou do Mao-Tzé-Tung, nem do Enver Hoxa da Albânia.

Nós dizia-mos que eramos tão materialistas, mas tão materialistas, que até acreditavamos em Deus.

Por acaso tratavamos os PCPs por sociais- fascistas.

Meio a brincar meio a sério pois nenhum de nós aceitava que houvesse no planeta um só país Socialista quanto mais Comunista.

Concebiamos que os vários estádios da progressão política dos povos eram: Totalitarismo, Imperialismo, Democracia, Socialismo, Comunismo e, o supremo estádio seria a Anarquia.
(Também é dos livros, não é complexo de Esquerda)

É esta esquerda que passa ao lado da história, é aquela esquerda que se perdeu e se tenta reencontrar a si própria numa quimera que nem os Bloquistas preenchem.

Mas isto sou eu a falar dos meus complexos de esquerda...

Joaquim Baptista disse...

Estimado Elfo, não lhe venho aqui dizer que tem complexos de esquerda, antes elucidá-lo sobre alguns factos relativos a alguns eventos que aponta como sendo obra da cultura arabe. Nada mais falso que tivessem sido eles a introduzirem a oliveira e a vinha. Meu caro essas arvores já cá estavam desde o tempo dos romanos alguns séculos antes. Muito tempo antes dos arabes, já havia casas de banho e estradas pavimentadas etc. Tudo isso devemos à cultura latina, não podemos anfatizar sempre só para um lado.

Anónimo disse...

Elfo, como é que conseguiste conciliar o facto de seres uma pessoa assumidamente de esquerda com o facto de teres aderido a uma religião que condena as actividades politicas e o sistema democrático baseado nos partidos?

Anónimo disse...

Elfo, como á que conseguiste conciliar o facto de seres alguém assumidamente de esquerda com o facto de teres aderido a uma religião que condena a actividade politica e o sistema democrático baseado nos partidos?

Elfo disse...

Caro Joaquim Baptista, tens toda a razão. Foi um "lapsos linguae" da minha parte.



Elfo, como é que conseguiste conciliar o facto de seres alguém assumidamente de esquerda com o facto de teres aderido a uma religião que condena a actividade politica e o sistema democrático baseado nos partidos?

Caro João, foi simples: Abandonei a política partidária.

Anónimo disse...

E achas que essa proibição faz todo o sentido? Achas que ser bahai é compativel com ser de esquerda?

Elise disse...

enquanto que no mundo islâmico ainda se discutem os direitos das mulheres e das minorias, o ocidente descobriu uma vacina contra o cancro do colo do útero e discute a possibilidade de uma mulher assumir a presidência dos EUA.

o que fez a civilização ocidental pelo mundo?muito, mesmo muito.

Elfo disse...

Caro João, ser Bahá'í, significa isso mesmo: Ser Bahá'í.

Há que conhecer os principios sociais Bahá'ís para ver que não há qualquer incompatibilidade.

Já conheci um Bahá'í, em Espanha, que tinha sido "falangista"(extrema direita), e em portugal conheço uma minoria que também têm teorias de direita.

Isso não nos impede de pertencermos todos ao "Mondo Fraterno Bahá'í".

Partilhamos o mesmo espírito de oração porque a Fé Bahá'í tem uma coisa que a política não tem nem nunca há-de ter: A Espiritualidade de acreditar num Desígnio Divino para a humanidade, independentemente do livre arbítrio dos homens, como seres políticos.

Anónimo disse...

Um bahai de extrema direita...faz-me confusão, confesso!

João Moutinho disse...

Vou dar a minha opinião que dever discordante da do Elfo...
Um falangista não tem de ser conectado com o que hoje é designado de extrema-diretia. O movimento falangista tinha uma farda azul (género ganga) que pretendia representar a grande massa trabalhadora. Tinha até algo de socialista.
Não nos podemos esquecer que o Franco executou uma reforma agrária e procurou estender cuidados de saúde à generalidade da população - mesmo tendo um país paupérrimo.
Não era raro ele criticar as desigualdades sociais existentes no país que levaram os "rojos" ao poder.
O Franco era um General que entendia a crítica ao Estado como um crime mas tinha uma visão paternalista para com o povo.
Enfim, não estou a defender nenhuma ideologia mas a tentar explicar que um falangista podia ter alguns ideais de igualdade social e solidariedade. Hoje em dia não parece crível que um movimento desses volte ao poder mas devemos colocar as coisas no seu lugar histórico.
Por outro lado os falagistas também eram extremamente religiosos (mesmo que à maneira deles).
Além disso, já muito de nós na juventude considerámos certa ideologia como sendo a "salvadora do pátria ou da humanidade" e passando alguns anos rimo-nos de nós próprios.

Elfo disse...

Meu caro João, deixa-me que te diga uma coisa:
- Quando alguém conhece a Fé Bahá'í e, a aceita, então nesse momento dá-se uma transformação interior a que Sua Santidade O Cristo chamava de ressurreição dos mortos. Ou seja estavamos mortos espiritualmente mas quando reconhecemos O Manifestante de Deus para a nossa Era então, verdadeiramente, ressuscitamos e é-nos dada uma vida nova. Aí não interessa a que facção política se pertencia antes.

"... e havia um seguidor de Sua Santidade O Cristo que pediu ao Mestre, licença para ir enterrar o seu pai que tinha falecido. A resposta de Jesus foi:"deixa que os mortos enterrem os seus mortos"..."

Elfo disse...

Pois, João Moutinho, Adolfo Hitler também era de Esquerda, até defendia o Nazional Socialismo. O Mussolini também era muito religioso, e o António O. Salazar também comungava todos os dias, e, no entanto, promoveu a "SEPARATA", isto é, separou a religião do Estado.
Grande homem não foi J.Moutinho?
Os "falangistas do Caudillo, Francisco Franco, também era uma gajo de esquerda - vê lá tu que usavam "fatos de macaco" azul como os trabalhadores - nós por cá tinhamos a Mocidade Potuguesa e na escola primária tinhamos que fazer a saudação romana ou nazi à figura do Salazar quando o professor entrava na sala de aula.
Mas isso já não é do teu tempo pois não.

O Mussolini tinham os camisas castanhas e os nazis inham os camisas negras, ou será que era ao contrário?

De certeza que não te lembras das marchas marciais da Mocidade Portuguesa pelas ruas das cidades. Nós por cá também tinhamos disso, mas devia ser de apoio aos trabalhadores, pois tinhamos cento e cinquenta e sete fábricas a laborar em pleno, - eramos a Manchester portuguesa -, e os trabalhadores tinham que sentir o "poio" do "botas".

Anónimo disse...

Elise,

concordo perfeitamente, mas mais um vez, o tempo do islao a acabou, nao e´ de esperar que saia alguma coisa de boa, a decadencia ira ser cada vez mais e mais.

nao devemos olhar para o islao como e´ hoje, mas sim como foi, como era no tempo de maome, aquela religiao que uniu aquelas tribos pagas numa grande nacao que acreditava em cristo e num so Deus. nacao essa que veio a tornar-se a mais avancada do mundo.

agora, a partir do seculo 19, e mesmo a partir do seculo 18, o islao acabou, o seu tempo acabou, qualquer comparacao depois dessa data e´ inrelevante. note-se que a grande evolucao tecnologia e industrial do ocidente deu-se no seculo 18/19

João Moutinho disse...

Elfo, Elfo,
Não estou a defender nenhum regime totalitário.
Não te podes hipersensibilizar quando falo de certos regimes. Nem sequer estou a defendê-los. Limitei-me a contextualizar.
Abomino toda a ideologia intolerante e avessa ao debate de ideias.
O Adolfo era doente e o Benito ateu.
Para mim o nazismo (ou fascismo) não é o inverso (ou alternativa) do comunismo. São duas aberrações. A primeira pior do que a segunda.

Elfo disse...

Assim já nos entendemos.
Um abraço.