domingo, 25 de março de 2007

Religiões em diálogo

Referindo-se ao artigo do Courrier Internacional sobre Religiões em Crescimento, Frei Bento Domingos escreve hoje no Público:
Se as religiões aumentam, também podem aumentar os seus méritos e patologias. No contexto das inquietações que a globalização suscita, não se pode evitar a pergunta: que podemos exigir às religiões para alimentar a esperança de que um outro mundo e uma outra relação com a natureza são possíveis e que podem começar já a ser ensaiados?

Antes de mais, precisam de se entender, de dialogar, não só umas com as outras mas também no interior de cada uma. A liberdade religiosa deve ser o espaço que todas oferecem , umas às outras, e o pluralismo religioso deve ser o modo de viver no interior de todas. Sem isso, as religiões, na invocação da verdadeira fé e das suas exigências, endurecem doutrinas, eternizam costumes e rituais, que nasceram num determinado contexto, e resvalam para sistemas de intolerância e exclusão.
A este propósito não posso deixar de mencionar a iniciativa da Paróquia de Paço d'Arcos, que na passada sexta-feira organizou um debate sob o tema “A Religião no século XXI: Motivo de Conflitos e Construtora de Paz”. Os intervenientes foram o Padre Peter Stilwell, o Pastor Dimas de Almeida, Esther Mucznick, Faranaz Keshavjee e José Manuel Fernandes, director do jornal Público. Foi, na minha opinião, uma das mais interessantes actividades inter-religiosas a que já tive oportunidade de assistir. Ao longo dos próximos dias publicarei aqui alguns apontamentos sobre as várias intervenções deste debate.

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