terça-feira, 1 de maio de 2007

Ridvan (3)

TRÊS ANÚNCIOS

O Rio Tigre, em Bagdade (foto início séc. XX)

Numa epístola escrita alguns anos após o exílio em Bagdade, Bahá'u'lláh declarou que no primeiro dia de Ridvan foram feitos três anúncios. O primeiro proibia a guerra para expandir ou defender a fé. A guerra santa (jihad) tinha sido permitida no Islão e sob certas condições nas leis reveladas pelo Báb. O segundo sustentava que não apareceria outro Profeta enquanto não se completassem mil anos. O terceiro anúncio tinha um carácter místico e poético: afirmava que nesse momento os Nomes de Deus manifestavam-se plenamente em todas as coisas.

Alguns autores sugerem que nestes três anúncios Bahá'u'lláh faz uma proclamação implícita da sua Missão como Manifestante. Na minha opinião, nestes três anúncios percebe-se o surgimento de uma nova religião. Há alguém numa comunidade cuja autoridade e prestígio é reconhecido e que proclama novas leis e ensinamentos. Assim, parece natural que os dois primeiros anúncios antecipem leis que ficaram registados no Kitab-i-Aqdas; o terceiro anúncio repete-se em vários textos revelados pelo fundados da religião bahá’í:
"Aquele que é o Desejo das Nações derramou sobre os reinos do invisível e visível o esplendor da luz dos Seus Mais Excelsos Nomes, e os envolveu com o brilho dos luminares dos Seus mais graciosos favores - favores que ninguém pode avaliar salvo Ele"
De certa forma a chegada de Bahá'u'lláh ao Jardim de Ridvan assinala um momento de viragem na história da religião bahá’í. Não é só a revelação de um segredo a algumas pessoas que o torna relevante; é todo o relacionamento entre a Humanidade e o Criador que entra numa nova fase.

1 comentário:

Regina Martins disse...

Venham Rouxinóis.. vamos adorar a Rosa que Nasceu no Jardim de Imutável Explendor!!!
FELIZ RIDVAN!



http://www.youtube.com/watch?v=QoyseoQRr6s&feature=related