domingo, 7 de outubro de 2007

O Cemitério Israelita de Lisboa

Como todos sabem, há alguns dias atrás o cemitério da Comunidade Israelita de Lisboa foi alvo de uma acto de vandalismo; dois indivíduos ligados a um grupo de extrema direita foram detidos depois de terem pintado suásticas em várias campas. O acto em si foi uma manifestação de irracionalidade que pensamos que apenas acontece noutros países, e sob outros regimes políticos.

Hoje a sociedade civil portuguesa manifestou a sua solidariedade para com os judeus portugueses, numa cerimónia realizada naquele cemitério. Dois Ministros, Deputados, membros da Comissão de Liberdade Religiosa, dirigentes partidários, o Embaixador de Israel, o Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas representantes de diversas comunidades Cristãs, Muçulmanos, Hindus, Bahá’ís, e muitas pessoas de diferentes religiões estiveram presentes.

Estive presente nesta cerimónia como representante da Comunidade Bahá'í, e tive a oportunidade de expressar a minha solidariedade a vários membros da Comunidade Israelita de Lisboa. Das palavras dos diferentes intervenientes, ressaltou uma ideia comum: todos nos sentimos ultrajados com este acto.

Como muitos outros Bahá'ís, não posso deixar de comparar o que aconteceu no Cemitério Israelita com o que aconteceu recentemente num cemitério Bahá’í no Irão (ver vídeo aqui). Há uma diferença substancial; os autores do acto cometido em Lisboa pertencem a um grupo radical que em resultado dos seus actos se tem colocado à margem da sociedade; os autores do acto cometido em Najafabad têm protecção e encorajamento do governo iraniano.

4 comentários:

João Moutinho disse...

Apenas para reforçar o facto de para sermos uma sociedade livre necessitarmos de leis e orgão de soberania que não permitam aos criminosos voltarei a prtaticar os mesmos actos ou ameaçar juízes.

Anónimo disse...

Porque é que o Mário Soares não foi? Ele não é o novo presidente da CLR? Então devia ter ido.

Anónimo disse...

A ausência de Mário Soares mostra que a sua nomeação para a Comissão da liberdade religiosa foi um barracada! Tem tanta sensibilidade para a religião quanto um elefante para caminhar numa loja de porcelanas!

Anónimo disse...

Já alguém procurou saber porquê que ele não foi antes de o criticar?
Acho que ninguém se atreverá a pensar que ele não foi por simpatizar com os nazis!