domingo, 3 de fevereiro de 2008

Nelson Évora, hoje no Público

Excerto de uma entrevista de Nelson Évora, hoje no Público:

(...)

O que mudou na sua vida desde Osaca?

O reconhecimento público: mais autógrafos e mais entrevistas. E as pessoas pedem medalhas [risos]. Mas não ligo porque pode influenciar negativamente os treinos. Procuro ter o ritmo de vida igual ao que tinha. Sou a mesma pessoa, o típico low-profile de gostos simples, amigo dos amigos, interessado em fazer bem o trabalho e tirar o curso de Publicidade e Marketing. Só gosto de aparecer quando é para competir ou para ajudar alguém, como foi o caso do leilão de uma das chuteiras que usei em Osaca, cujas receitas são para ajudar escolas em Cabo Verde.

Quer ser publicitário?

Estive matriculado em Economia, depois mudei. Gosto de marketing e quero exercer um dia. Por enquanto, vou fazendo umas cadeiras. O tempo livre é raro.

Segue a religião Bahá'i. Qual o papel dessa fé na sua vida?

É mais uma forma de estar e uma filosofia de vida e menos uma religião no sentido tradicional. Não temos padres, não temos rituais de culto, temos apenas vontade de crescer como seres humanos e eliminar todas as barreiras e preconceitos que separam as pessoas. A unidade é o valor fundamental e ajuda-me a ser optimista e a ver para além dos êxitos e das coisas materiais.

Sai à noite?

Só quando a época está morta. Álcool nem vê-lo.

Porquê o alarido em torno da naturalização de atletas não nascidos em Portugal?

É mais no futebol, onde tudo se passa depressa de mais. Eu vim aos seis anos, estou perfeitamente integrado. O processo de naturalização não é brincadeira, envolve muita papelada. Se alguém dá um passo desses, é porque está mesmo consciente do que está a fazer.

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