segunda-feira, 14 de abril de 2008

Relações Estado - Confissões Religiosas

Um excerto da coluna de opinião do prof. Anselmo Borges, no passado sábado no Diário de notícias:

(...)

Pessoalmente, penso que não seria necessária uma Concordata. Para maior liberdade e autenticidade evangélica da Igreja, seria mesmo de evitá--la, bastando uma lei geral de liberdade religiosa, que não ignoraria a proporcionalidade numérica e a influência histórica do catolicismo. Evitar-se-ia desse modo a impressão frequente de se estar em presença de um "Estado" espiritual frente ao Estado temporal.

(...)

Tanto o Estado como a Igreja têm de assumir que o Estado é laico. A sociedade, essa, não é laica, mas pluralista: a maioria da população é religiosa, com filiação católica, mas há outras confissões religiosas e também ateus, agnósticos e indiferentes.

Enquanto forças vivas da sociedade, tem de reconhecer-se à Igreja e às diferentes confissões religiosas liberdade para anunciarem a sua mensagem, que implica também denúncias de injustiças e pronunciamentos nos domínios da sociedade e dos seus valores e antivalores. Mas, dentro do pluralismo de valores, a Igreja, no cumprimento da sua missão, tem de contar com a sua força moral e espiritual de convicção e não com a força do braço secular.

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2 comentários:

Héliocoptero disse...

Foi um óptimo artigo de opinião, mais ainda quando se considera que foi escrito por um católico convicto.

Pedro Fontela disse...

Como vês Marco não sou só eu que digo que a concordarta e a a tal comissão de liberdade religiosa (que é a encarnação do oposto do seu titulo). Basta realmente uma lei geral de liberdade de culto. O resto a existir é negociado de forma universal para todos.