terça-feira, 17 de junho de 2008

Porque é que a Fé Baha'i não é um culto?


Se alguém tem dúvidas, aqui fica a tradução e adaptação do post "reasons why the bahai faith is not a cult", no Baha'i Library Forum. Os critérios foram identificados no livro"Combating Cult Mind Control" de Steven Hassan.


1. O que os novos membros encontram

Cultos Perigosos: Em muitos cultos, uma pessoa só percebe em que é que se meteu depois de assumir um compromisso.
Fé Bahá'í: Aquilo que se vê é o que se encontra; não existem segredos.

2. Como são recolhidos os fundos

Cultos Perigosos: Existem operações comerciais e/ou contribuições obrigatórias (frequentemente em consideráveis percentagens) por parte dos membros.
Fé Bahá'í: Não existem empreendimentos comerciais; não circulam bandejas para o ofertório e as doações são completamente voluntárias e apenas por parte dos membros da comunidade.

3. Figura Carismática Central

Cultos Perigosos
: Os cultos geralmente possuem uma figura central viva que vive à custa dos aderentes.
Fé Bahá'í: Não existe uma figura central viva desde 1957; também não existe clero e a administração é feita por instituições eleitas livremente entre os membros.

4. Investigação da Verdade

Cultos Perigosos: Aos membros é dito com frequência que é perigoso investigar outras religiões.
Fé Bahá'í: Os Baha’is são encorajados a investigar todas as religiões e a apreciar a verdade onde quer que ela se encontre.

5. Controlo do Comportamento (segundo a definição de Steven Hassan)

Cultos Perigosos: Aos membros é dito onde devem viver, o que vestir e o que (e quanto) comer. O dormir e a liberdade de movimentos pode ser limitada.
Fé Bahá'í: Os Bahá'ís não vivem em comunas, mas no mundo real, como indivíduos normais. Não vestem roupas especiais. A sua religião não tem restrições alimentares, salvo a abstenção de álcool e um período de jejum de 19 dias, durante o qual não ingerem alimentos e bebidas durante o dia. Os Bahá'ís podem dormir o que quiserem, comer o que lhes apetecer, e trabalhar e viver onde desejarem.

6. Controlo do Pensamento (segundo a definição de Steven Hassan)

Cultos Perigosos: Com regularidade usam-se técnicas para fazer parar de pensar, como cânticos e discursos prolongados em e línguas estrangeiras, criando um tipo de atmosfera hipnótica.
Fé Bahá'í: Os cânticos e as orações não são prolongados, e a sua intenção não é bloquear o pensamento. O pensamento e a investigação são encorajados.

7. Controlo Emocional (segundo a definição de Steven Hassan)

Cultos Perigosos: A culpa e o medo são frequentemente usados para controlar os membros; também se encontra um alternar de elogio e humilhação pública, confissão forçada, e doutrinação contra o abandono do grupo.
Fé Bahá'í: É proibida a confissão e humilhação dos outros. Os membros são livres de abandonar a Comunidade sem que isso se torne um estigma.

8. O que acontece a pessoas que abandonam a religião

Cultos Perigosos: As pessoas que abandonam os cultos são consideradas perigosas e frequentemente ostracizadas (ou hostilizadas)
Fé Bahá'í: Regra geral é permitido aos Baha’is manterem laços de amizade com pessoas que abandonaram a comunidade. As únicas excepções vão para os casos em que as pessoas são declaradas “violadores da Aliança” pela Casa Universal de Justiça, devido às suas tentativas de criar divisões na comunidade. Não existe condenação daqueles que abandonam voluntariamente a Fé Bahá'í.

8 comentários:

Anónimo disse...

Pelos critérios deste autor, a Igreja Católica pode ser considerada um culto perigoso!

Anónimo disse...

This is a valuable review. Thank you for translating it into Portuguese.

Pedro Reis disse...

Gostei muito deste post. Depois de o ler fiquei feliz por ser bahá'í, não que antes não tivesse esse sentimento, porém e mesmo assim soube-me bem ler este texto...

Anónimo disse...

Pedro Reis,
Viste que os outros são maus e depois sentiste-te muito bonzinho? É isso?
Não era melhor que te comparasses com os que são melhores que tu?

Anónimo disse...

Num exercício meramente gratuito, tento imaginar o "tom" em que os comentadores dizem de sua (in)justiça neste espaço. Associando ao nick (quantas vezes enganador), até lhes confiro um traço físico (que só pode falhar em absoluto!). Mas diverte-me, o que posso fazer? Quantos também o farão e até em relação à minha pessoa (isto sem qualquer conotação pretensiosa)? Naturalmente, a nossa interpretação seria tanto mais próxima da intenção de cada um quanto melhor o conhecêssemos (soa-me a verdade de la palice). Como tal (teoricamente) não acontece, podemos então tentar adivinhar a ironia, a troça, o sarcasmo e todo um leque de possibilidades que as letrinhas e entrelinhas reflectem. Eu - e sem que o Pedro Reis me tenha encomendado o sermão - arriscaria a adjectivar o comentário do gh como razoavelmente agressivo (atenção: posso ter-me enganado!)
O orgulho de ser bahá'i está bem patente, qual é o mal? Antes pelo contrário, só vejo bem. Esta "vaidade" é muito salutar, porque não me parece estar deslocada.
O ser-se "mau" ou "bonzinho" é transversal a todas as religiões. O querermos melhorar enquanto seres humanos não implica que sejamos melhores do que os outros, mas pode certamente influenciar positivamente a nossa atitude perante terceiros e vice-versa.

Pedro Reis disse...

GH, se percebi bem fizeste três perguntas e não três afirmações, certo? Ou foram duas perguntas e uma provocação em jeito de pergunta?! Ou foram mesmo três provocações?

Bom, a minha resposta é igual para todas elas. Da minha parte não vais conseguir nenhum confronto, não estou interessado em mudar a tua opinião, seja lá do que for, se tens essa opinião, pois bem, que te faça bom proveito e que fiques feliz com ela...

Anónimo disse...

O que este post faz é separar o trigo do joio, porque esclarece quem tem dúvidas sobre a natureza do bahaismo. O Pedro Reis não percebeu isso e sentiu-o como um auto-elogio. E quando o confrontei, ele não responde e ainda sai com evasivas a dizer que não quer conflitos.

Eu queria mesmo era respostas. Mas infelizmente, o que vejo é a fuga à resposta após uma afirmação disparatada (não é o primeiro bahai que eu vejo a reagir assim).

Para mim, isto mostra duas coisas. Incapacidade para dialogar e esclarecer e ainda imaturidade espiritual (porque é preciso uma pessoa ser imatura para se sentir bonzinho só porque é comparado com os maus).

É com estas atitudes que querem mudar o mundo?

Pedro Reis disse...

GH, então era isso que querias insinuar.... um auto-elogio... sim senhor, por acaso poderia ter pensado em muito coisa, mas essa não me passou perto. Mas se tu achas que foi isso quem sou eu para dizer o contrário!

Numa coisa acertas-te, eu realmente não tenho resposta para ti, e embora não tenha certeza pode ser que tenhas razão, deve ser mesmo por falta de maturidade espiritual, obviamente e com toda a certeza por falta de capacidade de dialogo.

Mas em contra partida a tua atitude é realmente muito melhor, a começar pelo facto de nunca te teres apresentado, as criticas constantes, o tom encorajador com que falas, as contribuições que dás, isso sim é sinal de grande maturidade espiritual e de profunda capacidade de dialogo. O que é que queres que te diga GH...?