sábado, 9 de abril de 2011

Ensinamentos Bahá’ís para impedir a paralisia do Governo

A propósito do debate sobre o orçamento do governo Federal dos EUA (cuja não aprovação ameaçou paralisar as actividades do Governo), recomendamos a leitura deste artigo Baha'i Teachings to Prevent the Federal Government Shutdown, de Homa Sabet Tavangar, publicado no Huffington Post. Muitas das ideias e comentários expressos neste artigo são aplicáveis à situação política e económica em Portugal.
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Não há Bahá’ís no Congresso os EUA. Os ensinamentos da Fé são decididamente não-partidários, mas em todo o mundo os seus membros votam, organizam-se em torno de questões de princípio (como a liderança em liberdade religiosa, gestão ambiental e de direitos das mulheres), e podem trabalhar para o governo, mas não como filiados nos democratas, republicanos ou em qualquer outro partido. Assim como os membros do Congresso têm falado em nome dos Bahá’ís e outros injustamente perseguidos no Irão - como congressista Ros-Lehtinen (R-FL) e senador Durbin (D-IL) - ou apoiam a legislação sobre os direitos das mulheres , muitos membros do Congresso tem sido influenciados positivamente pelo envolvimento dos seus diversos eleitores Baha'is nas suas cidades em todo o país, e pelos princípios de unidade e de justiça que os seus amigos e eleitores defendem.

Gostaria de propor que os sensatos membros do Congresso, olhassem para os ensinamentos da Fé Bahá'í para superar o impasse. Quando quase um milhão de trabalhadores federais precisa de ligar os seus computadores e telemóveis e são ameaçados por uma lei federal se fizerem alguma actividade oficial enquanto o governo está inactivo, o impacto será sentido por muitos mais americanos: os cheques de reembolso do IRS não serão emitidos, a limpeza e vigilância de resíduos tóxicos será interrompida, a formação de polícias e guardas de fronteira, no Afeganistão, assim como muitas operações no estrangeiro vão parar, as hipotecas e os empréstimos federais ficaram paralisados e isso bloqueará a actividade económica, e muito mais.

A abordagem Bahá’í é profundamente espiritual, e no entanto está em harmonia com as mais recentes investigações na área da gestão: começar com uma visão e objectivo globais e claros; conseguir apreciar e ouvir verdadeiramente as diferenças de opinião; empreender uma discussão honesta e uma tomada de decisões que vise o bem maior e fomente a unidade. Tudo isto está enraizado no mais universal dos princípios: a Regra de Ouro. Neste caso, poderíamos dizer que é "legisla para os outros da mesma forma que gostarias que fosse legislado para ti."

Começando com a visão, Bahá'u'lláh advertiu-nos: "O bem-estar da humanidade, sua paz e segurança, são inatingíveis, a menos que sua unidade seja firmemente estabelecida". Unidade em torno da visão, de modo que os objectivos maiores - a nossa paz e segurança - pode ser conseguida. Mas é difícil termos unidade quando os dirigentes dizem coisas definitivas dizer uns aos outros. Um recente estudo de Harvard concluiu que 27% da comunicação dos membros do Congresso é feita por insultos.

Esta abordagem abre espaço para a discórdia. Para atingir a autêntica unidade, as opiniões divergentes são expressadas e, na verdade, encorajadas. As Escrituras Bahá'ís aconselham: "O brilho centelha da verdade surge somente após o choque de opiniões divergentes". Além disso, quando uma ideia é colocada perante o grupo, já não é "propriedade" da pessoa que a expressou, mas de todos os envolvidos na consulta. O elemento do ego - tão desafiador quanto parece - é minimizado com o objectivo de servir o bem maior. Essas ideias começam a formar um processo acarinhado pelos Baha'is e designado "consulta", que compreende muito mais do que uma discussão civilizada.

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