sábado, 16 de maio de 2015

Jamaloddin Khanjani

#7Bahais7years


Jamaloddin Khanjani era proprietário de uma fábrica próspera e perdeu o seu negócio após a revolução islâmica de 1979 por ser Bahá'í. Seguidamente, passou a maior parte da década de 1980 sob a ameaça de morte por parte das autoridades iranianas.

Nascido a 27 de Julho de 1933 na cidade de Sangsar, o sr. Khanjani cresceu numa propriedade rural na província de Semnan e concluiu o ensino secundário. A sua personalidade dinâmica permitiu-lhe desenvolver uma carreira de sucesso como empresário e como um líder Baha'i.

Na sua carreira profissional, trabalhou como um empregado da Pepsi Cola Company no Irão, onde era supervisor de compras. Mais tarde, deixou Pepsi Cola e começou um negócio de produção de carvão vegetal. Posteriormente, construiu a primeira fábrica de tijolos automatizado no Irão que empregava centenas de pessoas.

No início de 1980, foi acusado de ser Baha'i e forçado a encerrar a fábrica (deixando no desemprego a maioria de seus funcionários). A fábrica foi depois confiscada pelo governo.

Na sua actividade como Baha’i, o Sr. Khanjani foi várias vezes membro da Assembleia Espiritual Local de Isfahan e membro do Corpo Auxiliar (um cargo que serve principalmente para inspirar, incentivar e promover a aprendizagem entre os Baha'is). No início de 1980, foi eleito para o conselho nacional que governava os Bahá'ís do Irão (a chamada "Assembleia Espiritual Nacional"). Em 1980, todos os membros dessa Assembleia foram raptados e desapareceram. Os seus sucessores foram presos e executados em 1981. O Sr. Khanjani foi, portanto, membro da chamada "terceira" Assembleia Espiritual Nacional, que acabou por ver quatro dos seus nove membros executados pelo governo em 1984.

Na década de 1990, o Sr. Khanjani conseguiu criar uma exploração agrícola mecanizada numa propriedade da sua família. No entanto, as autoridades colocaram-lhe muitas dificuldades, tornando muito difícil a actividade empresarial. Estas restrições foram alargadas aos seus filhos e familiares, e incluiram a recusa de empréstimos bancários, o encerramento de estabelecimentos e a proibição de viagens para fora do país.

O sr. Khanjani casou com a sra Ashraf Sobhani em meados dos anos 1950. Tiveram quatro filhos. A sua esposa faleceu Março de 2011, quando ele estava na prisão. As autoridades não permitiram que o Sr. Khanjani saísse temporariamente da prisão para participar no funeral da esposa.

Antes de 2008, o sr. Khanjani foi detido e preso pelo menos outras três vezes. Depois de anos de hostilização, foi preso durante dois meses no final de 1980. Durante esse tempo foi intensamente interrogado. No entanto, ao longo desses interrogatórios, foi capaz de convencer a autoridades sobre a natureza não ameaçadora da Fé Bahá'í, tendo acabado por ser libertado juntamente com outros Bahá’ís.

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