Independentemente do conteúdo, não me parece correcto que o dinheiro dos contribuintes portugueses seja canalizado para as estações públicas de TV e usado para propagação de mensagens religiosas.
Pelo menos eu, não gostava que fosse esse o destino do dinheiro dos meus impostos. Portugal tem outras necessidades bem mais urgentes.
Cirilo, O Estado não colabora e financia outros agentes sociais, como partidos, sindicatos, empresas, clubes desportivos? Então porque é que as entidades religiosas devem ser ignoradas pelo Estado? Não será isso uma atitude anti-religiosa primária?
Porque no fundo também existem muitas organizações de quem eu não gosto (ou desconfio). E com base nisso posso sempre defender que o Estado não deve financiar esse tipo de organizações. Será que é isso mesmo que queremos? Um Estado que ignora a realidade social?
GH, O Natal não é um assunto sobre o qual existe uma doutrina baha’i. Por esse motivo, cada crente terá uma opinião particular. E essas opiniões não são todas iguais. Imagina, por exemplo o que diria um baha’i de origem islâmica ou hindu sobre o Natal...
Não é só tu que pagas impostos, os bahá’ís também pagam. E acho que os impostos que eu pago, mais os do Marco e mais uns quantos bahá'ís deve dar para pagar a, como dizes: - "propagação de mensagens religiosas" - referente à nossa religião. Talvez pagues impostos mais para financiar os prémios dos concursos tipo: Quem Quer Ser Milionário e Um Contra Todos, o que é bom, pois estamos a falar programas verdadeiramente úteis e positivos para o bem comum. Sim, porque para publicitar organizações de cariz social e espiritual isso é dinheiro mal gasto... ;-)
Diz só o nome de dois ou três programas que consideres então valerem os impostos que tu pagas?
Ó meus amigos, gh e f.cirilo, para o caso de não saberem a concordata já foi extinta para dar lugar a um ecumenismo mais alargado a todas as confissões religiosas deste país que se quer democrático. Ainda assim a parte de leão vai para os católicos apostólicos romanos que se consideram a maioria deste país, só porque quando nascemos fomos logo baptizados e contamos para as estatísticas da santa madre igreja. A verdade, é que há muita gente que se não identifica com a igreja católica e que, no entanto, lá consta nos registos de nascimento, e quando morrem lá vai o padre à frente do cortejo, quer o morto queira, quer não queira, pois há sempre uma alminha caridosa que diz que se o sujeito (ou sujeita) foi baptizado, então também deve ter funeral católico ou simplesmente cristão. Na verdade, vivemos numa sociedade em que impera a santa madre igreja católica apostólica e romana quando na verdade, se calhar, não têm assim tantos crentes como apregoam aos quatros ventos. Dou como exemplo: quase todos os ateus, testemunhas de jeová, manás, evangélicos, bahá'ís e outros que acordaram para as atrocidades que a santa madre igreja cometeu ao longo dos séculos, e que se desvincularam da igreja para enveredarem por outros caminhos, continuam a ser considerados católicos. Eu tive de ir à câmara episcopal da Guarda para que o meu nome não constasse das listas (estatísticas) da igreja católica a fim de poder realizar o casamento misto, porque enquanto o não fizesse eu era considerado católico e como tal, ao estar a casar com uma catĺica o casamento nunca poderia ser misto, pois a minha conversão à Fé Bahá'í não era reconhecida pela igreja. Eu fiz isso, mas quem tem a pachorra para lutar pelos seus direitos de crença? Os amigos podem replicar que os impostos não deveriam ser gastos para propagandear as confissões reliosas..., mas só vieram à liça quando apareceram os Bahá'ís na t.v.! E quando os senhores priores, curas, abades, vigários, cardeais ou bispos e papas, vêm utilizar um espaço público pago por todos nós para fazerem campanhas, contra isto ou contra aquilo, não estão a usar o dinheiro dos meus impostos e dos vossos? Ainda aqui não vi ninguém a indignar-se contra isto. Será que a santa madre igreja é intocável?
Elfo, - A concordata existe; - O teu texto cheira a anti-catolicismo primário (“lá vai o padre à frente do cortejo”, “que impera a santa madre igreja católica”, ...). Não é que estejas a dizer falsidades, mas o tom não é comum entre baha’is. - Se tiveste uma experiência desagradável com a igreja católica na Guarda, isso é motivo para criticar todos os católicos? Imagina que alguém é maltratado numa repartição de Finanças e começa a amaldiçoar todos os funcionários públicos? Era lindo, não era? - Na verdade há muito tempo que sou contra a existência de tempos (políticos e religiosos) de antena e canais de televisão que sejam propriedade de partidos ou de organizações religiosas. E penso que isto se devia aplicar a todos, incluindo os baha’is, que eu admiro bastante.
Mikolik, Tens razão. São poucos os programs de TV que merecem ser pagos com os nossos impostos. Mesmo assim, penso que os partidos e as religiões devem estar fora do audio-visual.
Pois é F.Cirilo cada um tem a sua opinião e cada um tem direito a sua escolha. Como não é só a opinião de um ou outro que conta e vivemos numa democracia, devemos respeitar a opinião de todos e a discussão aqui não vale de nada e acaba onde um Elfo comenta algo que um F.Cirilo não gosta e o acusa de ser anti-catolicismo primário e depois já viu onde isto vai dar!!! Quanto às necessidades de Portugal tem toda razão por exemplo a educação é uma destas necessidades e outra talvez se o governo investisse mais nas campanhas de sensibilização dos adolescentes e dos jovens em relação às drogas, à Sida, ao sexo, à prostituição e...pois realmente os nossos jovens são do género que acham que sabem tudo no entanto caiem na primeira armadilha. Agora quero compartilhar convosco um texto que encontrei e fala da origem de Natal , sem ressentimentos, OK? “Em ano 274 D.C. o imperador Aureliano oficializou o culto ao Sol, homenageando-O com a construção de um templo e denominou: "Dies Natalis Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável) e com direito a uma celebração a 25 de Dezembro o dia em que pensavam ser o inicio do solstício de Inverno. Cerca de 75 anos depois o Papa Júlio I decretou que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, por substituição à veneração ao Deus Sol. De facto os cristãos passaram a comemorar nessa data o nascimento do Messias visto este simbolizar a luz divina, o Sol da justiça. Quanto à verdadeira data do nascimento de Jesus Cristo ainda hoje permanece desconhecido e nos relatos bíblicos não se encontra qualquer referência sobre este facto.”
Obrigado por colocares o link para o programa no teu espaço e por fomentares a troca de ideias entre todos.
Quanto ao programa, o objectivo foi pura e simplesmente mostrar a forma como uma crente Bahá'í (e como muitos crentes Bahá'ís pelo mundo fora) vê e vive o Natal cristão. Como uma festa e uma celebração do aniversário do nascimento de mais um dos Manifestantes de Deus, neste caso de Jesus Cristo, que tal como Bahá'u'lláh, o Báb, Maomé, Moisés, Buda, Krishna, Zoroastro e outros, veio à Terra transportando a Mensagem Divina à Humanidade.
E a crente bahá'i que conseguiu despoletar esta polémica toda deseja a todos que o próximo ano de 2007 seja melhor do que foi este, que haja mais trabalho para todos, mais amor para todos que as guerras desapareçam e que as crianças possam viver em paz! Desejo também que os nossos impostos sejam, acima de tudo,dirigidos para os campos onde sejam mais úteis ao pleno desenvolvimento e bem estar dos cidadão do nosso País. Para além disso, faço votos que haja sempre liberdade religiosa no nosso país pois é um sinal de crescimento e tolerância que penso, nenhum de nós gostaria de ver desaparecer. Obrigada Marco pelos posts que colocaste neste ano de 2006. Este último é muito óbvio - Dezembro com 16 graus!
Beijinhos e desejo-te um Ano 2007 muito feliz, junto da tua mulher, filhotes e restante família, bem como junto de nós todos, os teus Amigos! Beijinhossssssssssssss
Se era para dar uma palavra de simpatia aos cristãos, podiam ter feito melhor...
ResponderEliminarIndependentemente do conteúdo, não me parece correcto que o dinheiro dos contribuintes portugueses seja canalizado para as estações públicas de TV e usado para propagação de mensagens religiosas.
ResponderEliminarPelo menos eu, não gostava que fosse esse o destino do dinheiro dos meus impostos. Portugal tem outras necessidades bem mais urgentes.
Cirilo,
ResponderEliminarO Estado não colabora e financia outros agentes sociais, como partidos, sindicatos, empresas, clubes desportivos? Então porque é que as entidades religiosas devem ser ignoradas pelo Estado? Não será isso uma atitude anti-religiosa primária?
Porque no fundo também existem muitas organizações de quem eu não gosto (ou desconfio). E com base nisso posso sempre defender que o Estado não deve financiar esse tipo de organizações. Será que é isso mesmo que queremos? Um Estado que ignora a realidade social?
GH,
O Natal não é um assunto sobre o qual existe uma doutrina baha’i. Por esse motivo, cada crente terá uma opinião particular. E essas opiniões não são todas iguais. Imagina, por exemplo o que diria um baha’i de origem islâmica ou hindu sobre o Natal...
F.Cirilo,
ResponderEliminarNão é só tu que pagas impostos, os bahá’ís também pagam. E acho que os impostos que eu pago, mais os do Marco e mais uns quantos bahá'ís deve dar para pagar a, como dizes: - "propagação de mensagens religiosas" - referente à nossa religião. Talvez pagues impostos mais para financiar os prémios dos concursos tipo: Quem Quer Ser Milionário e Um Contra Todos, o que é bom, pois estamos a falar programas verdadeiramente úteis e positivos para o bem comum. Sim, porque para publicitar organizações de cariz social e espiritual isso é dinheiro mal gasto... ;-)
Diz só o nome de dois ou três programas que consideres então valerem os impostos que tu pagas?
Ó meus amigos, gh e f.cirilo, para o caso de não saberem a concordata já foi extinta para dar lugar a um ecumenismo mais alargado a todas as confissões religiosas deste país que se quer democrático. Ainda assim a parte de leão vai para os católicos apostólicos romanos que se consideram a maioria deste país, só porque quando nascemos fomos logo baptizados e contamos para as estatísticas da santa madre igreja. A verdade, é que há muita gente que se não identifica com a igreja católica e que, no entanto, lá consta nos registos de nascimento, e quando morrem lá vai o padre à frente do cortejo, quer o morto queira, quer não queira, pois há sempre uma alminha caridosa que diz que se o sujeito (ou sujeita) foi baptizado, então também deve ter funeral católico ou simplesmente cristão. Na verdade, vivemos numa sociedade em que impera a santa madre igreja católica apostólica e romana quando na verdade, se calhar, não têm assim tantos crentes como apregoam aos quatros ventos. Dou como exemplo: quase todos os ateus, testemunhas de jeová, manás, evangélicos, bahá'ís e outros que acordaram para as atrocidades que a santa madre igreja cometeu ao longo dos séculos, e que se desvincularam da igreja para enveredarem por outros caminhos, continuam a ser considerados católicos.
ResponderEliminarEu tive de ir à câmara episcopal da Guarda para que o meu nome não constasse das listas (estatísticas) da igreja católica a fim de poder realizar o casamento misto, porque enquanto o não fizesse eu era considerado católico e como tal, ao estar a casar com uma catĺica o casamento nunca poderia ser misto, pois a minha conversão à Fé Bahá'í não era reconhecida pela igreja.
Eu fiz isso, mas quem tem a pachorra para lutar pelos seus direitos de crença?
Os amigos podem replicar que os impostos não deveriam ser gastos para propagandear as confissões reliosas..., mas só vieram à liça quando apareceram os Bahá'ís na t.v.! E quando os senhores priores, curas, abades, vigários, cardeais ou bispos e papas, vêm utilizar um espaço público pago por todos nós para fazerem campanhas, contra isto ou contra aquilo, não estão a usar o dinheiro dos meus impostos e dos vossos?
Ainda aqui não vi ninguém a indignar-se contra isto. Será que a santa madre igreja é intocável?
Elfo,
ResponderEliminar- A concordata existe;
- O teu texto cheira a anti-catolicismo primário (“lá vai o padre à frente do cortejo”, “que impera a santa madre igreja católica”, ...). Não é que estejas a dizer falsidades, mas o tom não é comum entre baha’is.
- Se tiveste uma experiência desagradável com a igreja católica na Guarda, isso é motivo para criticar todos os católicos? Imagina que alguém é maltratado numa repartição de Finanças e começa a amaldiçoar todos os funcionários públicos? Era lindo, não era?
- Na verdade há muito tempo que sou contra a existência de tempos (políticos e religiosos) de antena e canais de televisão que sejam propriedade de partidos ou de organizações religiosas. E penso que isto se devia aplicar a todos, incluindo os baha’is, que eu admiro bastante.
Mikolik,
Tens razão. São poucos os programs de TV que merecem ser pagos com os nossos impostos. Mesmo assim, penso que os partidos e as religiões devem estar fora do audio-visual.
Pois é F.Cirilo cada um tem a sua opinião e cada um tem direito a sua escolha.
ResponderEliminarComo não é só a opinião de um ou outro que conta e vivemos numa democracia, devemos respeitar a opinião de todos e a discussão aqui não vale de nada e acaba onde um Elfo comenta algo que um F.Cirilo não gosta e o acusa de ser anti-catolicismo primário e depois já viu onde isto vai dar!!!
Quanto às necessidades de Portugal tem toda razão por exemplo a educação é uma destas necessidades e outra talvez se o governo investisse mais nas campanhas de sensibilização dos adolescentes e dos jovens em relação às drogas, à Sida, ao sexo, à prostituição e...pois realmente os nossos jovens são do género que acham que sabem tudo no entanto caiem na primeira armadilha.
Agora quero compartilhar convosco um texto que encontrei e fala da origem de Natal , sem ressentimentos, OK?
“Em ano 274 D.C. o imperador Aureliano oficializou o culto ao Sol, homenageando-O com a construção de um templo e denominou: "Dies Natalis Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável) e com direito a uma celebração a 25 de Dezembro o dia em que pensavam ser o inicio do solstício de Inverno.
Cerca de 75 anos depois o Papa Júlio I decretou que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, por substituição à veneração ao Deus Sol.
De facto os cristãos passaram a comemorar nessa data o nascimento do Messias visto este simbolizar a luz divina, o Sol da justiça. Quanto à verdadeira data do nascimento de Jesus Cristo ainda hoje permanece desconhecido e nos relatos bíblicos não se encontra qualquer referência sobre este facto.”
A Daniela tem razão quando diz que esta discussão poderia durar o ano inteiro. É verdade!
ResponderEliminarMas também não deixaria passar esta oportunidade, para deixar bem claro que não tenho nada contra a Câmara Episcopal da Guarda, bem antes pelo contrário. Foram extremamente simpáticos e só não sabiam que João Paulo II tinha dado essas instruções, mas que se os Bahá'ís o diziam é porque era verdade. Disseram ainda que respeitavam muito os Bahá'ís.
O reverso da medalha é quando encontro um livro das edições paulistas (em Fátima) onde referem que os bahá'ís são uma seita perniciosa e perigosa. Tenho o opúsculo lá em casa e se o encontrar pespego com a capa aqui num dos meus blogs.
Um abraço,
Elfo
Amigo Marco,
ResponderEliminarObrigado por colocares o link para o programa no teu espaço e por fomentares a troca de ideias entre todos.
Quanto ao programa, o objectivo foi pura e simplesmente mostrar a forma como uma crente Bahá'í (e como muitos crentes Bahá'ís pelo mundo fora) vê e vive o Natal cristão. Como uma festa e uma celebração do aniversário do nascimento de mais um dos Manifestantes de Deus, neste caso de Jesus Cristo, que tal como Bahá'u'lláh, o Báb, Maomé, Moisés, Buda, Krishna, Zoroastro e outros, veio à Terra transportando a Mensagem Divina à Humanidade.
Uma boa passagem de Ano Gregoriano para todos,
p
E a crente bahá'i que conseguiu despoletar esta polémica toda deseja a todos que o próximo ano de 2007 seja melhor do que foi este, que haja mais trabalho para todos, mais amor para todos que as guerras desapareçam e que as crianças possam viver em paz! Desejo também que os nossos impostos sejam, acima de tudo,dirigidos para os campos onde sejam mais úteis ao pleno desenvolvimento e bem estar dos cidadão do nosso País. Para além disso, faço votos que haja sempre liberdade religiosa no nosso país pois é um sinal de crescimento e tolerância que penso, nenhum de nós gostaria de ver desaparecer.
ResponderEliminarObrigada Marco pelos posts que colocaste neste ano de 2006. Este último é muito óbvio - Dezembro com 16 graus!
Beijinhos e desejo-te um Ano 2007 muito feliz, junto da tua mulher, filhotes e restante família, bem como junto de nós todos, os teus Amigos!
Beijinhossssssssssssss