O Sr. Ghoneim, Ministro Egípcio da Educação |
"A Constituição só reconhece as três religiões abraâmicas", afirmou o Sr. Ibrahim Ghoneim Akbar Al-Youm. "E como a religião é um assunto ensinado nas escolas, essas crianças não cumprem os requisitos para a inscrição."
Em Novembro do ano passado, o Sr. Ghoneim tinha feito declarações semelhantes ao jornal Al-Sabah. Quando lhe perguntaram: "Qual é a posição do Ministério da Educação sobre os filhos dos Bahá’ís? Será que eles têm o direito de se matricular em escolas públicas?", o ministro respondeu: "O Estado só reconhece três religiões e a fé Bahá’í não está entre elas. Assim, os seus filhos não têm o direito de inscrever em escolas públicas. "
Nos últimos anos, os Bahá’ís travaram uma batalha judicial com o Governo Egípcio quando este se recusou a emitir-lhes bilhetes de identidade ou certidões de nascimento.
Recorde-se que todos os egípcios devem possuir bilhetes de identidade a partir de 16 anos de idade. Estes cartões de identificação indicam religião, e são de apresentação obrigatória em qualquer outra acto formal, como o pedido de carta de condução, certidão de óbito, ou a abertura de uma conta bancária. Em 2008, um tribunal egípcio concedeu aos Bahá’ís o direito a obter cartões de identificação sem mencionar a sua religião, acabando assim com quatro anos de debate sobre essa questão.
No Egipto, as tensões entre Bahá’ís e do Estado já duram há várias décadas. Em 1960, o Governo confiscou os seus bens, incluindo um terreno nas margens do Nilo destinado à construção de uma casa de culto, e vendeu em hasta pública. Naquela época, o Governo acusou os Bahá’ís de serem leais a Israel. Vários Bahá’ís estiveram detidos durante vários meses após o fim da Guerra dos Seis Dias (1967)
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FONTE: Bahais cannot enroll in public schools, education minister says (Egypt Independent)
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