sábado, 1 de janeiro de 2005

A Casa Universal de Justiça

A Casa Universal de Justiça foi instituída por Bahá'u'lláh como organismo dirigente da Comunidade Internacional Bahá’í. Eleita regularmente por períodos de cinco anos pelas comunidades nacionais, esta instituição é formada por nove pessoas e está sediada no Monte Carmelo, em Haifa. A primeira eleição ocorreu em 1963, seis anos após o falecimento de Shoghi Effendi.

Entre as suas responsabilidades destacam-se:

  • a promoção do desenvolvimento das qualidades espirituais que devem caracterizar a vida bahá'í individualmente e colectivamente;
  • a preservação os textos sagrados bahá'ís;
  • a defesa e protecção da comunidade bahá'í;
  • a protecção dos direitos, a liberdade e a iniciativa pessoais dos indivíduos;
  • o desenvolvimento do centro espiritual e administrativo mundial da religião Bahá'í;
  • a promoção e encorajamento da maturidade da Comunidade Bahá'í.

Também é da sua responsabilidade adaptar a religião Bahá’í às exigências de uma sociedade em contínuo progresso e legislar sobre questões que não são explicitamente abordados pelas escrituras bahá'ís.

Edifício Sede da Casa Universal de Justiça

Nas escrituras bahá’ís podemos encontrar várias referências à Casa Universal de Justiça. A primeira surgiu no Kitab-i-Aqdas (onde Bahá’u’lláh ordenou a sua criação); outras referências igualmente importantes encontram-se na Epístola de Ishraqat e na Última Vontade e Testamento de 'Abdu'l-Bahá. A criação da Casa Universal de Justiça foi uma das prioridades do trabalho de Shoghi Effendi; assim, é com naturalidade que se encontram nos seus escritos abundantes referências à instituição suprema da Comunidade Internacional Bahá'í; detalham-se os seus poderes, funções, responsabilidades e articulação com as comunidades bahá'ís Nacionais.


A fonte de inspiração das decisões da Casa Universal de Justiça são um assunto recorrente nas Escrituras Bahá’ís. Bahá'u'lláh afirmou: "Incumbe aos Mandatários da Casa de Justiça reunir-se e consultar em conjunto sobre as coisas que não tenham sido explicitamente reveladas no Livro e decretar o que lhes aprouver. Deus, em verdade, os inspirará com o que quer que deseje, e Ele, em verdade, é o Provedor, o Omnisciente.". Também 'Abdu'l-Bahá declarou que todas as questões e perguntas não tratadas directamente nos escritos sagrados bahá'ís "devem ser submetidas à Casa Universal de Justiça. O que esse corpo, seja por unanimidade ou maioria, aprovar, será, deveras, a verdade e o desígnio do próprio Deus."

A nível local e nacional a comunidade bahá’í é administrada pelas chamadas "Assembleias Espirituais". Estas instituições também são eleitas regularmente e regem-se pelos mesmos princípios consultivos que a Casa Universal de Justiça.

A ler: 
Constituição da Casa Universal de Justiça (em inglês).