"Povo de Bahá" é uma expressão frequentemente utilizada nas Escrituras Bahá'ís para designar os crentes em Bahá'u'lláh, i.e., os Bahá’ís.
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quarta-feira, 6 de agosto de 2025
sexta-feira, 31 de março de 2017
EUA: Residência de Bahá’í vandalizada com mensagens anti-Islão
Após uma breve ausência de 3 dias, um Bahá’í iraniano residente nos EUA encontrou a sua casa vandalizada com frases pintadas com ameaças e mensagens anti-Islão. Além disto encontrou uma carta que o ameaçava de morte e vários cartuchos de munições colocados na forma de cruz.
Aparentemente, os autores deste crime terão pensado que o Sr. Hasel Afshar era muçulmano. Mas o Sr. Asfar é Bahá’í. O Sr. Afshar nasceu no Irão e vive nos EUA como refugiado desde 2010. Vive e trabalha na cidade de Troutdale, no Oregon.
“Acredito que os EUA são um grande país. Mas não sei; há muita gente racista”, afirmou o Sr. Asfar. Vários vizinhos ficaram revoltados com o sucedido e ofereceram-se para limpar e arranjar a casa.
A polícia local está a investigar o caso e considerou que as inscrições na casa do sr. Asfar eram um crime de intimidação. O FBI também está envolvido na investigação.
O presidente do Município descreveu o caso com um “ataque horrível” e acrescentou que a cidade e a polícia estão a fazer todos os esforços para identificar os responsáveis. “Ninguém deveria experimentar o medo de ser atacado devido à sua identidade ou prática da sua religião. Lamento que esta violência tenha penetrado na nossa comunidade, e saliento a importância de trabalhar para criar mais ligações e compaixão entre as nossas comunidades, acrescentou.
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FONTES:
Bias crime targets Troutdale homeowner
Hate graffiti sprayed in home of Iran refugee
Man's home ransacked, spray-painted with death threats and anti-Muslim graffiti
Aparentemente, os autores deste crime terão pensado que o Sr. Hasel Afshar era muçulmano. Mas o Sr. Asfar é Bahá’í. O Sr. Afshar nasceu no Irão e vive nos EUA como refugiado desde 2010. Vive e trabalha na cidade de Troutdale, no Oregon.
“Acredito que os EUA são um grande país. Mas não sei; há muita gente racista”, afirmou o Sr. Asfar. Vários vizinhos ficaram revoltados com o sucedido e ofereceram-se para limpar e arranjar a casa.
A polícia local está a investigar o caso e considerou que as inscrições na casa do sr. Asfar eram um crime de intimidação. O FBI também está envolvido na investigação.
O presidente do Município descreveu o caso com um “ataque horrível” e acrescentou que a cidade e a polícia estão a fazer todos os esforços para identificar os responsáveis. “Ninguém deveria experimentar o medo de ser atacado devido à sua identidade ou prática da sua religião. Lamento que esta violência tenha penetrado na nossa comunidade, e saliento a importância de trabalhar para criar mais ligações e compaixão entre as nossas comunidades, acrescentou.
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FONTES:
Bias crime targets Troutdale homeowner
Hate graffiti sprayed in home of Iran refugee
Man's home ransacked, spray-painted with death threats and anti-Muslim graffiti
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Templo Bahá'í de Chicago
Reportagem sobre o Templo Baha'i de Chicago.
Legendado em português.
Copiado do canal EnjoyIllinois.
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Orlando, as armas de assalto e os seus ferimentos
Por David Langness.
Durante os catorze meses que estive na guerra do Vietname, vi os ferimentos horríveis que as armas de assalto fazem.
Assim, hoje farei orações fervorosas pela recuperação muito difícil das 53 pessoas hospitalizadas em Orlando, Florida, que têm esses tipos de ferimentos. Vou orar também pelos médicos que têm de tratar esses ferimentos graves.
Infelizmente, a maior parte da cobertura mediática sobre a controvérsia das armas de assalto incide sobre as próprias armas, e não sobre os ferimentos que os seus projécteis causam. O recente ataque mortal em Orlando irá, sem dúvida, reacender o debate recorrente nos Estados Unidos sobre a proibição de armas de assalto; mas antes de tomar uma posição sobre o assunto, talvez lhe interesse saber alguma informação adicional que poderá desconhecer.
Esta informação, mesmo que sendo completamente factual, é difícil de digerir. Algumas pessoas ficarão impressionadas; por isso, se é sensível, não continue a ler.
Quando uma arma de assalto de estilo militar dispara o seu carregador circular, a bala é projectada mais rápido e mais longe do que a maioria das outras armas. As balas de armas automáticas AK-47 Kalashnikov chinesa ou de uma M16A1 ou A2 americana - os tipos mais comuns - foram concebidas para produzir altas velocidades de disparo, mas também foram projectadas para rasgar o tecido humano de uma forma única. Em vez de produzir um ferimento de entrada e saída ("through-and-through") - basicamente um orifício em forma de tubo com pequeno diâmetro, nos músculos, ossos ou órgãos - as balas de armas de assalto têm o que balística e médicos especialistas chamam "efeito de guinada". Isso significa que a bala foi concebida para "estraçalhar" ou destruir o corpo atingido, produzindo uma pequena ferida de entrada, mas a criando no corpo uma grande cavidade como ferimento de saída.
É assim que funciona: a bala de uma arma de assalto entra no tecido humano, penetrando 12 centímetros, amolgando-se e desfazendo-se antes de guinar 90ᵒ. Seguidamente, a secção traseira da bala fragmenta-se no corpo, como se fosse uma granada. Esses fragmentos penetram ainda mais no corpo, cerca de 7 cm num padrão circular. Depois, a bala e os seus muitos fragmentos saem do corpo, fazendo um buraco muito maior e mais irregular do que na entrada. Este efeito de guinada, amolgamento e fragmentação - que não ocorre com os revólveres ou espingardas normais usados para a caça - cria ferimentos de saída enormes e assustadores, o que naturalmente mata as vítimas com muito mais frequência do que faz uma arma normal não-militar.
Podemos visualizar o efeito desta maneira: o trajecto destrutivo de uma bala de arma de assalto cria, quando visto de lado, algo semelhante a um cone em vez de um tubo. Podemos imaginar o que isso faz a um corpo humano frágil.
Podemos não gostar de admitir, mas o objectivo principal de armas de assalto militares e das suas balas é produzir a maior carnificina e morte possíveis. Na minha opinião, uma arma de assalto não tem nenhuma utilização alternativa real; é feita para matar seres humanos, e não para ser usada como arma de caça. Uma bala normal atravessa o corpo humano ou animal, produzindo uma saída ferida não muito maior do que o orifício de entrada. Mas a bala de uma arma de assalto destrói a maior quantidade de tecido possível, tornando a morte por ferimento muito mais provável. Quando médicos e enfermeiros tentam curar essas feridas, percebem que são tremendamente mais difíceis de tratar e recuperar, porque fizeram um enorme estrago. Perguntem-me como é que eu sei.
Nos Estados Unidos, apesar das sondagens revelarem que cerca de três quartos da população apoiaria uma proibição total de armas de assalto de estilo militar, estas encontram-se disponíveis para venda e posse legal em quase todos os Estados. Hoje, após o massacre de Orlando, o presidente dos Estados Unidos afirmou: "Temos de decidir se esse é o tipo de país que queremos ser".
Os ensinamentos Bahá'ís designam estas armas de guerra - feitas exclusivamente para aniquilar outros seres humanos - "os frutos malignos da civilização material:"
Os ensinamentos Bahá’ís dizem que se não conseguirmos fazer isso, iremos apenas enfrentar mais do mesmo:
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Texto original: Orlando, Assault Weapons and “Yaw” (www.bahaiteachings.org)
David Langness é jornalista e crítico de literatura na revista Paste. É também editor e autor do site bahaiteachings.org. Vive em Sierra Foothills, California, EUA.
Durante os catorze meses que estive na guerra do Vietname, vi os ferimentos horríveis que as armas de assalto fazem.
Assim, hoje farei orações fervorosas pela recuperação muito difícil das 53 pessoas hospitalizadas em Orlando, Florida, que têm esses tipos de ferimentos. Vou orar também pelos médicos que têm de tratar esses ferimentos graves.
Infelizmente, a maior parte da cobertura mediática sobre a controvérsia das armas de assalto incide sobre as próprias armas, e não sobre os ferimentos que os seus projécteis causam. O recente ataque mortal em Orlando irá, sem dúvida, reacender o debate recorrente nos Estados Unidos sobre a proibição de armas de assalto; mas antes de tomar uma posição sobre o assunto, talvez lhe interesse saber alguma informação adicional que poderá desconhecer.
Esta informação, mesmo que sendo completamente factual, é difícil de digerir. Algumas pessoas ficarão impressionadas; por isso, se é sensível, não continue a ler.
Quando uma arma de assalto de estilo militar dispara o seu carregador circular, a bala é projectada mais rápido e mais longe do que a maioria das outras armas. As balas de armas automáticas AK-47 Kalashnikov chinesa ou de uma M16A1 ou A2 americana - os tipos mais comuns - foram concebidas para produzir altas velocidades de disparo, mas também foram projectadas para rasgar o tecido humano de uma forma única. Em vez de produzir um ferimento de entrada e saída ("through-and-through") - basicamente um orifício em forma de tubo com pequeno diâmetro, nos músculos, ossos ou órgãos - as balas de armas de assalto têm o que balística e médicos especialistas chamam "efeito de guinada". Isso significa que a bala foi concebida para "estraçalhar" ou destruir o corpo atingido, produzindo uma pequena ferida de entrada, mas a criando no corpo uma grande cavidade como ferimento de saída.
É assim que funciona: a bala de uma arma de assalto entra no tecido humano, penetrando 12 centímetros, amolgando-se e desfazendo-se antes de guinar 90ᵒ. Seguidamente, a secção traseira da bala fragmenta-se no corpo, como se fosse uma granada. Esses fragmentos penetram ainda mais no corpo, cerca de 7 cm num padrão circular. Depois, a bala e os seus muitos fragmentos saem do corpo, fazendo um buraco muito maior e mais irregular do que na entrada. Este efeito de guinada, amolgamento e fragmentação - que não ocorre com os revólveres ou espingardas normais usados para a caça - cria ferimentos de saída enormes e assustadores, o que naturalmente mata as vítimas com muito mais frequência do que faz uma arma normal não-militar.
Podemos visualizar o efeito desta maneira: o trajecto destrutivo de uma bala de arma de assalto cria, quando visto de lado, algo semelhante a um cone em vez de um tubo. Podemos imaginar o que isso faz a um corpo humano frágil.
Podemos não gostar de admitir, mas o objectivo principal de armas de assalto militares e das suas balas é produzir a maior carnificina e morte possíveis. Na minha opinião, uma arma de assalto não tem nenhuma utilização alternativa real; é feita para matar seres humanos, e não para ser usada como arma de caça. Uma bala normal atravessa o corpo humano ou animal, produzindo uma saída ferida não muito maior do que o orifício de entrada. Mas a bala de uma arma de assalto destrói a maior quantidade de tecido possível, tornando a morte por ferimento muito mais provável. Quando médicos e enfermeiros tentam curar essas feridas, percebem que são tremendamente mais difíceis de tratar e recuperar, porque fizeram um enorme estrago. Perguntem-me como é que eu sei.
Nos Estados Unidos, apesar das sondagens revelarem que cerca de três quartos da população apoiaria uma proibição total de armas de assalto de estilo militar, estas encontram-se disponíveis para venda e posse legal em quase todos os Estados. Hoje, após o massacre de Orlando, o presidente dos Estados Unidos afirmou: "Temos de decidir se esse é o tipo de país que queremos ser".
Os ensinamentos Bahá'ís designam estas armas de guerra - feitas exclusivamente para aniquilar outros seres humanos - "os frutos malignos da civilização material:"
Considerai! Estes navios de guerra que reduzem uma cidade a ruínas, no espaço de uma hora são o resultado da civilização material; da mesma forma, os canhões Krupp, as espingardas Mauser, a dinamite, os submarinos, os torpedeiros, os aviões armados e os bombardeiros - todas essas armas de guerra são os frutos malignos da civilização material. Se a civilização material tivesse sido combinada com a civilização divina, estas armas de fogo nunca teriam sido inventadas. Não, pelo contrário; a energia humana teria sido inteiramente dedicada a invenções úteis e ter-se-ia concentrado em descobertas louváveis. A civilização material é como uma lâmpada de vidro. A civilização divina é a própria lâmpada e o vidro sem a luz é escuro. A civilização material é como o corpo. Não importa o quão infinitamente gracioso, elegante e belo ele seja; ele está morto. A civilização divina é como o espírito, e o corpo obtém a sua vida do espírito; caso contrário torna-se um cadáver. ('Abdu'l-Bahá, Selections from the Writings of Abdu’l-Baha, p. 303)Os Bahá’ís apoiam a proibição da posse de armas de assalto de estilo militar por civis? Os Bahá’ís olham para a questão de uma perspectiva diferente, mais macroscópica; na verdade, em vez de simplesmente proibir as armas, os ensinamentos Bahá'ís pretendem transformar a sociedade em geral, que condena o seu uso. Em vez de um tratamento dos sintomas, os Bahá’ís querem curar totalmente a doença. Queremos criar uma cultura global pacífica, harmoniosa e unida. Os Bahá’ís querem combinar a civilização material com a civilização divina, e inculcar os valores espirituais que Bahá'u'lláh ensinou a todos os povos.
Os ensinamentos Bahá’ís dizem que se não conseguirmos fazer isso, iremos apenas enfrentar mais do mesmo:
A escuridão da noite encobriu todas as regiões, e toda a Terra se encontra velada por nuvens densas. Os povos do mundo estão submersos nas profundezas obscuras de ilusões vãs, enquanto os seus tiranos nadam em crueldade e ódio. Nada vejo salvo o clarão dos fogos devoradores e ardentes que se erguem nos abismos mais profundos; Nada ouço salvo o estrondo ameaçador do ribombar de milhares e milhares de armas de ataque impetuosas, enquanto toda a terra brada, em voz alta, na sua língua secreta: "As minhas riquezas de nada me valem e minha soberania pereceu!" ('Abdu'l-Bahá, Selections from the Writings of Abdu’l-Baha, p. 272)
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Texto original: Orlando, Assault Weapons and “Yaw” (www.bahaiteachings.org)
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David Langness é jornalista e crítico de literatura na revista Paste. É também editor e autor do site bahaiteachings.org. Vive em Sierra Foothills, California, EUA.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
A história de Diana
“Eu sou parte da vida deles e sinto que eles são parte da minha vida.”
Para Diana, ser mentora de um grupo de adolescentes pode mudar uma comunidade.
Legendado em Português.
terça-feira, 14 de abril de 2015
Imagens de prisoneiros Bahá'ís numa exposição de Ai Weiwei
Usando milhões de peças de Lego, o conhecido artista chinês Ai Weiwei criou imagens de 176 prisioneiros de consciência. Entre estes incluem-se Faran Hesami, Kamran Rahimian, Navid Khanjani e os Yaran. Estas imagens integram são uma homenagem aos prisioneiros e encontram-se numa exposição intitulada no Museu Alcatraz (S. Francisco, EUA).
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FONTE: Building the Images of Imprisoned Bahai’s with Millions of Lego Pieces by Ai Weiwei, the Well-Known Chinese Artist (IPW)
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
A tirania vem dos Governos ou das Religiões?
Por David Langness.
O líder iraniano dirigiu-se aos jovens do Ocidente, e não aos "políticos e estadistas" da Europa e América do Norte, porque, tal como ele próprio disse, "acredito que eles (políticos e estadistas) afastaram conscientemente o rumo da política do caminho da justiça e verdade."
Khamenei escreveu que as nações ocidentais têm várias "fobias" em relação ao Islão, e que eles têm sido "fingidos e hipócritas" no seu relacionamento com outras nações e culturas. Vamos examinar estas afirmações de forma desapaixonada e objetiva.
O Ayatollah começa por lamentar que o Ocidente tenha provocado durante muito tempo “um sentimento de horror e ódio em relação ao Islão” e colocado “esta grande religião no lugar de um inimigo horrível”. Ele escreve:
A carta do Ayatollah refere as últimas duas décadas, mas a fractura entre Oriente e Ocidente vem de um passado muito distante, desde a Idade Média. A invasão muçulmana da Península Ibérica no ano 711 EC, marcou, sem dúvida, o início de um conflito cultural épico entre o Islão e o Cristianismo, que continua a repercutir-se no mundo de hoje. O domínio implacável da aristocracia Omíada árabe sobre toda a Hispânia, as carnificinas sangrentas que se seguiram durante as terríveis guerras das Cruzadas e as horríveis torturas da Inquisição, tudo isso tem ecoado ao longo da história de ambas as grandes religiões. Ódios, chacinas e genocídios - de ambos os lados - caracterizaram o comportamento das pessoas comuns e das autoridades religiosas durante esse período negro.
No entanto, se o Ayatollah visitasse o Ocidente moderno de hoje, ficaria provavelmente feliz por saber que a maioria do público esclarecido não responsabiliza o próprio Islão por essas atrocidades históricas.
Em vez disso, as pessoas ocidentais educadas entendem que os indivíduos e os líderes dos próprios governos devem ser responsabilizados pelas suas acções - em vez de culpar as religiões que eles dizem seguir. Por exemplo, quando os líderes ocidentais declararam guerra a países islâmicos como o Iraque (em 2003), uma grande número de ocidentais levantou-se contra essa guerra, incluindo uma maioria de jovens na América do Norte e Europa. Eles não culparam o cristianismo ou o judaísmo por se travar uma guerra injusta e desnecessária; eles culparam os seus governos.
No Ocidente moderno, a maioria das pessoas tenta separar governo e religião, por essa mesma razão. Nós aprendemos que não podemos confiar governos que afirmam ter abraçado uma qualquer filiação religiosa especial, porque muitas vezes eles tomam decisões que violam os princípios espirituais dessa mesma Fé; usam a religião como um meio para controlar e dominar os outros; e para oprimir e marginalizar aqueles que não acreditam no mesmo que eles.
Tanto o Renascimento como o Iluminismo - para os quais os progressos do Islão contribuíram significativamente - procuraram libertar o Ocidente da tirania religiosa, separar a Igreja do Estado, e conceder a cada homem, mulher e criança o direito humano fundamental e liberdade do culto que consideram adequado.
É claro que essa forma de governo também não mostrou ser perfeito. A carta aberta do Ayatollah dedica vários parágrafos a acusar as nações ocidentais, e a própria civilização ocidental, pelas suas muitas falhas:
Hoje, por exemplo, o governo do Irão reprime brutalmente a sua maior minoria religiosa, os Bahá’ís, negando-lhes o direito à educação e ao emprego; aprisionando-os com base em acusações falsas; torturando e executando-os quando o seu único crime é acreditar numa religião diferente. Todas as organizações internacionais de direitos humanos, incluindo as Nações Unidas, concordam que o governo iraniano actualmente oprime os Bahá'ís.
Mas, apesar de Muhammad ter proibido a opressão no Alcorão, a liderança iraniana não parece desgostosa com essa opressão, por alguma estranha razão. Se o Islão proíbe a opressão, não deveria ela cessar? E não ficaria a juventude do Ocidente - com o seu profundo compromisso com a verdade, a justiça e a liberdade de pensamento - mais impressionada se o Irão terminasse essa a opressão do que com uma carta aberta?
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Texto original: Does Tyranny Come from Governments or Religions? (www.bahaiteachings.org)
David Langness é jornalista e crítico de literatura na revista Paste. É também editor e autor do site bahaiteachings.org. Vive em Sierra Foothills, California, EUA.
Em verdade, Deus ordenou a realização da justiça e do bem... e Ele proíbe a maldade e opressão. Ele adverte-vos para que sejais cuidadosos. (Alcorão, 16:92)Recentemente, o Ayatollah Ali Khamenei do Irão enviou uma carta aberta aos jovens do Ocidente, expressando uma profunda preocupação com "a imagem que é lhes é apresentada como sendo o Islão."
Sê como uma lâmpada para os que andam nas trevas, uma alegria para os infelizes, um mar para os sedentos, um refúgio para os aflitos, um apoiante e defensor da vítima da opressão. (Bahá'u'lláh, Epistle to the Son of the Wolf, p. 93)
O líder iraniano dirigiu-se aos jovens do Ocidente, e não aos "políticos e estadistas" da Europa e América do Norte, porque, tal como ele próprio disse, "acredito que eles (políticos e estadistas) afastaram conscientemente o rumo da política do caminho da justiça e verdade."
Khamenei escreveu que as nações ocidentais têm várias "fobias" em relação ao Islão, e que eles têm sido "fingidos e hipócritas" no seu relacionamento com outras nações e culturas. Vamos examinar estas afirmações de forma desapaixonada e objetiva.
O Ayatollah começa por lamentar que o Ocidente tenha provocado durante muito tempo “um sentimento de horror e ódio em relação ao Islão” e colocado “esta grande religião no lugar de um inimigo horrível”. Ele escreve:
Muitas tentativas foram feitas ao longo das últimas duas décadas, desde a desintegração da União Soviética, para colocar esta grande religião no lugar de um inimigo horrível. A instigação de um sentimento de horror e ódio e a sua utilização tem, infelizmente, um longo registo na história política do Ocidente.Não há dúvida sobre isso. O "longo registo" de animosidade e divisão entre as nações islâmicas do Oriente e as nações da Europa e América do Norte datam de há muito tempo, muito antes da desintegração da União Soviética.
A carta do Ayatollah refere as últimas duas décadas, mas a fractura entre Oriente e Ocidente vem de um passado muito distante, desde a Idade Média. A invasão muçulmana da Península Ibérica no ano 711 EC, marcou, sem dúvida, o início de um conflito cultural épico entre o Islão e o Cristianismo, que continua a repercutir-se no mundo de hoje. O domínio implacável da aristocracia Omíada árabe sobre toda a Hispânia, as carnificinas sangrentas que se seguiram durante as terríveis guerras das Cruzadas e as horríveis torturas da Inquisição, tudo isso tem ecoado ao longo da história de ambas as grandes religiões. Ódios, chacinas e genocídios - de ambos os lados - caracterizaram o comportamento das pessoas comuns e das autoridades religiosas durante esse período negro.
No entanto, se o Ayatollah visitasse o Ocidente moderno de hoje, ficaria provavelmente feliz por saber que a maioria do público esclarecido não responsabiliza o próprio Islão por essas atrocidades históricas.
Em vez disso, as pessoas ocidentais educadas entendem que os indivíduos e os líderes dos próprios governos devem ser responsabilizados pelas suas acções - em vez de culpar as religiões que eles dizem seguir. Por exemplo, quando os líderes ocidentais declararam guerra a países islâmicos como o Iraque (em 2003), uma grande número de ocidentais levantou-se contra essa guerra, incluindo uma maioria de jovens na América do Norte e Europa. Eles não culparam o cristianismo ou o judaísmo por se travar uma guerra injusta e desnecessária; eles culparam os seus governos.
No Ocidente moderno, a maioria das pessoas tenta separar governo e religião, por essa mesma razão. Nós aprendemos que não podemos confiar governos que afirmam ter abraçado uma qualquer filiação religiosa especial, porque muitas vezes eles tomam decisões que violam os princípios espirituais dessa mesma Fé; usam a religião como um meio para controlar e dominar os outros; e para oprimir e marginalizar aqueles que não acreditam no mesmo que eles.
Tanto o Renascimento como o Iluminismo - para os quais os progressos do Islão contribuíram significativamente - procuraram libertar o Ocidente da tirania religiosa, separar a Igreja do Estado, e conceder a cada homem, mulher e criança o direito humano fundamental e liberdade do culto que consideram adequado.
É claro que essa forma de governo também não mostrou ser perfeito. A carta aberta do Ayatollah dedica vários parágrafos a acusar as nações ocidentais, e a própria civilização ocidental, pelas suas muitas falhas:
As histórias dos Estados Unidos e da Europa envergonha-se com a escravidão, embaraçam-se com o período colonial e mortificam-se com a opressão das pessoas de cor e não-cristãos. Os seus investigadores e historiadores envergonham-se profundamente com o derramamento de sangue realizado em nome da religião entre Católicos e Protestantes, ou em nome de nacionalidade e etnia durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.É certo que a escravidão, o colonialismo e a opressão são hoje vistos como vergonhosas no Ocidente, tal como devem ser no Oriente, que também tem uma longa e negra história com comportamentos semelhantes. Nenhum governo humano é perfeito, e os governos só começam a aproximar-se da perfeição quando admitem os seus erros e tentam corrigi-los.
Hoje, por exemplo, o governo do Irão reprime brutalmente a sua maior minoria religiosa, os Bahá’ís, negando-lhes o direito à educação e ao emprego; aprisionando-os com base em acusações falsas; torturando e executando-os quando o seu único crime é acreditar numa religião diferente. Todas as organizações internacionais de direitos humanos, incluindo as Nações Unidas, concordam que o governo iraniano actualmente oprime os Bahá'ís.
Mas, apesar de Muhammad ter proibido a opressão no Alcorão, a liderança iraniana não parece desgostosa com essa opressão, por alguma estranha razão. Se o Islão proíbe a opressão, não deveria ela cessar? E não ficaria a juventude do Ocidente - com o seu profundo compromisso com a verdade, a justiça e a liberdade de pensamento - mais impressionada se o Irão terminasse essa a opressão do que com uma carta aberta?
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Texto original: Does Tyranny Come from Governments or Religions? (www.bahaiteachings.org)
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David Langness é jornalista e crítico de literatura na revista Paste. É também editor e autor do site bahaiteachings.org. Vive em Sierra Foothills, California, EUA.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
A vida com um propósito: a dança da vida
Um vídeo produzido pela Comunidade Baha'i dos Estados Unidos.
sábado, 21 de dezembro de 2013
Senado dos EUA aprova resolução condenando a perseguição aos Bahá’ís no Irão
Ao aprovar a da Resolução nº 75, apresentada pelos senadores Mark Kirk (Republicano) e Dick Durbin (Democrata), do Estado do Illinois, o Senado dos EUA condenou formalmente a perseguição enfrentada pela comunidade Bahá’í do Irão com a aprovação. No resumo desta resolução declara-se:
Condena o Irão por sua perseguição fomentada pelo Estado contra a sua minoria Bahá’í e sua contínua violação das Convenções Internacionais sobre Direitos Humanos.
Apela ao Irão para libertar os sete dirigentes presos, os 12 educadores presos e todos os outros prisioneiros mantidos unicamente devido à sua religião.
Apela ao Presidente e ao Secretário de Estado, em cooperação com as nações responsáveis, para condenar violação continuada pelo Irão dos direitos humanos e a exigir a libertação de prisioneiros mantidos unicamente devido à sua religião.
Exorta o Presidente e o Secretário a utilizar todas a autoridade disponível, incluindo a Lei de Sanções Integrais Responsabilidade e Desinvestimento contra o Irão, de 2010, para impor sanções aos funcionários do governo iraniano e outras pessoas directamente responsáveis por abusos graves dos direitos humanos, incluindo os abusos contra a comunidade Bahá’í do Irão.
A resolução foi saudada pela Comunidade Bahá'í Americana. "Esta resolução é particularmente oportuna. Com o lançamento, no passado dia 26 de Novembro, do há muito aguardado projecto de Carta dos Direitos dos Cidadãos do presidente Rouhani, que, nos seus termos actuais, não protege as minorias religiosas que ainda não estão reconhecidos pela constituição iraniana, tal como os Bahá'ís, é importante que a situação dos Bahá'ís seja enfatizada, de modo a pressionar o Sr. Rouhani e altos funcionários iranianos a elaborar uma carta mais inclusiva", disse Kenneth E. Bowers, Secretário da Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá'ís da Estados Unidos, num comunicado de imprensa.
Segundo o Gabinete de Assuntos Externos dos Bahá’ís dos EUA, actualmente 116 Bahá’ís estão presos. Entre estes, sete foram condenados a 20 anos de prisão devido à sua liderança religiosa. Os seus nomes são Fariba Kamalabadi, Jamaloddin Khanjani, Afif Naeimi, Saeid Rezaie, Mahvash Sabet, Behrouz Tavakkoli, e Vahid Tizfahm.
Os Bahá’ís são a maior minoria religiosa do Irão, embora a religião tenha surgido naquele país no século XIX. O Relatório de 2012 da Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional declarou: "Desde 1979, as autoridades do governo iraniano mataram mais de 200 dirigentes Bahá’ís no Irão e expulsaram mais de 10.000 de empregos públicos e universitários."
Os senadores apresentaram a proposta de resolução em Março. "O Illinois é o lar do mundialmente conhecido Templo Bahá’í. Assim a situação dos Bahá’ís no Irão, tem um significado especial para os nossos cidadãos", afirmou Kirk. "A minha esperança é esta resolução traga a perseguição aos Bahá’ís e a questão dos direitos humanos no Irão para o primeiro plano da agenda internacional".
Durbin acrescentou: "A perseguição religiosa aos Bahá'ís no Irão é uma violação de um dos nossos mais elementares direitos humanos. Esta resolução não só irá aumentar a consciência sobre a situação no Irão, mas que também irá lembrar a comunidade internacional que ainda deve pressionar mais pela segurança e justiça para as minorias religiosas em todo o mundo. A Comunidade Bahá’í no Irão merece as mesmas liberdades religiosas que gozam os nossos vizinhos Bahá’ís no Illinois".
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Traduzido e adaptado de: Senate Resolution 75 Condemns Baha'i Persecution In Iran: Senators Kirk And Durbin Pass Bill (Huffington Post)
quinta-feira, 4 de abril de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
sábado, 23 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Para lá dos limites da capacidade humana
O massacre das crianças numa escola primária de Newton (Connecticut, EUA) comoveu o mundo.
Nas muitas manifestações de solidariedade que se têm seguido, o serviço inter-religioso mereceu destaque em muitos órgãos de comunicação social internacionais. Neste evento, os representantes da comunidade Bahá’í leram alguns excertos das Escrituras que me parecem particularmente adequados. Num desses textos podemos ler as seguintes palavras de 'Abdu'l-Bahá dirigidas a uma mãe que perdeu um filho:
Ó tu, serva amada de Deus! Embora a perda de um filho seja verdadeiramente de partir o coração e esteja para lá dos limites da capacidade humana, ainda assim, a pessoa que sabe e compreende tem a certeza que o filho não foi perdido, mas pelo contrário, passou deste mundo para outro, e ela encontrá-lo-a no reino divino. Esse encontro será para a eternidade, enquanto neste mundo a separação é inevitável e traz consigo uma dor ardente.‘Abdu’l-Bahá sabia bem o que era essa dor; Ele próprio também perdera um filho.
Pessoalmente intrigam-me as palavras “...para lá dos limites da capacidade humana”. Porque, apesar disso, alguns de nós suportam essa dor.
sábado, 4 de agosto de 2012
Uma imagem sombria da liberdade religiosa no Irão
Num relatório divulgado na passada segunda-feira, os Estados Unidos apresentaram uma imagem sombria sobre da liberdade religiosa no Irão, descrevendo a forma como o governo iraniano oprime sistematicamente os seguidores de praticamente todos as minorias religiosas no país, restringindo suas actividades religiosas, limitando as suas actividades económicas e efectua detenções quando se envolvem em actividades de divulgação das suas crenças.
"A retórica e as acções governamentais criaram uma atmosfera ameaçadora para quase todos os grupos religiosos não-xiitas, principalmente os Bahá’ís, mas também para os sufis, cristãos evangélicos, judeus e grupos xiitas que não partilham as opiniões religiosas oficiais do governo", afirma-se no capítulo sobre o Irão no Relatório Anual sobre Liberdade Religiosa Internacional de 2011, elaborado pelo Departamento de Estado dos EUA.
"Os grupos bahá'ís e cristãos reportaram prisões arbitrárias, detenções prolongadas e confisco de propriedades. Durante o ano, intensificaram-se as campanhas negativas contra minorias religiosas, especialmente contra os bahá’ís, na comunicação social controlada pelo governo".
"Todas as minorias religiosas sofreram diferentes graus de discriminação aprovada oficialmente, especialmente nas áreas de emprego, educação e habitação. Os bahá'ís continuaram a ser alvo de expulsões, ou recusa de admissão, nas universidades", declara o Relatório.
Publicado anualmente desde 2001, o Relatório analisa a situação da liberdade religiosa em todo o mundo, examinando a evolução ou a regressão em todos os países, excepto os EUA. O Relatório deu atenção especial este ano para o impacto das transições políticas e demográficas sobre as minorias religiosas, os efeitos do conflito sobre a liberdade religiosa, e "corrente crescente de anti-semitismo."
"Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião", disse a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, ao apresentar o Relatório numa conferência de imprensa no Carnegie Endowment for International Peace.
"Este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade, sozinho ou em comunidade, em público ou privado, de manifestar a religião ou crença, pelo ensino, pela prática, adoração e observância e", afirmou a secretária Hillary Clinton.
Suzan Johnson Cook, Embaixadora dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional, disse que a liberdade de religião não é apenas um direito americano, mas o direito de todos os povos. "Ela anda de mãos dadas com a liberdade de expressão e reunião, e quando a liberdade religiosa é restringida, todos esses direitos estão em risco", disse a embaixadora Cook. "E por esta razão, a liberdade religiosa é muitas vezes o termómetro para outros direitos humanos. É o canário na mina de carvão."
No relatório, a secção sobre o Irão era especialmente crítica, afirmando que "o respeito do governo e a protecção do direito à liberdade religiosa continuou a deteriorar-se."
"O sistema legal estimula o abuso e a discriminação religiosa", afirma o relatório, observando que a "constituição e outras leis e políticas restringem severamente a liberdade de religião". O relatório documenta esses abusos, e constata que praticamente todos os grupos religiosos de fora da maioria xiita enfrentaram discriminação.
"O assédio e detenções de Sufis também prosseguiram durante o ano", denuncia o relatório, observando que cerca de 60 Sufis tinham sido detidos em Setembro, após confrontos com forças de segurança.
Os cristãos também enfrentam discriminação continuada. No ano passado, o governo confiscou cerca de 6.500 Bíblias, afirma o Relatório, e manteve detido o pastor cristão Youcef Nadarkhani, que foi condenado à morte por apostasia.
"Os Zoroastrianos também reportaram detenções e assédio", declara o Relatório, descrevendo a prisão em Outubro de Yashin Jamshidi, um Zoroastriano de Karaj.
SITUAÇÃO DOS BAHÁ’ÍS EM DESTAQUE
A situação da comunidade Bahá’í iraniana - 300.000 pessoas - merece destaque ao longo do Relatório. O documento afirma explicitamente que os Bahá'ís são perseguidos devido às suas convicções religiosas.
Entre outras coisas, observa-se que os Bahá'ís são impedidos de se matricular nas universidades públicas, banidos do sistema de segurança social, e proibidos de "oficialmente constituir ou manter instituições administrativas."
"O governo prendeu arbitrariamente bahá'ís e acusou-os de violar os artigos 500 e 698 do código penal islâmico, relativos às actividades contra o Estado e divulgação de falsidades ", denuncia o Relatório, notando que, no final de 2011, 95 Bahá’ís estavam presos e 416 tinham processos judiciais activos em curso.
"Frequentemente, as acusações não são retiradas após a libertação, e aqueles com acusações pendentes temem ser detidos novamente, a qualquer momento. A maioria foi libertada somente depois de pagar uma pesada multa ou uma fiança elevada. Para alguns, a fiança foi na forma de títulos de propriedade; outros obtiveram a sua liberdade em troca de garantias pessoais de um "guardião" que garantiu a presença do réu no tribunal.
"Alegadamente, funcionários do governo teriam oferecido aos bahá'ís alívio dos maus-tratos em troca da negação da sua filiação religiosa; se estão detidos, a negação da filiação religiosa é uma pré-condição para a libertação", declara o Relatório.
O Relatório observou que "cemitérios bahá'ís em várias cidades foram profanados por pessoas não identificadas, e o governo não tentou identificar ou punir os responsáveis." Também afirma que os Bahá’ís e suas propriedades tinham sido objecto de ataques incendiários. "Em todos os casos, a polícia disse que nada poderia ser feito para encontrar os autores", acrescenta o relatório.
O Relatório analisou ainda as acções do Departamento de Estado no ano passado em apoio aos Bahá'ís iranianos, observando que os seus porta-vozes consideraram "sem precedentes" a re-imposição de uma pena de prisão de 20 anos para sete presos dirigentes nacionais Bahá’ís, e que também tinham criticado "a ausência de cumprimento de processo legal" dessa condenação, dizendo que se tratava de uma violação dos compromissos do Irão relativos ao direito internacional.
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FONTE: A dark picture of religious freedom in Iran (BWNS)
"A retórica e as acções governamentais criaram uma atmosfera ameaçadora para quase todos os grupos religiosos não-xiitas, principalmente os Bahá’ís, mas também para os sufis, cristãos evangélicos, judeus e grupos xiitas que não partilham as opiniões religiosas oficiais do governo", afirma-se no capítulo sobre o Irão no Relatório Anual sobre Liberdade Religiosa Internacional de 2011, elaborado pelo Departamento de Estado dos EUA.
"Os grupos bahá'ís e cristãos reportaram prisões arbitrárias, detenções prolongadas e confisco de propriedades. Durante o ano, intensificaram-se as campanhas negativas contra minorias religiosas, especialmente contra os bahá’ís, na comunicação social controlada pelo governo".
"Todas as minorias religiosas sofreram diferentes graus de discriminação aprovada oficialmente, especialmente nas áreas de emprego, educação e habitação. Os bahá'ís continuaram a ser alvo de expulsões, ou recusa de admissão, nas universidades", declara o Relatório.
Publicado anualmente desde 2001, o Relatório analisa a situação da liberdade religiosa em todo o mundo, examinando a evolução ou a regressão em todos os países, excepto os EUA. O Relatório deu atenção especial este ano para o impacto das transições políticas e demográficas sobre as minorias religiosas, os efeitos do conflito sobre a liberdade religiosa, e "corrente crescente de anti-semitismo."
"Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião", disse a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, ao apresentar o Relatório numa conferência de imprensa no Carnegie Endowment for International Peace.
"Este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade, sozinho ou em comunidade, em público ou privado, de manifestar a religião ou crença, pelo ensino, pela prática, adoração e observância e", afirmou a secretária Hillary Clinton.
Suzan Johnson Cook, Embaixadora dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional, disse que a liberdade de religião não é apenas um direito americano, mas o direito de todos os povos. "Ela anda de mãos dadas com a liberdade de expressão e reunião, e quando a liberdade religiosa é restringida, todos esses direitos estão em risco", disse a embaixadora Cook. "E por esta razão, a liberdade religiosa é muitas vezes o termómetro para outros direitos humanos. É o canário na mina de carvão."
No relatório, a secção sobre o Irão era especialmente crítica, afirmando que "o respeito do governo e a protecção do direito à liberdade religiosa continuou a deteriorar-se."
"O sistema legal estimula o abuso e a discriminação religiosa", afirma o relatório, observando que a "constituição e outras leis e políticas restringem severamente a liberdade de religião". O relatório documenta esses abusos, e constata que praticamente todos os grupos religiosos de fora da maioria xiita enfrentaram discriminação.
"O assédio e detenções de Sufis também prosseguiram durante o ano", denuncia o relatório, observando que cerca de 60 Sufis tinham sido detidos em Setembro, após confrontos com forças de segurança.
Os cristãos também enfrentam discriminação continuada. No ano passado, o governo confiscou cerca de 6.500 Bíblias, afirma o Relatório, e manteve detido o pastor cristão Youcef Nadarkhani, que foi condenado à morte por apostasia.
"Os Zoroastrianos também reportaram detenções e assédio", declara o Relatório, descrevendo a prisão em Outubro de Yashin Jamshidi, um Zoroastriano de Karaj.
SITUAÇÃO DOS BAHÁ’ÍS EM DESTAQUE
A situação da comunidade Bahá’í iraniana - 300.000 pessoas - merece destaque ao longo do Relatório. O documento afirma explicitamente que os Bahá'ís são perseguidos devido às suas convicções religiosas.
Entre outras coisas, observa-se que os Bahá'ís são impedidos de se matricular nas universidades públicas, banidos do sistema de segurança social, e proibidos de "oficialmente constituir ou manter instituições administrativas."
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Os sete dirigentes Bahá'ís actualmente detidos no Irão |
"Frequentemente, as acusações não são retiradas após a libertação, e aqueles com acusações pendentes temem ser detidos novamente, a qualquer momento. A maioria foi libertada somente depois de pagar uma pesada multa ou uma fiança elevada. Para alguns, a fiança foi na forma de títulos de propriedade; outros obtiveram a sua liberdade em troca de garantias pessoais de um "guardião" que garantiu a presença do réu no tribunal.
"Alegadamente, funcionários do governo teriam oferecido aos bahá'ís alívio dos maus-tratos em troca da negação da sua filiação religiosa; se estão detidos, a negação da filiação religiosa é uma pré-condição para a libertação", declara o Relatório.
O Relatório observou que "cemitérios bahá'ís em várias cidades foram profanados por pessoas não identificadas, e o governo não tentou identificar ou punir os responsáveis." Também afirma que os Bahá’ís e suas propriedades tinham sido objecto de ataques incendiários. "Em todos os casos, a polícia disse que nada poderia ser feito para encontrar os autores", acrescenta o relatório.
O Relatório analisou ainda as acções do Departamento de Estado no ano passado em apoio aos Bahá'ís iranianos, observando que os seus porta-vozes consideraram "sem precedentes" a re-imposição de uma pena de prisão de 20 anos para sete presos dirigentes nacionais Bahá’ís, e que também tinham criticado "a ausência de cumprimento de processo legal" dessa condenação, dizendo que se tratava de uma violação dos compromissos do Irão relativos ao direito internacional.
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FONTE: A dark picture of religious freedom in Iran (BWNS)
domingo, 22 de abril de 2012
sábado, 31 de março de 2012
Senado Americano apela à libertação de dirigentes Bahá’ís no Irão
O Senado dos EUA aprovou - na quinta-feira passada - uma resolução em que "condena o governo iraniano por patrocinar a perseguição contra a minoria Bahá’í", e apela ao Irão para libertar os sete dirigentes Bahá’ís. Estes sete dirigentes foram condenados a 20 anos de prisão em 2010 com acusações de “espionagem para Israel”.
O Senado pediu ao Presidente Barack Obama para aplicar sanções contra funcionários iranianos envolvidos em perseguições contra baha’is, de acordo com sua decisão de 2010 em congelar os bens de oito funcionários superiores iranianos devido à repressão contra protestos da oposição protesta no ano anterior.
As perseguições aos Bahá'ís no Irão são anteriores à revolução islâmica de 1979. Actualmente o regime teocrático impede os Bahá'ís de aceder às universidades e a empregos na administração pública.
O senador Dick Durbin, o segundo na hierarquia do Partido Democrático no Senado, afirmou que chegou o tempo da "perseguição religiosa apoiada pelo Estado contra os Bahais no Irã chegar ao fim."
O gabinete do senador republicano Mark Kirk, um patrocinador principal da resolução, declarou em comunicado que a resolução "envia uma forte mensagem de que os EUA vão continuar a responsabilizar o governo iraniano pela violação dos direitos humanos fundamentais do seu povo."
Mona Mahmoudi, uma Bahá’í residente nos subúrbios de Washington, afirmou à AFP que as autoridades iranianas executaram os seus pais, logo após a revolução islâmica devido aos seus cargos de liderança na comunidade Bahá’í.
Mahmoudi manifestou a esperança de que a resolução do Senado, juntamente com os holofotes sobre o Irã devido ao seu programa nuclear, possa chamar a atenção para a situação precária da Bahá’ís. "A questão nuclear é um assunto muito quente e muito sexy, mas os direitos humanos normalmente ficam para trás. Mas informar e escrever sobre a situação ajuda e acho que no final o governo iraniano vai ser cada vez mais sensível à opinião pública", afirmou.
Mahmoudi disse que apesar do Irã não continuar a executar Bahá’ís, a perseguição tornou-se mais ampla através de medidas como as expulsões de alunos das escolas. "Quando um governo tem medo de crianças de cinco ou seis anos de idade que vão à escola, isso diz muita coisa", concluiu.
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FONTES:
US Senate urges help for Iran's Bahais (AFP)
U.S. Senate Urges Iran To Release Imprisoned Baha'i Leaders (RFEL)
US Senate urges Iran to free Bahai leaders (NOW Lebanon)
US Senate urges Iran to free Bahai leaders (Pakistan Today)
Kirk, Durbin Baha’i Resolution Passes in the U.S. Senate by Unanimous Consent (Mark Kirk)
O Senado pediu ao Presidente Barack Obama para aplicar sanções contra funcionários iranianos envolvidos em perseguições contra baha’is, de acordo com sua decisão de 2010 em congelar os bens de oito funcionários superiores iranianos devido à repressão contra protestos da oposição protesta no ano anterior.
As perseguições aos Bahá'ís no Irão são anteriores à revolução islâmica de 1979. Actualmente o regime teocrático impede os Bahá'ís de aceder às universidades e a empregos na administração pública.
O senador Dick Durbin, o segundo na hierarquia do Partido Democrático no Senado, afirmou que chegou o tempo da "perseguição religiosa apoiada pelo Estado contra os Bahais no Irã chegar ao fim."
O gabinete do senador republicano Mark Kirk, um patrocinador principal da resolução, declarou em comunicado que a resolução "envia uma forte mensagem de que os EUA vão continuar a responsabilizar o governo iraniano pela violação dos direitos humanos fundamentais do seu povo."
Mona Mahmoudi, uma Bahá’í residente nos subúrbios de Washington, afirmou à AFP que as autoridades iranianas executaram os seus pais, logo após a revolução islâmica devido aos seus cargos de liderança na comunidade Bahá’í.
Mahmoudi manifestou a esperança de que a resolução do Senado, juntamente com os holofotes sobre o Irã devido ao seu programa nuclear, possa chamar a atenção para a situação precária da Bahá’ís. "A questão nuclear é um assunto muito quente e muito sexy, mas os direitos humanos normalmente ficam para trás. Mas informar e escrever sobre a situação ajuda e acho que no final o governo iraniano vai ser cada vez mais sensível à opinião pública", afirmou.
Mahmoudi disse que apesar do Irã não continuar a executar Bahá’ís, a perseguição tornou-se mais ampla através de medidas como as expulsões de alunos das escolas. "Quando um governo tem medo de crianças de cinco ou seis anos de idade que vão à escola, isso diz muita coisa", concluiu.
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FONTES:
US Senate urges help for Iran's Bahais (AFP)
U.S. Senate Urges Iran To Release Imprisoned Baha'i Leaders (RFEL)
US Senate urges Iran to free Bahai leaders (NOW Lebanon)
US Senate urges Iran to free Bahai leaders (Pakistan Today)
Kirk, Durbin Baha’i Resolution Passes in the U.S. Senate by Unanimous Consent (Mark Kirk)
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
O Sonho do Dr King e o Prisioneiro em Bagdade, há 150 anos
Artigo de Homa Sabet Tavangar, publicado no Huffington Post.
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Em vésperas do feriado de Martin Luther King, quis mostrar às minhas filhas o Boletim do St. Francis College, de 1976, que continha uma foto da minha mãe a estudar com a sua amiga, Joetta. A imagem do seu rosto jovem atento fez-me reviver as emoções da minha infância, do amor, do orgulho e alguma tensão porque a minha mãe começava a Faculdade após o nascimento da minha irmã mais nova enquanto eu já estava na escola primária. Ela conseguia fazer-nos um jantar quente todas as noites e tinha sorte se conseguia dormir quatro horas, pois ela só começava a estudar a sério depois de nós irmos dormir.
Quando encontrei a foto, telefonei à minha mãe. "A Joetta era a tua melhor amiga na faculdade?" Eu perguntei. "Ela era a minha única amiga", ela respondeu de uma forma prosaica. "Ninguém queria ser meu amigo e ninguém queria ser amigo dela - éramos ambas demasiado diferentes; por isso tinhamo-nos uma à outra."
Esta não era a minha única recordação. Eu não podia imaginar a minha mãe - quase esplendorosa - ser rejeitada pelos colegas. Enquanto cresci em nossa casa, parecia que tínhamos sempre mais pessoas, e em particular pessoas de diferentes origens raciais e étnicas. Os meus pais eram activos na comunidade Bahá’í local, que era constituída por professores, empresários, comerciantes, artistas, estudantes e crianças da década de 70. Distinguia-se porque Foi distinguido por representar mais etnias do que pessoas pensaram que existiam em Fort Wayne, Indiana, naqueles dias, e particularmente para as amizades que existiam entre as raças.
Quase tão natural como aprender a dizer 'por favor' e 'obrigado', enquanto crianças eram-nos incutidas ideias existentes nas Escrituras Baha'is, como: "Amai todas as religiões e raças com um amor que seja verdadeiro e sincero e mostrai amor através de acções". E "O tabernáculo de unidade foi erguido; não vos olheis uns aos outros como estranhos. Vós sois os frutos de uma única árvore, e as folhas do mesmo ramo.."
Cresci a ouvir as conversas dos adultos à cerca da frase "o racismo é a questão mais desafiadora que a América enfrenta"; usávamos símbolos nos nossos casacos, com frase como "Um planeta, um só povo... por favor!" e "No meu coração não há espaço para preconceito "; e lá no cimo, entre os nossos heróis de todos os tempos favorito estava, e está, o Dr. Martin Luther King.
Quando a Revolução Iraniana ocorreu em 1979, seguida rapidamente pela tomada de reféns dos norte-americanos durante 444 dias intermináveis, eu era um chefe da claque do 8º ano em Fort Wayne, e fiquei espantada quando começaram a chamar-me terrorista e “Sand N-word”. Eles não sabiam sobre o perigo da minha família enfrentava no Irão por ser Bahá'í, onde meu primo, com pouco mais de 20 anos, foi executado por possuir livros Baha'is.
Eles também não sabiam que os princípios que os nossos parentes - e ainda hoje muitos mais indivíduos - se dedicavam, davam forma às palavras pelas quais o Dr. King viveu e morreu. Escrito pouco antes da eclosão da Guerra Civil Americana, enquanto exilado para Bagdade em meados do Séc. XIX, Bahá'u'lláh advertiu: "Não sabeis porque vos criamos a todos do mesmo pó? Que ninguém se enalteça acima do outro..."
Embora pouco conhecidos, os paralelos entre a mensagem de que o Profeta do Século XIX, que morreu como prisioneiro na Palestina (hoje, Israel), e a do Dr. King do Séc. XX nos Estados Unidos são impressionantes. Esse é o motivo pelo qual os Baha'is nos EUA assinalam o "Dia da Unidade Racial" no segundo domingo de Junho, porque eles serviram na Comissão que estabeleceu o primeiro federal Dr. Martin Luther King Jr., e porque tantos de nós crescemos com a bênção de ter amigos e familiares de todas as raças.
No ano passado voltei a Fort Wayne, Indiana, para falar na celebração da cidade Dia Internacional da Mulher, e a primeira pessoa na audiência a estender a mão apresentou-se como uma amiga do liceu: "Sou a LaTonia Lembras-te como nós nos chamávamos «Salada Mista» porque unimos pretos e brancos quando começou o transporte escolar? "
Fiquei tão sensibilizada por LaTonia partilhado os nossos esforços esperançosos, que me lembrei que o sonho do Dr. King assumia forma nos nossos pequenos passos: Convidar pessoas de diversas origens para partilhar uma refeição para a "Ceia de Domingo" contactar um velho amigo com quem costumava estudar, e fazer uma pausa no serviço, perto ou longe. Juntos, com alguma coragem, as nossas acções positivas podem começar um processo de cura que o nosso mundo necessita urgentemente.
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FONTE: Dr. King's Dream and a Prisoner in Baghdad 150 Years Ago (Huffington Post)
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Em vésperas do feriado de Martin Luther King, quis mostrar às minhas filhas o Boletim do St. Francis College, de 1976, que continha uma foto da minha mãe a estudar com a sua amiga, Joetta. A imagem do seu rosto jovem atento fez-me reviver as emoções da minha infância, do amor, do orgulho e alguma tensão porque a minha mãe começava a Faculdade após o nascimento da minha irmã mais nova enquanto eu já estava na escola primária. Ela conseguia fazer-nos um jantar quente todas as noites e tinha sorte se conseguia dormir quatro horas, pois ela só começava a estudar a sério depois de nós irmos dormir.
Quando encontrei a foto, telefonei à minha mãe. "A Joetta era a tua melhor amiga na faculdade?" Eu perguntei. "Ela era a minha única amiga", ela respondeu de uma forma prosaica. "Ninguém queria ser meu amigo e ninguém queria ser amigo dela - éramos ambas demasiado diferentes; por isso tinhamo-nos uma à outra."
Esta não era a minha única recordação. Eu não podia imaginar a minha mãe - quase esplendorosa - ser rejeitada pelos colegas. Enquanto cresci em nossa casa, parecia que tínhamos sempre mais pessoas, e em particular pessoas de diferentes origens raciais e étnicas. Os meus pais eram activos na comunidade Bahá’í local, que era constituída por professores, empresários, comerciantes, artistas, estudantes e crianças da década de 70. Distinguia-se porque Foi distinguido por representar mais etnias do que pessoas pensaram que existiam em Fort Wayne, Indiana, naqueles dias, e particularmente para as amizades que existiam entre as raças.
Quase tão natural como aprender a dizer 'por favor' e 'obrigado', enquanto crianças eram-nos incutidas ideias existentes nas Escrituras Baha'is, como: "Amai todas as religiões e raças com um amor que seja verdadeiro e sincero e mostrai amor através de acções". E "O tabernáculo de unidade foi erguido; não vos olheis uns aos outros como estranhos. Vós sois os frutos de uma única árvore, e as folhas do mesmo ramo.."
Cresci a ouvir as conversas dos adultos à cerca da frase "o racismo é a questão mais desafiadora que a América enfrenta"; usávamos símbolos nos nossos casacos, com frase como "Um planeta, um só povo... por favor!" e "No meu coração não há espaço para preconceito "; e lá no cimo, entre os nossos heróis de todos os tempos favorito estava, e está, o Dr. Martin Luther King.
Quando a Revolução Iraniana ocorreu em 1979, seguida rapidamente pela tomada de reféns dos norte-americanos durante 444 dias intermináveis, eu era um chefe da claque do 8º ano em Fort Wayne, e fiquei espantada quando começaram a chamar-me terrorista e “Sand N-word”. Eles não sabiam sobre o perigo da minha família enfrentava no Irão por ser Bahá'í, onde meu primo, com pouco mais de 20 anos, foi executado por possuir livros Baha'is.
Eles também não sabiam que os princípios que os nossos parentes - e ainda hoje muitos mais indivíduos - se dedicavam, davam forma às palavras pelas quais o Dr. King viveu e morreu. Escrito pouco antes da eclosão da Guerra Civil Americana, enquanto exilado para Bagdade em meados do Séc. XIX, Bahá'u'lláh advertiu: "Não sabeis porque vos criamos a todos do mesmo pó? Que ninguém se enalteça acima do outro..."
Embora pouco conhecidos, os paralelos entre a mensagem de que o Profeta do Século XIX, que morreu como prisioneiro na Palestina (hoje, Israel), e a do Dr. King do Séc. XX nos Estados Unidos são impressionantes. Esse é o motivo pelo qual os Baha'is nos EUA assinalam o "Dia da Unidade Racial" no segundo domingo de Junho, porque eles serviram na Comissão que estabeleceu o primeiro federal Dr. Martin Luther King Jr., e porque tantos de nós crescemos com a bênção de ter amigos e familiares de todas as raças.
No ano passado voltei a Fort Wayne, Indiana, para falar na celebração da cidade Dia Internacional da Mulher, e a primeira pessoa na audiência a estender a mão apresentou-se como uma amiga do liceu: "Sou a LaTonia Lembras-te como nós nos chamávamos «Salada Mista» porque unimos pretos e brancos quando começou o transporte escolar? "
Fiquei tão sensibilizada por LaTonia partilhado os nossos esforços esperançosos, que me lembrei que o sonho do Dr. King assumia forma nos nossos pequenos passos: Convidar pessoas de diversas origens para partilhar uma refeição para a "Ceia de Domingo" contactar um velho amigo com quem costumava estudar, e fazer uma pausa no serviço, perto ou longe. Juntos, com alguma coragem, as nossas acções positivas podem começar um processo de cura que o nosso mundo necessita urgentemente.
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FONTE: Dr. King's Dream and a Prisoner in Baghdad 150 Years Ago (Huffington Post)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
2012: um ano especial para os Bahá'ís Americanos
Artigo de Shastri Purushotma, publicado no Huffington Post.
Com as eleições e transições em numerosos países, os Jogos Olímpicos de Verão, o centenário nacional flor de cerejeira, uma cimeira global sobre alterações climáticas, um potencial alinhamento galáctico Maia e muito mais no horizonte, 2012 promete ser um ano para recordar. Além disso, para a comunidade Bahá’í - e particularmente para os Bahá'ís norte-americanos - 2012 será um ano especial, pois celebram um centenário único que é altamente relevante para um tempo de mudança e transição.
Durante a maior parte das suas décadas formativas, as figuras centrais da comunidade Bahá'í enfrentaram prisão persistente na Pérsia e no Império Otomano. Houve, no entanto, um breve período em que 'Abdu'l-Bahá, o filho mais velho de Bahá'u'lláh e dirigente da comunidade entre 1892 e 1921, foi libertado após décadas na prisão e as circunstâncias permitiram-lhe viajar para a Europa e América do Norte. A Sua viagem através dos Estados Unidos e Canadá, de Abril a Dezembro de 1912 será celebrada no próximo ano pelos Bahá'ís norte-americanos com vários nacionais e locais em todo o país. Nestes eventos, será apresentada uma perspectiva sobre o mundo em 2012, olhando para as dramáticas mudanças ao longo do século passado; também serão examinadas questões como igualdade e justiça social, guerra e paz, ciência e religião, que 'Abdu'l-Bahá debateu extensivamente em 1912 e que são hoje tão vitais.
O ano de 1912 - tal como 2012 promete ser - foi um ano poderoso que influenciou a história do mundo nas décadas seguintes. Na Europa, as grandes potências estavam fortemente envolvidas no desenvolvimento dos seus arsenais de armas, que usariam dois anos depois. Nos Estados Unidos, houve uma eleição presidencial que foi vencida por Woodrow Wilson, que iria levar o país a um nível sem precedentes de envolvimento global e que influenciou grandemente os assuntos mundiais no século seguinte. 1912 foi também o ano em que o Titanic, inicialmente visto como um símbolo do poder invencível do progresso, chocou contra num icebergue e acabou por se tornar uma lembrança da mortalidade humana.
Os Bahá’ís americanos tinham recolhido dinheiro para que 'Abdu'l-Bahá viajasse no Titanic. Ele pediu para que esses fundos fossem entregues aos pobres e preferiu viajar para Nova Iorque num navio mais modesto, em Abril de 1912. Nessa cidade, iniciou um extenso ciclo de palestras para debater as questões críticas do mundo moderno, para onde a América e a humanidade se encaminhavam. Em muitas ocasiões, alertou para uma guerra iminente na Europa e delineou os mecanismos para a paz e o desarmamento mundiais. Nas sinagogas, advertiu para a possibilidade de um holocausto na Europa. E num país altamente segregado - décadas antes do movimento dos direitos civis - falou na reunião nacional da NAACP (National Association for the Advancement of Colored People), na Universidade de Howard University e noutros locais sobre a importância fundamental de harmonia racial para a América. Falou sobre questões económicas, que são hoje temas de debate acalorado: a necessidade para a eliminação dos extremos de riqueza e pobreza, e a importância das formas justas de harmonia entre trabalho e capital.
Os Bahá'ís estarão particularmente inspirados em 2012 ao olhar para o exemplo da viagem de 'Abdu'l-Bahá ao tratar do seu dia-a-dia. Podem ler e refrescar as suas memórias sobre as Suas palestras públicas. Sempre que possível, vão tentar visitar os mesmos locais onde Ele falou. Aconteça o que acontecer durante o ano, eles vão ser alertados para a lente única que a sua fé proporciona para ver, mesmo no caos aparente, que a raça humana está a passar gradualmente para uma nova fase de evolução social que é de âmbito planetário.
Não é preciso ser Bahá'í para participar nas celebrações deste centenário. Afinal, muito do tempo de 'Abdu'l-Bahá em 1912 foi gasto com os amigos da comunidade Bahá’í, incluindo conhecidas personalidades americanas como Alexander Graham Bell, Teddy Roosevelt, Peary Admiral e outros. Talvez os seus avós ou bisavós tenham estado na audiência quando 'Abdu'l-Bahá falou - e nesse caso os Bahá’ís ficariam muito felizes por saber disso. Durante um ano de espectaculares flores de cerejeira, icebergs derretendo e muito mais, esperamos que você possa encontrar alguma da visão presciente de 'Abdu'l-Bahá, cuja visita merece ser conhecida. Pergunte aos Baha'is da área da sua residência o que estão a fazer para comemorar este centenário e como você pode saber mais.
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Traduzido e adaptado de: 2012: A Special Year for American Baha'is (Huffington Post)
Com as eleições e transições em numerosos países, os Jogos Olímpicos de Verão, o centenário nacional flor de cerejeira, uma cimeira global sobre alterações climáticas, um potencial alinhamento galáctico Maia e muito mais no horizonte, 2012 promete ser um ano para recordar. Além disso, para a comunidade Bahá’í - e particularmente para os Bahá'ís norte-americanos - 2012 será um ano especial, pois celebram um centenário único que é altamente relevante para um tempo de mudança e transição.
Durante a maior parte das suas décadas formativas, as figuras centrais da comunidade Bahá'í enfrentaram prisão persistente na Pérsia e no Império Otomano. Houve, no entanto, um breve período em que 'Abdu'l-Bahá, o filho mais velho de Bahá'u'lláh e dirigente da comunidade entre 1892 e 1921, foi libertado após décadas na prisão e as circunstâncias permitiram-lhe viajar para a Europa e América do Norte. A Sua viagem através dos Estados Unidos e Canadá, de Abril a Dezembro de 1912 será celebrada no próximo ano pelos Bahá'ís norte-americanos com vários nacionais e locais em todo o país. Nestes eventos, será apresentada uma perspectiva sobre o mundo em 2012, olhando para as dramáticas mudanças ao longo do século passado; também serão examinadas questões como igualdade e justiça social, guerra e paz, ciência e religião, que 'Abdu'l-Bahá debateu extensivamente em 1912 e que são hoje tão vitais.
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'Abdu'l-Bahá falando numa igreja, em Chicago |
O ano de 1912 - tal como 2012 promete ser - foi um ano poderoso que influenciou a história do mundo nas décadas seguintes. Na Europa, as grandes potências estavam fortemente envolvidas no desenvolvimento dos seus arsenais de armas, que usariam dois anos depois. Nos Estados Unidos, houve uma eleição presidencial que foi vencida por Woodrow Wilson, que iria levar o país a um nível sem precedentes de envolvimento global e que influenciou grandemente os assuntos mundiais no século seguinte. 1912 foi também o ano em que o Titanic, inicialmente visto como um símbolo do poder invencível do progresso, chocou contra num icebergue e acabou por se tornar uma lembrança da mortalidade humana.
Os Bahá’ís americanos tinham recolhido dinheiro para que 'Abdu'l-Bahá viajasse no Titanic. Ele pediu para que esses fundos fossem entregues aos pobres e preferiu viajar para Nova Iorque num navio mais modesto, em Abril de 1912. Nessa cidade, iniciou um extenso ciclo de palestras para debater as questões críticas do mundo moderno, para onde a América e a humanidade se encaminhavam. Em muitas ocasiões, alertou para uma guerra iminente na Europa e delineou os mecanismos para a paz e o desarmamento mundiais. Nas sinagogas, advertiu para a possibilidade de um holocausto na Europa. E num país altamente segregado - décadas antes do movimento dos direitos civis - falou na reunião nacional da NAACP (National Association for the Advancement of Colored People), na Universidade de Howard University e noutros locais sobre a importância fundamental de harmonia racial para a América. Falou sobre questões económicas, que são hoje temas de debate acalorado: a necessidade para a eliminação dos extremos de riqueza e pobreza, e a importância das formas justas de harmonia entre trabalho e capital.
Os Bahá'ís estarão particularmente inspirados em 2012 ao olhar para o exemplo da viagem de 'Abdu'l-Bahá ao tratar do seu dia-a-dia. Podem ler e refrescar as suas memórias sobre as Suas palestras públicas. Sempre que possível, vão tentar visitar os mesmos locais onde Ele falou. Aconteça o que acontecer durante o ano, eles vão ser alertados para a lente única que a sua fé proporciona para ver, mesmo no caos aparente, que a raça humana está a passar gradualmente para uma nova fase de evolução social que é de âmbito planetário.
Não é preciso ser Bahá'í para participar nas celebrações deste centenário. Afinal, muito do tempo de 'Abdu'l-Bahá em 1912 foi gasto com os amigos da comunidade Bahá’í, incluindo conhecidas personalidades americanas como Alexander Graham Bell, Teddy Roosevelt, Peary Admiral e outros. Talvez os seus avós ou bisavós tenham estado na audiência quando 'Abdu'l-Bahá falou - e nesse caso os Bahá’ís ficariam muito felizes por saber disso. Durante um ano de espectaculares flores de cerejeira, icebergs derretendo e muito mais, esperamos que você possa encontrar alguma da visão presciente de 'Abdu'l-Bahá, cuja visita merece ser conhecida. Pergunte aos Baha'is da área da sua residência o que estão a fazer para comemorar este centenário e como você pode saber mais.
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Traduzido e adaptado de: 2012: A Special Year for American Baha'is (Huffington Post)
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Annual Report on Religious Freedom
The U.S. State Department on Tuesday issued its annual report on religious freedom. Secretary of State Hillary Clinton said that violations of religious freedom embolden extremists. And she said that Iran is among the worst offenders. VOA's Jerome Socolovsky met a woman whose father was arrested after he tried to circumvent a ban on university education for the Baha'i minority.
sábado, 9 de abril de 2011
Ensinamentos Bahá’ís para impedir a paralisia do Governo
A propósito do debate sobre o orçamento do governo Federal dos EUA (cuja não aprovação ameaçou paralisar as actividades do Governo), recomendamos a leitura deste artigo Baha'i Teachings to Prevent the Federal Government Shutdown, de Homa Sabet Tavangar, publicado no Huffington Post. Muitas das ideias e comentários expressos neste artigo são aplicáveis à situação política e económica em Portugal.
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Não há Bahá’ís no Congresso os EUA. Os ensinamentos da Fé são decididamente não-partidários, mas em todo o mundo os seus membros votam, organizam-se em torno de questões de princípio (como a liderança em liberdade religiosa, gestão ambiental e de direitos das mulheres), e podem trabalhar para o governo, mas não como filiados nos democratas, republicanos ou em qualquer outro partido. Assim como os membros do Congresso têm falado em nome dos Bahá’ís e outros injustamente perseguidos no Irão - como congressista Ros-Lehtinen (R-FL) e senador Durbin (D-IL) - ou apoiam a legislação sobre os direitos das mulheres , muitos membros do Congresso tem sido influenciados positivamente pelo envolvimento dos seus diversos eleitores Baha'is nas suas cidades em todo o país, e pelos princípios de unidade e de justiça que os seus amigos e eleitores defendem.
Gostaria de propor que os sensatos membros do Congresso, olhassem para os ensinamentos da Fé Bahá'í para superar o impasse. Quando quase um milhão de trabalhadores federais precisa de ligar os seus computadores e telemóveis e são ameaçados por uma lei federal se fizerem alguma actividade oficial enquanto o governo está inactivo, o impacto será sentido por muitos mais americanos: os cheques de reembolso do IRS não serão emitidos, a limpeza e vigilância de resíduos tóxicos será interrompida, a formação de polícias e guardas de fronteira, no Afeganistão, assim como muitas operações no estrangeiro vão parar, as hipotecas e os empréstimos federais ficaram paralisados e isso bloqueará a actividade económica, e muito mais.
A abordagem Bahá’í é profundamente espiritual, e no entanto está em harmonia com as mais recentes investigações na área da gestão: começar com uma visão e objectivo globais e claros; conseguir apreciar e ouvir verdadeiramente as diferenças de opinião; empreender uma discussão honesta e uma tomada de decisões que vise o bem maior e fomente a unidade. Tudo isto está enraizado no mais universal dos princípios: a Regra de Ouro. Neste caso, poderíamos dizer que é "legisla para os outros da mesma forma que gostarias que fosse legislado para ti."
Começando com a visão, Bahá'u'lláh advertiu-nos: "O bem-estar da humanidade, sua paz e segurança, são inatingíveis, a menos que sua unidade seja firmemente estabelecida". Unidade em torno da visão, de modo que os objectivos maiores - a nossa paz e segurança - pode ser conseguida. Mas é difícil termos unidade quando os dirigentes dizem coisas definitivas dizer uns aos outros. Um recente estudo de Harvard concluiu que 27% da comunicação dos membros do Congresso é feita por insultos.
Esta abordagem abre espaço para a discórdia. Para atingir a autêntica unidade, as opiniões divergentes são expressadas e, na verdade, encorajadas. As Escrituras Bahá'ís aconselham: "O brilho centelha da verdade surge somente após o choque de opiniões divergentes". Além disso, quando uma ideia é colocada perante o grupo, já não é "propriedade" da pessoa que a expressou, mas de todos os envolvidos na consulta. O elemento do ego - tão desafiador quanto parece - é minimizado com o objectivo de servir o bem maior. Essas ideias começam a formar um processo acarinhado pelos Baha'is e designado "consulta", que compreende muito mais do que uma discussão civilizada.
(...)
Ler artigo completo (em inglês)
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Não há Bahá’ís no Congresso os EUA. Os ensinamentos da Fé são decididamente não-partidários, mas em todo o mundo os seus membros votam, organizam-se em torno de questões de princípio (como a liderança em liberdade religiosa, gestão ambiental e de direitos das mulheres), e podem trabalhar para o governo, mas não como filiados nos democratas, republicanos ou em qualquer outro partido. Assim como os membros do Congresso têm falado em nome dos Bahá’ís e outros injustamente perseguidos no Irão - como congressista Ros-Lehtinen (R-FL) e senador Durbin (D-IL) - ou apoiam a legislação sobre os direitos das mulheres , muitos membros do Congresso tem sido influenciados positivamente pelo envolvimento dos seus diversos eleitores Baha'is nas suas cidades em todo o país, e pelos princípios de unidade e de justiça que os seus amigos e eleitores defendem.
Gostaria de propor que os sensatos membros do Congresso, olhassem para os ensinamentos da Fé Bahá'í para superar o impasse. Quando quase um milhão de trabalhadores federais precisa de ligar os seus computadores e telemóveis e são ameaçados por uma lei federal se fizerem alguma actividade oficial enquanto o governo está inactivo, o impacto será sentido por muitos mais americanos: os cheques de reembolso do IRS não serão emitidos, a limpeza e vigilância de resíduos tóxicos será interrompida, a formação de polícias e guardas de fronteira, no Afeganistão, assim como muitas operações no estrangeiro vão parar, as hipotecas e os empréstimos federais ficaram paralisados e isso bloqueará a actividade económica, e muito mais.
A abordagem Bahá’í é profundamente espiritual, e no entanto está em harmonia com as mais recentes investigações na área da gestão: começar com uma visão e objectivo globais e claros; conseguir apreciar e ouvir verdadeiramente as diferenças de opinião; empreender uma discussão honesta e uma tomada de decisões que vise o bem maior e fomente a unidade. Tudo isto está enraizado no mais universal dos princípios: a Regra de Ouro. Neste caso, poderíamos dizer que é "legisla para os outros da mesma forma que gostarias que fosse legislado para ti."
Começando com a visão, Bahá'u'lláh advertiu-nos: "O bem-estar da humanidade, sua paz e segurança, são inatingíveis, a menos que sua unidade seja firmemente estabelecida". Unidade em torno da visão, de modo que os objectivos maiores - a nossa paz e segurança - pode ser conseguida. Mas é difícil termos unidade quando os dirigentes dizem coisas definitivas dizer uns aos outros. Um recente estudo de Harvard concluiu que 27% da comunicação dos membros do Congresso é feita por insultos.
Esta abordagem abre espaço para a discórdia. Para atingir a autêntica unidade, as opiniões divergentes são expressadas e, na verdade, encorajadas. As Escrituras Bahá'ís aconselham: "O brilho centelha da verdade surge somente após o choque de opiniões divergentes". Além disso, quando uma ideia é colocada perante o grupo, já não é "propriedade" da pessoa que a expressou, mas de todos os envolvidos na consulta. O elemento do ego - tão desafiador quanto parece - é minimizado com o objectivo de servir o bem maior. Essas ideias começam a formar um processo acarinhado pelos Baha'is e designado "consulta", que compreende muito mais do que uma discussão civilizada.
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