Tradução de
notícia da Associated Press divulgada em vários sites noticiosos.
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A Comunidade
Internacional Bahá'í declarou esta terça-feira (25/Outubro) que os esforços do
Irão para esmagar a minoria religiosa prosseguem e até se intensificaram em
algumas frentes, apesar das promessas do presidente Hassan Rouhani para acabar
com a discriminação religiosa.
Num
relatório de 122 páginas, a Comunidade afirma que o governo de Rouhani
intensificou a sua "campanha para incitar o ódio contra os Bahá’ís",
inclusive através da divulgação de mais de 20.000 peças de propaganda anti-Bahá’í
na comunicação social iraniana.
Segundo o
relatório, desde que Rouhani tomou posse em Agosto de 2013 pelo menos 151 Bahá'ís
foram presos e pelo menos 388 casos de discriminação económica foram
documentados, incluindo ameaças e intimidações para forçar o encerramento de
estabelecimentos comerciais.
O relatório
também declara que, com Rouhani, milhares de Bahá’ís foram impedidos de
frequentar universidades e 28 alunos Bahá’ís foram expulsos.
(…)
Em 2013,
líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei emitiu uma fatwa (decreto
religioso) incitando os iranianos a evitar todas as relações com os Bahá'ís.
O relatório também
afirma que "o governo iraniano está enfrentando pressão em todas as
frentes para acabar com a perseguição sistemática dos Bahá’ís que dura há décadas."
Mas, em vez de
cumprir as suas promessas para acabar com a discriminação religiosa, prossegue
o relatório, "o governo mudou a sua estratégia de opressão, trocando as
detenções e prisões, por medidas com menor visibilidade como a exclusão
económica e educativa".
Bani Dugal,
a principal representante Bahá’í na ONU disse que "ao todo, o que temos
visto é uma mudança geral nas tácticas do governo iraniano, aparentemente como
parte de uma tentativa de esconder da comunidade internacional os seus esforços
em curso para destruir a comunidade Bahá’í como uma entidade viável".
Num âmbito
mais alargado, o relatório afirma que, desde o governo anterior de Mahmoud
Ahmadinejad começou-se a intensificar a perseguição aos Bahá’ís em 2005; mais
de 860 seguidores foram detidos, cerca de 275 foram condenados à prisão, houve 950
incidentes de supressão económica e 80 ataques violentos (fogo posto ou
vandalismo) contra empresas ou propriedades Baha'is.
O relatório apela
à comunidade internacional para continuar a pressionar o Irão para acabar com a
discriminação contra os Bahá'ís.
"O que
se conclui do relatório é que a pressão internacional sobre o Irão, seja pelas
Nações Unidas, pela comunicação social, por activistas ou até mesmo pelo
público em geral, continua a ser um meio essencial de protecção contra um ataque
mais amplo que tem como alvo a maior minoria religiosa não-muçulmano do Irão",
disse Dugal.
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FONTE: Baha’i minority says Iran istrying to crush the religion (The Washington Post)
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