terça-feira, 25 de outubro de 2016

Regime Iraniano tenta esmagar minoria Bahá’í

Tradução de notícia da Associated Press divulgada em vários sites noticiosos.
--------------

A Comunidade Internacional Bahá'í declarou esta terça-feira (25/Outubro) que os esforços do Irão para esmagar a minoria religiosa prosseguem e até se intensificaram em algumas frentes, apesar das promessas do presidente Hassan Rouhani para acabar com a discriminação religiosa.

Num relatório de 122 páginas, a Comunidade afirma que o governo de Rouhani intensificou a sua "campanha para incitar o ódio contra os Bahá’ís", inclusive através da divulgação de mais de 20.000 peças de propaganda anti-Bahá’í na comunicação social iraniana.

Segundo o relatório, desde que Rouhani tomou posse em Agosto de 2013 pelo menos 151 Bahá'ís foram presos e pelo menos 388 casos de discriminação económica foram documentados, incluindo ameaças e intimidações para forçar o encerramento de estabelecimentos comerciais.

O relatório também declara que, com Rouhani, milhares de Bahá’ís foram impedidos de frequentar universidades e 28 alunos Bahá’ís foram expulsos.

(…)

Em 2013, líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei emitiu uma fatwa (decreto religioso) incitando os iranianos a evitar todas as relações com os Bahá'ís.

O relatório também afirma que "o governo iraniano está enfrentando pressão em todas as frentes para acabar com a perseguição sistemática dos Bahá’ís que dura há décadas."

Mas, em vez de cumprir as suas promessas para acabar com a discriminação religiosa, prossegue o relatório, "o governo mudou a sua estratégia de opressão, trocando as detenções e prisões, por medidas com menor visibilidade como a exclusão económica e educativa".

Bani Dugal, a principal representante Bahá’í na ONU disse que "ao todo, o que temos visto é uma mudança geral nas tácticas do governo iraniano, aparentemente como parte de uma tentativa de esconder da comunidade internacional os seus esforços em curso para destruir a comunidade Bahá’í como uma entidade viável".

Num âmbito mais alargado, o relatório afirma que, desde o governo anterior de Mahmoud Ahmadinejad começou-se a intensificar a perseguição aos Bahá’ís em 2005; mais de 860 seguidores foram detidos, cerca de 275 foram condenados à prisão, houve 950 incidentes de supressão económica e 80 ataques violentos (fogo posto ou vandalismo) contra empresas ou propriedades Baha'is.

O relatório apela à comunidade internacional para continuar a pressionar o Irão para acabar com a discriminação contra os Bahá'ís.

"O que se conclui do relatório é que a pressão internacional sobre o Irão, seja pelas Nações Unidas, pela comunicação social, por activistas ou até mesmo pelo público em geral, continua a ser um meio essencial de protecção contra um ataque mais amplo que tem como alvo a maior minoria religiosa não-muçulmano do Irão", disse Dugal.

------------------------------------------------


Sem comentários: