Hoje quase me escapava esta efeméride; o texto foi escrito um pouco à pressa. Se alguém quiser acrescentar mais alguma coisa, faça favor...
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Bahiyyih Khanum nasceu em 1846, dois anos depois do Seu irmão, 'Abdu'l-Bahá. O seu nome próprio era Fatimih, mas na história bahá'í ficou conhecida como Bahiyyih (em português, "a Folha Mais Sagrada"). Tinha apenas seis anos quando Bahá'u'lláh foi preso e encarcerado no Siyah-Chal.
Esta filha de Bahá'u'lláh integrou o grupo de "exilados persas" que ao longo de várias décadas foram sendo sucessivamente deportados no Império Otomano.
Os peregrinos Bahá'ís que a conheceram deixaram relatos de vários episódios que revelam alguns aspectos da sua personalidade. Um peregrino descreveu como ela e o irmão eram parecidos na sua maneira de ser; "pareciam gémeos". Após o casamento de 'Abdu'l-Bahá, a relação de afecto estendeu-se à cunhada, Munírih.
Tal como outros irmãos, a sua preocupação principal era o serviço ao seu pai, Bahá'u'lláh. A ela se devem a preservação de vários objectos de uso pessoal de Bahá'u'lláh: roupas, canetas, livros, malas. Esses objectos que hoje podem ser vistos por peregrinos no Centro Mundial Bahá'í.
Em 1921, quando 'Abdu'l-Bahá faleceu e deixou a liderança da comunidade ao seu neto, Shoghi Effendi, este encontrava-se em Oxford. O choque da notícia da morte do avô deixou-o profundamente consternado. Pediu, então, à sua tia-avó que se encarregasse dos afazeres da comunidade durante algum tempo. Bahíyyih, já com 75 anos, acedeu ao pedido. Durante vários meses geriu os assuntos da comunidade: recebeu peregrinos, esclareceu crentes e comunidades noutros países, resolveu questiúnculas... Uma carta escrita pela sua mão pode ser vista aqui.
Faleceu em 15 de Julho de 1938. Os seus restos mortais repousam hoje nos jardins bahá'ís no Monte Carmelo (ver foto seguinte).