terça-feira, 10 de janeiro de 2006

Jumbo

No início dos anos 70, a TAP encomendou dois aviões Jumbo 747. Era o expoente máximo da tecnologia na aviação civil. Como todas as companhias aéreas, estes aparelhos eram sempre referidos com orgulho, e se possível usados em campanhas publicitárias. Era o tempo do combustível barato e antevia-se um crescimento do fluxo de passageiros entre Portugal e as Colónias. Chegaram ainda a ser comprados mais dois aparelhos idênticos.

Mas o primeiro choque petrolífero e a independência das colónias tornaram pouco rentável a utilização daqueles aviões. No início dos anos 80 foram vendidos a outras companhias aéreas. Ao longo da sua vida, estes aparelhos mudaram de proprietário algumas vezes, até que chegou definitivamente o fim da sua vida útil. No site Arliners.net, encontrei uma foto do que resta de um desses aparelhos. Estacionado no deserto na Califórnia, o avião foi desmantelado; a foto seguinte mostra o que resta.


É claro que é muito difícil preservar todos os objectos que de alguma forma estão ligados à nossa história; nem todas as relíquias podem ir para um museu. Talvez porque este aparelho transportou milhares de portugueses, com os seus sonhos e desilusões, seja estranho vê-lo desfeito em pedaços.

2 comentários:

Anónimo disse...

Um dos outros Jumbos (B747) da TAP ainda voa, foi vendido à TAAG, que é a companhia aérea nacional Angolana, é o único Jumbo a voar regularmente de e para o aeroporto de Lisboa. Embora por vezes apareça um ou outro mais.

E já agora um à parte, em diversas ocasiões a descolagem deste avião faz estragos no aeroporto. Ou umas placas sinalizadoras que voam, ou uma poeirada monumental que se levanta na pista, etc. De qualquer forma é sempre bonito ver este gigante no nosso aeroporto.
É, o aeroporto de Lisboa mesmo para o presente já é ineficiente, quanto mais então para o futuro!

Como é que eu sei isto? Porque sou Controlador Aéreo no aeroporto de Lisboa...

Abraços

Marco Oliveira disse...

Tinha ideia que os jumbos da TAP tinham sido vendidos a companhias paquistanesas e americanas.
Também pensava que os angolanos tinham comprado os jumbos à Singapure Airlines.