quinta-feira, 15 de maio de 2008

Liderança Bahá'í detida no Irão

O grupo dos sete Bahá'ís agora detidos. Sentados (esquerda para a direita): Behrouz Tavakkoli and Saeid Rezaie; em pé (esquerda para a direita): Fariba Kamalabadi, Vahid Tizfahm, Jamaloddin Khanjani, Afif Naeimi, e Mahvash Sabet.

Como referi no post anterior, foram detidos na manhã de ontem, sete bahá'ís iranianos (ver foto acima) que constituíam a liderança informal da comunidade Bahá'í no Irão. Neste momento continuam detidos e ainda não foi formulada qualquer acusação.

Entretanto, a organização International Campaign for Human Rights in Iran (ICHRI) acaba de expressar publicamente a sua preocupação pela situação dos detidos. Segundo esta organização, estes baha’is eram regularmente intimados, detidos e interrogados individualmente; mas esta é a primeira vez que são detidos em grupo. Pela primeira vez, desde 1981, estamos numa situação em que toda a liderança bahá’í no Irão se encontra detida.

“Estamos profundamente preocupados com o facto da detenção sem acusação da liderança Bahá’í ser consistente com um padrão de perseguição violenta e ilegal dos baha’is no Irão”, afirmou a ICHRI. “A perseguição das minorias religiosas não trará estabilidade interna nem segurança internacional ao Irão”.

Segundo a ICHRI, a situação da Sra Mahvash Sabet é particularmente preocupante. Esta senhora tem estado incomunicável desde que foi detida, no passado dia 5 de Março. Os familiares apenas a podem ver por breves momentos quando os funcionários do Ministério da Segurança a levam para um local onde a família a pode reconhecer. Nenhum outro contacto é possível a não ser estes breves contactos visuais.

"Há motivos para temer pela saúde e segurança de Mahvash Sabet, cuja detenção e isolamento é equiparável a uma forma de tortura", afirma a ICHRI.

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Sobre este assunto:
Entire Baha’i Leadership in Iran Detained Without Charge (ICHRI)
Six Bahá'í Leaders arrested in Iran; pattern matches deadly sweeps of early 1980s (BWNS)
IRAN: Bahais rounded up (Los Angeles Times / Babylon & Beyond)

5 comentários:

Anónimo disse...

Não deverá ser difícil "formularem" uma acusação, mas parece ser claro de que nem precisam!
Não podendo nem devendo ficar indiferentes a este caso (e em inúmeros outros), pergunto se apenas nos restará lamentarmos e conformarmo-nos por não termos qualquer capacidade de intervenção, quer individual quer colectivamente?
É a distância que nos separa? A nossa insignificância aos olhos destes "dirigentes"? Vivermos em realidades, em mundos diferentes? (Afinal, quantos "mundos" há?)
Até pode ser por tudo isto e muito mais, mas a passividade não faz a diferença! Ou melhor, ate faz, para pior: estagna-se!
Subscrevermos, mesmo no âmbito de associações de defesa dos direitos humanos, é infrutífero?
Todas as respostas se resumirão a pura e simples ingenuidade? Não sei, talvez, mas gostava que me dissessem.

"A Terra é um só país e a humanidade os seus cidadãos"!

Dad disse...

Olá Marco,
Mais uma vez a desgraça de não serem respeitados os direitos das pessoas...
O mundo está a ficar cada vez mais louco...
Por muito que se badale, os ouvidos estão moucos...
O mundo é assim...
Espero que isto se resolva para bem daqueles que estão a sofrer.
Nós faremos o que pudermos, mas será sempre pouco. É lutar contra o dragão...
Beijinho,

Anónimo disse...

A não acção é já por si uma acção de consentimento. Há que gritar bem alto estas e outras indignações que se vão passando com a impunidade que se conhece.

Anónimo disse...

Parece mesmo q eles nem precisam de "formularem" uma acusação, fazem o q for do proveito para eles.
Dad lutar embora sendo difícil porém Deve ser com muita boa vontade e com uma mente aberta deixar envolver um número cada vez maior das pessoas nesta luta...

Anónimo disse...

Levarei este assunto ao 9º Movimento pela Vida, no tema Caminhos práticos para a tolerância religiosa . É minha forma de protesto, ainda que modesta. Tomara que eles passem na TV Globo, no Globo Repórter de hoje, que vai falar sobre Israel (inclusive sobre a Fé Bahá'í), algo sobre essa perseguição absurda.