sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Bahá'ís celebram Aniversários Gémeos

Santuários do Báb e de Bahá'u'lláh (à direita)
Hoje e amanhã (13 e 14 de Novembro) a comunidade Bahá’í celebra para primeira vez e forma global os “Dias Sagrados Gémeos” para assinalar os nascimentos dos dois fundadores da sua religião.

Até agora, no Ocidente, estes dois dias sagrados eram celebrados com algumas semanas de intervalo em datas fixas, segundo o calendário gregoriano. Este ano, com a adopção de um novo sistema de calendário, estes dois dias sagrados tornaram-se festas móveis (seguem uma componente lunar dentro do calendário solar) e celebram-se em datas consecutivas. Esta dupla celebração assume um significado simbólico importante pois as missões do Báb e de Bahá’u’lláh estão profundamente interligadas entre si.

O Báb e Bahá’u’lláh nasceram há 196 e 198 anos, respectivamente, e as suas vidas apresentam aspectos notáveis em termos de matéria de história religiosa. Numa homenagem à vida de Bahá’u’lláh realizada no Parlamento Brasileiro, o então deputado Luis Gushiken descreveu as escrituras de Bahá’u’lláh como “o mais colossal trabalho religioso escrito pela pena de um único homem”. Durante seis anos, desde que anunciou a sua missão até ao momento da sua execução pelo governo Persa em 1850, o Báb escreveu textos cuja extensão se estima em meio milhão de versículos; por seu lado, as escrituras Bahá’u’lláh totalizam cerca de 100 volumes. Estes textos foram escritos em Árabe e Persa e apenas uma pequena parte foi publicada; e uma pequeníssima parte foi traduzida para Inglês.

Para assinalar as celebrações que se realizam um pouco por todo o mundo, três epístolas inéditas sobre a importância destas datas foram traduzidas para inglês e outras línguas e divulgadas pelas comunidades Bahá’ís.

E com estas celebrações gémeas a decorrem em mais de 200 países e territórios, a atenção dos Bahá’ís também se focará nas cidades em que o Báb e Bahá’u’lláh nasceram: Shiraz e Teerão, respectivamente. Não fossem as políticas do governo iraniano, certamente dezenas de milhar de Bahá’ís de todo o mundo visitariam estas cidades para assinalar estes Dias Sagrados. Infelizmente, a casa onde o Báb viveu em Shiraz foi destruída pouco depois da Revolução Islâmica de 1979; além disso, as autoridades destruíram deliberadamente as casas associadas à infância de Bahá’u’lláh no norte do Irão.

Durante nestes dias festivos, quando se começam a aproximar os Bicentenários dos Nascimentos de Bahá’u’lláh e do Báb, a Comunidade Bahá’í também aguarda com expectativa a construção de novas casas de adoração no Chile, Camboja, Colômbia, Congo, Quénia, India (Bihar Sharif), Papua Nova Guiné e Vanuatu.

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Traduzido e adaptado de: Baha'is To Celebrate "Twin Holy Days" For First Time Worldwide

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