No causa-nossa Vital Moreira chamou a atenção para uma notícia do El Pais onde se dizia que mais de 500 crianças palestinianas e mais de 100 israelitas foram mortas, desde o início da actual Intifada.
O número é assustador. Qualquer estatística sobre morte de crianças num conflito não nos deixa indiferentes.
Quando uma criança morre, há uma parte da humanidade que morre também com ela; é um ser-humano que não tem oportunidade de dar o seu contributo para a nossa família humana. Todos ficamos mais pobres com essas mortes.
Noutros pontos do mundo há crianças que também vão morrendo de forma violenta; as estatísticas da UNICEF relativamente Brasil no ano de 98 assinalam 3374 crianças (entre os 10 e os 17 anos) vitimas de homicídio; só no estado do Rio de Janeiro o número de vítimas atingia os 635.
Não pretendo com esta comparação minimizar a gravidade da situação das crianças palestinianas e israelitas; Apenas quero alertar para o facto de existirem casos mais graves e merecedores de mais atenção por parte da comunidade internacional, dos responsáveis políticos e dos media.
Infelizmente a morte de algumas crianças é mais mediática que outras.
Como o próprio Vital Moreira me chamou a atenção, o sofrimento das crianças palestinianas e israelitas não deve ser substituído pelo sofrimento das crianças brasileiras; deve ser adicionado.
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