No final do Sec. XIX, Eça de Queirós, numa das suas Cartas de Inglaterra, abordou a "questão Irlandesa". Sobre a Irlanda levantavam-se na época duas grandes questões: a independência e a questão agrária (os agricultores viviam num sistema de dependência feudal relativamente aos proprietários ingleses). O tom da carta não é nada elogioso para a atitude inglesa.
Sobre a falta de consenso e entendimento relativamente ao problema irlandês, Eça afirma:
"Se os Irlandeses se não entendem bem sobre os males da Irlanda, os Ingleses compreendem-se menos acerca dos remédios para a Irlanda".
Hoje a questão do dia é o "problema iraquiano". É certo que os problemas do Iraque de hoje são totalmente diferentes dos problemas da Irlanda no final do sec. XIX. O Ocidente meteu-se numa grande alhada e ninguém sabe o que fazer. Até dá vontade para parafrasear o Eça:
"Se os Iraquianos se não entendem bem sobre os males do Iraque, os Ocidentais compreendem-se menos acerca dos remédios para o Iraque".
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