Os nossos maiores partidos políticos em ebulição. Agitam-se os poderes distritais, as individualidades consideradas respeitáveis, e sabe-se lá quantos lobbies. A escolha de nomes para elaboração de listas de deputados propostos pelos partidos políticos é um espectáculo triste da política portuguesa. Como cidadão sinto imediatamente que a minha escolha está a ser condicionada pela acção destes estranhos poderes.
Algumas cenas que vieram a público sobre a escolha ou rejeição deste ou daquele nome, arrasam a imagem dos agentes da política portuguesa. A actividade política fica associada a obscuras negociações de bastidores. Os candidatos a deputados ficam logo à partida com a imagem desgastada. Será que os nossos políticos não compreendem que é este tipo de situações que afasta os eleitores dos eleitos? Será que não se consegue pôr um termo a estas situações?
Todas esta situação me faz lembrar um texto que publiquei há alguns meses na Terra da Alegria (também está no Monte Carmelo). Nele fiz uma comparação do processo eleitoral português com o processo eleitoral bahá’í e propus uma combinação dos dois sistemas. Sugeri que se mantivessem os círculos distritais e que fosse criado um círculo eleitoral nacional onde os eleitores pudessem escolher nomes de deputados (em vez de escolher partidos). Continuo a acreditar que este seria um bom passo para aprofundar a nossa democracia, para aproximar os eleitores dos eleitos.
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