Na passada segunda-feira, dia 18 de Maio, 7 Babis foram executados de forma inesperada. Um foi enforcado na presença do Príncipe e seis outros foram mortos em diferentes bairros da cidade. É a primeira vez que os babis são mortos aqui e a sua execução provocou algum tumulto. Os corpos foram sepultados pela multidão sob um monte de pedras. O Príncipe deu ordens para que nas noites de segunda e terça-feira os bazares estivessem iluminados e ele próprio apareceria ao final da tarde de terça-feira. Na terça-feira de manhã ele deu ordens para que as iluminações não fossem retiradas e que todos os que dissessem alguma coisa sobre os Babis teriam a língua cortada. Desde a passada terça-feira que as perseguições têm prosseguido. O sacerdote dos Babis, o Mollah Ibrahim foi preso e escoltado esta manhã de Taft até Yazd ao som de música. Um comerciante de seda de Yazd e quatro homens dos arredores também foram detidos. Creio que estas seis pessoas serão mortas nesta semana. A maioria dos comerciantes aqui são Babis e a maior parte deles encontra-se em perigo; especialmente Haji Mirza Md. Taki, Shirazi e o seu filho Haji Mirza Md, Haji Seyed Mirza, Shirazi, Haji Md Ibrahim, Haji Md. Jadegh, Afsahdi. Diz-se que o Príncipe já há algum tempo tinha dado ordens para que eles obtivessem passaportes assinados pelos primeiros Mollahs. A situação é muito crítica e há medo que havendo mais ocorrências sérias os negócios fiquem parados.
Os Mollahs que provocaram as execuções e perseguições são Shaikh Hassan e seu filho Shakh Taqi, Mirza Seyed Ali, Mollah Hassan e Mollah Husein. Os nomes das pessoas mortas são:
1. Mollah Mehti (de Getki)
2. Mollah Ali (de Sabsevar)
3. Ashghar (de Yazd)
4. Muhammad Baker (de Yazd)
5. Ashghar (de Yazd)
6. Hassan (de Yazd)
7. Ali (de Yazd)
todos excepto o nº 5 são casados e têm filhos. As suas propriedades foram confiscadas e os Babis neste momento têm muito medo de os ajudar. As mulheres e os filhos das vítimas foram insultados pela multidão. Os Mollahs que têm grande influência sobre o Príncipe são Shakh Hassan e o seu filho Shakh Takki. Enviaram a várias pessoas conhecidas como Babis, ameaças de denúncia caso não recebessem quantias de 25, 50 ou 100 tomans. Os Babis morreram como verdadeiros mártires, sem medo e dizendo apenas bem da sua religião. O Príncipe queria apenas que eles falassem contra a religião babi; sete recusaram; dois homens, porém, filhos do Mollah Mehti, fizeram-no e foram libertados[1].
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NOTA
[1]- Citado em The Bábi and Bahá'í Religions, 1844-1944; Some Contemporary Western Accounts, pag 302-303
13 comentários:
Por muito que custe a algumas pessoas, o fundamentalismo, onde quer que se encontre, é um dos cancros da humanidade!
Mesmo que se considere que os outros estão errados, cada qual é senhor de acreditar no que quer, sem ter que morrer por isso...
Ass: Luz D.
Há algo mais belo do que regar o solo com o próprio sangue para a elevação da Causa de Deus?
"... quão poucos são os teus campeões..."
Hoje é um dia sagrado!
vocês não arranjam um testemunho de hoje, mesmo chinês?. quanto ao Luz, estamos absolutamente de acordo. como os que moram na faixa de Gaza ou em qualquer outro ponto da Palestina ocupada e morrem diáriamente sob as botas e as balas dos sionistas amigos dos bahais...
"...sionistas amigos dos bahais...". O chavão típico da propaganda islâmica mais básica.
então desmente aqui o básico...eu. não ´sei se é propaganda ISLÂMICA. É A MINHA CONSTATAÇÃO FACE AO QUE VOCÊS, NÃO SÓ AQUI, TÊM ESCRITO. só não vê quem não quer. já agora lá está. a qualquer crítica vocês, muito tolerantes, lá vêm com o fantasma islâmico. islamófobos. a vossa aversão ao Islão fala por si. não gostam?...é islâmico...
“a qualquer crítica vocês, muito tolerantes, lá vêm com o fantasma islâmico”
Os teus comentários encaixam num padrão típico do discurso de propaganda dos regimes totalitários dos países islâmicos. E existe uma clara diferença entre crítica (onde se questionam ideias) e insulto (onde se mostra falta de respeito porque quem tem opiniões diferentes das nossas). A verdade é que não consegue questionar ideias; apenas insultar. Passo a citar os teus comentários bem reveladores da tua intolerância e falta de educação, e claramente alinhados nesse tipo de discurso:
"as botas e as balas dos sionistas amigos dos bahais... "
"no vosso israel da paradisíaca haifa, a canalha vossa amiga, todos os dias chacina inocentes. às mãos dos vossos amigos sionistas"
"os sunitas até obedecem ao padrinho americano, são obscurantistas e lambem o cu aos judeus. "
"sendo a vaca sagrada para os hindús como encarar a sacralidade espiritual do hinduísmo?...de faca e garfo? assada ou estufada? e a bosta da dita? também é sagrada?... "
"também me interessa pouco o que os judeus dizem ou pensam"
Além destas impetuosidades verbais, nunca foste capaz de responder a uma única questão que te coloquei.
OPINIÕES e temperamentos não se discutem. mas acho que te respondi ao que me perguntaste. fontes, livros. quanto ao essencial. eu acho-vos, e isto não é pessoal, islamófobos e prósionistas. mas essa é a minha opinião.
já agora quando eu falo dos sunistas que obedecem ao patrão americano estou a falar dos saud, dos abdallah da jordânia, dos talibãs no afeganistão, de marrocos, do egipto...regimes de terror. totalitários. se os critico onde é que me enfias ao lado deles?
e que fique claro que desprezo essa sucursal da CIA, a al-qaida.
seria interessante ver-vos demarcarem-se do que se passa na Palestina ocupada e condenarem claramente Israel...assim ficava tudo preto no branco...
a vaca não é sagrada para os hindus?
resposta rapida: nao. http://www.beliefnet.com/story/82/story_8229_1.html
iuri
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