Se há momentos em que uma pessoa tem vergonha de ser português, este foi um deles. Ocorreu ontem durante o jogo Portugal-Chile, a contar para o Mundial de Sub-20 Canada 2007. O video seguinte mostra o que aconteceu no final do encontro.
Só espero que não haja tentativas para justificar este tipo de comportamentos.
Após o Mundial de 2002, aquele em que João Pinto deu um murro num árbitro, defendi (para escândalo de alguns sportinguistas) que aquele jogador devia ser irradiado. Um jogador de futebol é uma figura pública – um ídolo para tantos jovens – cujo comportamento não pode passar uma mensagem de que a violência é uma reacção legítima no desporto.
Numa situação destas, o jogador é o principal responsável; mas não é o único. Que liderança existiu da parte da equipa técnica para impedir que este tipo de situações se verificasse? E os dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol fizeram alguma coisa para impedir isto além de um discurso?
Há mais de 15 anos, Carlos Queirós era treinador do Sporting, e ali despontavam jovens vedetas como Figo e Peixe. Houve um jogo em que os ânimos se exaltaram e houve um cena de empurrões que ameaçava degenerar em agressões. Figo e Peixe (este último tinha fama de ser mau como as cobras) já se começavam a envolver no "barulho" quando Carlos Queirós apontou o dedo para eles e gritou: "Tu e tu! Fora da confusão!"
Os jogadores obedeceram. Tinham ali um líder.
3 comentários:
Mais um candidato à irradiação, que vai jogar por muitos e bons anos.
AFPF deve dizer algo do género - Perante este grave incidente não nos resta outra solução senão sermos duros para que este caso sirva de exemplo. O conselho de disciplina decidiu aplicar 3 jogos de suspenção ao jogador Mano...
Ainda se lembram de como o Sá Pinto foi ovacionado após ter esmurrado o Artur Jorge?
E as "amnistias" no nosso Ludopédio?
E nas Escolas quando os alunos faltam aos respeito aos professores?
Caindo no futebolês: Quando se tem um líder como o José Couceiro...
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