Estudantes Bahá'ís continuam discriminados no Irão
Mais uma vez, os jovens bahá'ís iranianos que neste momento desejam fazer a sua inscrição na Universidade vêem-se na obrigação de declararem que são muçulmanos, para conseguir os seus objectivos. Na prática isto significa que a entrada no ensino superior lhes está vedado, a menos que neguem a sua fé.
Para o ano lectivo de 2007/08, os impressos de acesso aos cursos técnicos das Universidades iranianas obrigam os candidatos a identificar a sua religião, sendo apenas apresentadas algumas hipóteses: Zoroastrianismo, Judaísmo, Cristianismo. Se este campo for deixado em branco, o candidato é considerado muçulmano. Isto é inaceitável para um Bahá'í.
"Com este sistema, um bahá’í não pode preencher impressos, sem - na prática – negar a sua religião", afirmou Bani Dugal, a representante da comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas. "Esta forma de negação à educação viola os acordos internacionais sobre o direito à educação, dos quais o governo iraniano é signatário, e reflecte o carácter continuamente discriminatória daquele governo face à Comunidade Bahá’í"
Recorde-se que no ano passado, após 25 anos de proibição explícita de acesso dos Bahá'ís ao ensino superior público e privado naquele país, cerca de 900 estudantes Bahá’ís foram admitidos em diversas instituições de ensino superior; tudo isto foi descrito como uma mudança de política do Governo Iraniano, mas ao longo do ano lectivo 128 estudantes foram expulsos à medida que ia sendo descoberto que eram bahá’ís. Este facto levou vários observadores a concluir que a atitude do Governo Iraniano foi uma mera jogada para tentar enganar a opinião pública internacional.
Os comportamentos medievais das autoridades iranianas são do conhecimento público; a aplicação de pena de morte a menores de 18 anos, as perseguições por delito de opinião, a discriminação dos bahá’ís são exemplos desses comportamentos. Afinal quem é a maior ameaça ao Islão? Não serão os próprios dirigentes muçulmanos?
1 comentário:
Ainda bem que há blogues como este para alertar os menos atentos para as questões religiosas.
Obrigado Marco.
Enviar um comentário