domingo, 12 de agosto de 2007
Miguel Torga
Torga nasceu há 100 anos.
A sensação mais curiosa que tive com Miguel Torga passou-se há alguns anos. Durante algumas semanas perdi-me a ler a saga de Erico Veríssimo “O Tempo e o Vento” (todos os volumes); quando terminei peguei nos “Novos Contos da Montanha” e tive a sensação de regressar a Portugal. Era como se a escrita destes autores reflectisse o respectivo universo cultural. E tão intenso era esse reflexo que me deu a sensação de regresso.
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1 comentário:
Miguel Torga é o retrato vivo deste povo que depois de viver a epifânia de Abril pela qual tanto esperou, se deixou, tal como este povo, invadir pela descrença dos homens virando-se para as suas queridas montanhas, essas sim que sempre se mantiveram fiéis e imutáveis aos sentimentos deste povo rude e semi analfabeto que se refugia nas lisboas e nos algarves como se alienando das realidades do mundo real deste Portugal real que se estende por estes oitocentos kilómetros quadrados. Dizia Miguel Torga, o poeta ibérico, que "tenho oitocentos anos e sou, no entanto, uma criança."
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