domingo, 25 de janeiro de 2009
Detenções e rusgas no Irão
A organização International Campaign for Human Rights in Iran afirmou a sua profunda preocupação pela situação do maior grupo religioso minoritário no Irão. Os Membros da Fé Bahá'í têm sido atingidos com uma frequência alarmante nos meses recentes, existindo um total de 36 bahá'ís que se encontram detidos nas prisões iranianas.
"A contínua hostilização de membros da comunidade Bahá'í é um indicador de um objectivo mais amplo de supressão de direitos humanos individuais por parte do Governo Iraniano. Todos os Baha’is detidos e presos não cometeram qualquer crime", afirmou Hadi Ghaemi, porta-voz da organização.
Na manhã de 14 Janeiro 2009, agentes do Ministério da Segurança invadiram as residências de 12 Bahá'ís em Teerão. Os agentes confiscaram livros, materiais, e fotografias relacionados com a Fé Bahá'í, assim como computadores e CDs. Os agentes prenderam Shahrokh Taef, Jinous Sobhani, Didar Raoufi, Aziz Samandari e Payam Aghsani. Actualmente encontram-se detidos e incomunicáveis na prisão de Evin. As suas famílias reuniram-se com a presidente do tribunal mas foi-lhes impossível visitar os seus parentes.
Estas recentes detenções surgem na sequência de rusgas a outras 20 residências Bahá’ís em Semnan, em 15 de Dezembro 2008. Uma outra rusga a uma residência Baha'i em Yazd teve lugar no dia 11 de Dezembro. Três Baha'is foram presos em Ghaemshahr, Mazindaran, na semana de 18 de Novembro 2008, e um deles, Sr. Masou Ataiyan ainda se encontra detido. Em Outubro, o Sr. Ziaollah Allahverdi e a sua esposa Sonia Tebyani foram presos em Behshahr, Mazandaran. Outras detenções rusgas tiveram ocorreram em Agosto, em Mehrian.
Entre os muitos exemplos de detenções de Bahá'ís, a mais importante foi a do grupo de sete dirigentes Baha'is que estão na prisão há mais de sete meses. Estas sete pessoas não têm tido qualquer assistência legal ou jurídica; é-lhes permitido receber visitas de familiares apenas duas vezes por mês; essas visitas duram poucos minutos e decorrem sempre na presença dos guardas da prisão. Os cinco homens estão detidos na mesma cela, com uma área de pouco mais de 10 metros quadrados e nenhuma cama. A ordem da detenção do grupo de sete membros foi prolongada oficialmente por mais dois meses no passado dia 26 de Novembro 2008.
"A comunidade internacional deve condenar fortemente a perseguição de grupos religiosos minoritários no Irão. O Governo não mostra nenhum sinal de abrandamento na sua hostilização e perseguição aos Baha'is", afirmou Ghaemi.
Após a Revolução Islâmica em 1979, a hostilização de da comunidade Bahá’í de Irão subiu para níveis perigosos, tendo membros do seu órgão directivo nacional sido sequestrados e executados. Muitos outros Bahá'ís, por todo o Irão, tem sido executados desde então e a situação actual tem fortes semelhanças com esses casos.
Os actos do Governo Iraniano são uma violação dos padrões internacionais de direitos humanos e de liberdade religiosa e a organização apela ao governo iraniano para pôr termo à sua campanha da perseguição contra a Comunidade de Baha'i do Irão.
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