Fareed Zakaria escreve no seu livro "O Mundo Pós Americano":
A questão com que os reformadores não ocidentais se debatiam no século XX regressou como questão central do futuro: é possível ser moderno sem ser ocidental? Qual a diferença entre ser moderno e ser ocidentalizado? Será a vida internacional substancialmente diferente num mundo em que as potências não ocidentais tenham um peso enorme? Terão essas novas potências valores diferentes? Ou o processo de enriquecimento torna-os parecidos? Estas ideias não são ociosas. Dentro de poucas décadas, três das quatro maiores economias do mundo serão não ocidentais (o Japão, a China e a Índia). E a quarta , os Estados Unidos, será crescentemente moldada pela sua população não europeia. (p.76)Fareed Zakaria tem o mérito de colocar as questões certas. O facto de existirem potências em crescimento que vivem sob regimes ditatoriais (China) ou “democracias musculadas” (Rússia) e desses regimes se regerem por valores diferentes dos nossos não pode deixar de ser uma fonte de preocupação. Afinal basta ver o que dizem os relatórios de diversas organizações internacionais afirmam sobre a situação dos Direitos Humanos nesses países.
A questão étnica não é grave; a questão dos valores, essa, sim, pode representar uma fonte de preocupação.
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