A Chefe da Diplomacia Europeia, Catherine Ashton, afirmou ontem (01-Abril) que estava "perturbada" pelo facto do Irão ter duplicado a pena de prisão aos sete dirigentes da comunidade Bahá'í, e exigiu a sua libertação.
"Estou perturbada com as recentes informações segundo as quais as penas iniciais de 20 anos de prisão contra os sete ex-dirigentes Bahá'ís podem ter sido re-estabelecidas", lê-se num comunicado da Comissária Europeia.
"Por esse motivo, peço às autoridades iranianas que libertem imediatamente os sete dirigentes Bahá'ís, cuja sentença parece ser motivada apenas por pertencerem a uma fé minoritária, e a pôr fim à perseguição de minorias religiosas no Irão".
Os sete, que foram condenados em Agosto do ano passado a 20 anos de prisão, viram a sua pena reduzida para metade pelos juízes de recurso, em Setembro.
"Peço às autoridades iranianas que esclareçam a situação jurídica dos sete indivíduos em causa", disse Ashton. "Eles e os seus advogados devem ter o direito de acesso a toda a documentação pertinente sobre os seus casos."
Os Bahá'ís têm sido impedidos aceder ao ensino superior e cargos na administração pública e são considerados infiéis no Irão xiita; têm sido perseguidos, tanto antes como depois da revolução islâmica de 1979.
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Ler comunicado (em inglês):
Statement by High Representative Catherine Ashton on the sentences of seven former Bahá’í leaders in Iran
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