Também recentemente o secretário-geral das Nações Unidas, tinha feito acusações semelhantes, afirmando que o Sr. Rouhani pouco tinha feito para melhorar a situação dos direitos humanos desde que tinha assumido o cargo de presidente.
Parlamento Europeu |
"Infelizmente, os Europeus ainda repetem os seus comentários mesquinhos contra o povo e o governo iraniano e não prestam atenção às respostas documentadas que lhes são dadas; eles fazem declarações unilaterais sem prestar atenção às respostas repetidamente dadas pelas autoridades da República Islâmica", afirmou o ayatollah.
Também o Sr. Mohammad Javad Larijani, chefe do Conselho de Direitos Humanos no Poder Judiciário iraniano (e familiar do ayatollah Sadeq Larijani), rejeitou que no Irão seja feita "qualquer forma de discriminação e violação de direitos, devido a [uma pessoa] ser Bahá’í", e acrescentou que ninguém fica privado de educação ou é levado a tribunal só por ser Bahá’í.
Segundo a Iranian Labor News Agency (ILNA), no passado domingo (06 de Abril), o Sr. Larijani, referiu-se às denúncias de violações dos direitos das minorias no Irão, declarando que "os relatórios sobre direitos humanos iranianos que afirmam que os direitos das minorias são violados são mentiras grosseiras, são racistas e sectários, e são contrários a padrões de direitos humanos".
O mesmo dirigente enfatizou que a Fé Bahá'í não é uma religião reconhecida no Irão e disse: "Os funcionários governamentais nunca oprimiram ninguém por ser Bahá'í, pois eles acreditam que, segundo a Constituição todos os cidadãos iranianos tem alguns direitos, e não podem ser privados dos seus direitos, como é declarado na Constituição."
Esta afirmação surge em resposta às repetidas denúncias da Comunidade Internacional Bahá’í e de defensores de direitos das minorias no Irão de que após a revolução, os Bahá’ís foram impedidos de frequentar as universidades e de exercer funções na administração pública.
Padideh Sabeti, porta-voz da comunidade Bahá'í, rejeitou a declaração de Larijani, e declarou à BBC Persa: "Todos os que estão na prisão e são Baha'is estão presos por causa da sua religião. A Comunidade Bahá’í não é a única que diz isso - os advogados que os defendem também dizem que não há o menor vestígio de evidência que sustente a detenção e prisão dessas pessoas; tudo isto se baseia apenas no fanatismo religioso. O Sr. Larijani devia estudar o assunto para perceber qual é o problema."
Segundo a Comunidade Internacional Bahá'í actualmente estão detidos "dezenas de Bahá’ís" devido às suas crenças. As autoridades iranianas, por seu lado, acusam infundadamente estas pessoas de ter relacionamentos com Israel.
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SOBRE ESTE ASSUNTO:
Chief judge condemns EU 'interference' in human rights as arrogance (The Guardian)
Javad Larijani: People are not deprived of education or put on trial solely because of being Baha’is (IPW)
Sadeq Larijani, Head of the Judicial System of Iran: We don’t have conflicts with Baha’is merely because someone is a Baha’i (IPW)
European parliament angers Iran with human rights resolution (The Guardian)
Judiciary Chief: EP Resolution against Iran Worthless (FARS)
Official Makes Rare Admission of Baha’is’ Equal Rights in Domestic Media (ICHRI)
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