No Irão, durante o último mês, um considerável número de Bahá'ís têm sido presos ou chamados para cumprir penas de prisão a que foram condenados. Além de múltiplas prisões simultâneas de Bahá'ís em Teerão e Isfahan, também na cidade de Yazd, um número significativo de Bahá'ís foram presos ou tiveram de se apresentar na prisão para começar a cumprir as suas penas.
Entre estes, encontram-se três membros de uma mesma família Bahá’í (pai, mãe e filho) que foram presos num curto espaço de tempo.
Uma fonte contou ao site IranWire: "No dia 21 de Fevereiro, a mãe desta família, Fariba Ashtari Bagheri foi chamada à prisão de Yazd prisão para começar a cumprir a sua pena de prisão de dois anos. Ela e outros 19 cidadãos Bahá'ís foram condenados a penas de 1 a 4 anos de prisão por um ramo do Corte Revolucionário Islâmico de Yazd. Depois disso, há dois dias atrás, os agentes do Ministério da Informação em Yazd fizeram uma rusga (a terceira vez nos últimos dois anos) em casa do Sr. Naser Bagheri de (o marido de Fariba Ashtari), tendo confiscado alguns dos seus bens pessoais. Seguidamente, os agentes prenderam o Sr. Bagheri e o seu filho Faez, e levaram-nos para as instalações do Ministério da Informação."
A mesma fonte descreveu as condições do julgamento de Fariba Ashtari: "Fariba e 16 outros Bahá'ís foram presos numa acção global e simultânea nas cidades de Yazd, Isfahan, Arak e Kerman, no dia 31 de Julho de 2012. Poucos dias depois, outros três Bahá’ís juntaram-se ao número de detidos. Após um mês de detenção solitária, os homens foram libertados mediante o pagamento de uma fiança de 65 mil dólares, e as mulheres mediante o pagamento de uma fiança 41 mil dólares cada uma. Um ano depois, em 24 de agosto 2013, estes 20 cidadãos Bahá’ís foram condenados a penas de 1 a 4 anos de prisão pelo Tribunal Revolucionário de Yazd, acusados de propaganda contra o regime e acções contra a segurança nacional. Todas estas sentenças foram confirmadas pelo Tribunal de Recurso, em Abril de 2014. Fariba Ashtari foi uma das pessoas condenadas neste caso. Ela foi condenada a dois anos de prisão efectiva e um ano de pena suspensa."
Nove dos condenados foram condenados a quatro anos de prisão efectiva e um ano de pena suspensa. Estes nove são Baha'is residentes em Isfahan que ainda não tinham sido chamados para cumprir as penas de prisão. No entanto, desde há um mês, quando Shahram Fallah (residente em Kerman) começou a cumprir a sua pena de prisão, os outros também começaram a receber convocações.
No dia 31 de janeiro, Navid Haghighi (residente em Arak) começou a cumprir uma pena de prisão semelhante a prisão de Arak. Poucos dias depois, Farah Baghi (residente em Yazd) foi chamada à prisão de Yazd para começar a cumprir a sua pena (um ano de prisão efectiva e um ano de pena suspensa). Mehran Islami (também de Yazd) foi chamado à prisão de Yazd no dia 16 de fevereiro. Outro Bahá’í de Yazd condenado neste processo (Fariborz Baghi) também foi chamado, e vai começar a cumprir a sua pena dentro de poucos dias.
Shamim Ettehadi, o mais antigo prisioneiro Bahá’í em Yazd (que tinha sido condenado a três anos de prisão por enviar vídeos da destruição do cemitério Baha'i de Yazd ao canal Manoto TV) viu ser-lhe negado um pedido de saída precária, apesar dos repetidos apelos da sua família. A sua mãe, Azam Motahhari, também foi condenada a um ano de prisão e aguarda ser chamada para cumprir a sua pena. Além disso, dois outros Bahá'ís (Iraj Lohrasb e Tannaz Mohammadi) foram presos em Yazd em Julho do ano passado, acusados de publicar em redes sociais informações sobre violações dos direitos humanos dos cidadãos Bahá'ís. Iraj Lohrasb está a cumprir dois anos e Tannaz Mohammadi está a cumprir uma pena de prisão de um ano.
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FONTE: Intensification of Judicial and Security Pressures on Baha’is of Yazd (IPW)
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