sexta-feira, 8 de julho de 2005

O Atentado em Londres(1)

Darfur, Uganda e Zimbabwe, o caos iraquiano e agora mais um ataque terrorista numa grande capital: Londres. Os pormenores da notícia vão surgindo e surge inevitávelmente uma espécie de choque emocional: raiva, ódio, desejo de vingança, dor, e medo.

Por vezes basta ouvir um noticiário ou ler uns títulos de qualquer jornal para pensarmos se a humanidade não está cercada. Estaremos cercados por inimigos mais numerosos e diversificados do que estávamos anteriormente? Ou será que agora estamos mais conscientes destes problemas do que em tempos passados? Provavelmente é um misto das duas coisas.



O terrorismo não é algo de novo. A corrupção e os ciclos económicos também não são novidades. E mesmo os déspotas, tiranos e conflitos internacionais sempre tiveram a sua quota de atenção nos noticiários. Mas de alguma forma estas ameaças parecem ter uma nova dimensão. A tecnologia sempre em evolução e a crescente interdependência entre os povos do mundo alteraram o cenário de tal forma que este tipo de ameaça, apesar de não ser novo, é significativamente diferente no âmbito e na dimensão.

Quem lê regularmente Baghdad Burning perceberá que os atentados terroristas afectam a população civil iraquiana com muita regularidade. Afinal porquê tanta emoção com os sofrimento dos londrinos? Serão eles superiores ao iraquianos ou será que o sofrimento dos civis iraquianos se tornou demasiado rotineiro? É certo que Londres está mais perto de Lisboa do que Bagdade; e também há mais portugueses com ligações e afinidades com os britânicos do que com os iraquianos. Mas o sofrimento humano com um acto destes não deveria merecer igual simpatia de todos nós?

Sejamos claros: um ataque contra civis - seja ele em Londres, Nairobi, Nova Iorque ou Bagdade - é um acto de enorme cobardia. E se considerarmos a diversidade dos povos que habitam nestas cidades, podemos mesmo considerá-los um ataque contra a humanidade. Foi o que aconteceu ontem em Londres.

13 comentários:

José Fernandes disse...

Kabul, New York, Madrid, Londres e na terra de UR.

"Quem semeia ventos, colhe tempestades!"

João Moutinho disse...

Não quero ser provocativo mas lembro-me dos israelitas várias vezes terem dito aos europeus, quando os condenavam pelas suas incursões punitivas, que só os iríamos compreender quando tivéssemos atentados à porta de casa.
Mas Elfo, quais ventos semeados? Nada justifica este ataque. Há uma vontade de matar o ser humano como uma espécie de martírio e divertimento.
Oxalá não haja cedências aos crimonosos.

Anónimo disse...

e os israelitas são o quê? anjos da paz?... vocês não perdem uma para elogiar os patrões sionistas. nem discretos são...

Anónimo disse...

QUE POSSO EU MAIS DIZER?
O TEU POST VEIO MESMO AO ENCONTRO DAQUILO QUE SEMPRE TENHO DITO.
OBRIGADA, POR ISSO, POIS POR VEZES, PAREÇO UMA VOZ ISOLADA. AFINAL NÃO SOU!
E VOU REPETIR A MÁXIMA, QUE EMBORA JÁ DITA POR ALGUÉM, FOI MESMO A QUE ME VEIO AO PENSAMENTO ANTES DE AQUI CHEGAR: "QUEM SEMEIA VENTOS, COLHE TEMPESTADES".
HELENA

Anónimo disse...

Este atentado é o efeito das causas que são apontadas no post do Marco!
Os Senhores do mundo trocam as vidas dos cidadãos de qualquer país do mundo pelos barris de petróleo, pelos diamantes, pelo ouro, pela floresta Amazónica por qualquer outro bem que assegure a sobrevivência da sua economia. São os Bushes e Cª que inventaram o terrorismo; são os terroristas que inventaram que o fazem em nome do Islão; somos nós que nada temos a ver com isto que sofremos as consequências.
O fanatismo económico e o religioso tocam-se porque são fanatismo.
Aqui só há uma coisa a lamentar e isso é o sofrimento daqueles que são as vítimas indefesas de Senhores sem escrúpulos que se servem de tudo o que a Terra tem e que deveria pertencer a todos e só uns quantos usufruem...

João Moutinho disse...

Os israelitas não são anjos da paz e durante o domínio britânico praticaram acções terroristas, de entre os quais a destacar a destruição do Hotel King David com mais de 100 mortos.
O Menahem Begin, que veio a receber um prémio nobel da paz, foi membro de um grupo terrorista.

Não estou a elogiar ninguém estou a tentar descrever a realidade.

Agora, quais ventos semeados? Para a Al-Qaida, a paz só é possível através de um anátema total. Eles acreditam que matar um americano ou israelita é um acto santo.

Para terminar, "patrão sionista" vem a que propósito?

Marco Oliveira disse...

Obviamente que estes atentados não são novidade para os britanicos. Lembrei-me de outros atentados no Reino Unido reivindicados pelo IRA. Houve dois particularmente violentos. Um foi na rua (Omagha) onde passavam cidadãos comuns e outro foi contra um hotel onde a Margaret Thatcher era suposto ficar alojada.

Neste aspecto creio que os britanicos já têm algum “calo”; a diferença ontem foi mesmo no âmbito e dimensão (e muito provavelmente na fonte inspiradora).

Anónimo disse...

FORAM TERRORISTAS? E O SHARON NÃO DEVIA ESTAR EM HAIA? E QUE FAZEM ELES DIARIAMENTE NA PALESTINA OCUPADA? tem vergonha. israel é um estado terrorista e estamos todos a pagar isso.

Anónimo disse...

olha. vai ao blog porcolatino e compara as nuances e diferenças sobre o mesmo tema com o vosso post.

Anónimo disse...

Este anónimo a dizer estas baboseiras não será o tal Pinto Ribeiro? O tal que anda pelo Diário Ateista com vergonha de dizer que é muçulmano...

O gajo bem diz que não gosta do vosso blog, mas não sai daqui nem por nada. :-) É um candidato à conversão!
Ah ah ah ah

Anónimo disse...

Moutinho,
Porque é que falas sempre de Israel? Também há vida e cultura noutros países, sabias?
Eh eh eh eh

Anónimo disse...

Não sou o Pinto Ribeiro, nem sei se ele é muçulmano. Ele tem sido muito crítico face aos regimes árabes e face à comunidade de Lisboa. Achas que é uma baboseira pensar que Israel é um país terrorista?...opiniões. Mas vejo que além de mim e do tal Pinto Ribeiro também achas que o Moutinho só vê Israel. Giro. Vou sair, já vi que isto é muito intolerante. O gajo do porco latino tem razão.

João Moutinho disse...

O Blog é um espaço de discussão e vamos lá a ver se não passamos aos insultos.
O Pinto Ribeiro, tal como qualquer outro, deverá ser muito bem vindo. Não se justifica é que quem quer que seja venha para aqui com o oblectivo de insultar, da mesma forma que qualquer um se deve sentir no direito de ser respeitado.
Eu falo de Israel porque fora de Portugal foi o país onde vivi mais tempo. E foi giro ver aquele "caldeirão" de culturas.
Oxalá que enquanto falarmos de terrorismo não tenhamos de falar da nossa querida pátria lusitana.
O meu comentário é o 13º vamos lá a ver o que isto sgnifica.