sexta-feira, 1 de abril de 2011

Amnistia Internacional: "Uma decisão vingativa contra os Bahá’ís"

A reintrodução da pena de prisão de 20 anos para os sete dirigentes da minoria Bahá’í é "ultrajante", afirmou a Amnistia Internacional, enquanto apelava novamente à sua libertação imediata.

Estes sete dirigentes viram inicialmente um Tribunal de Recurso as suas sentenças reduzidas de 20 para 10 anos por uma corte de apelação iraniana, apenas para as autoridades para reverter a decisão.

"Mais uma vez, as autoridades iranianas estão a manipular o seu próprio sistema de justiça para perseguir membros de uma minoria religiosa", declarou Malcolm Smart, director da Amnistia Internacional para o Oriente Médio e Norte da África.

"Em vez de duplicar as suas penas, as autoridades deviam liberta os dirigentes Baha'is imediatamente e garantir a sua liberdade para praticar a sua religião, livres ameaças ou perseguições."

"Estes actos arbitrários e vingativos são uma advertência salutar, porque o Conselho de Direitos Humanos votou recentemente a nomeação de um relator especial para o Irão. A decisão do Conselho não foi precipitada."

Os sete dirigentes Bahá'ís - duas mulheres e cinco homens – estão detidos em condições severas na prisão de Gohardasht, em Karaj, perto de Teerão. Eles foram condenados por supostos crimes, que incluem "espionagem para Israel", "insulto a santidades religiosas" e "propaganda contra o sistema" por um Tribunal Revolucionário de Teerã, em Agosto do ano passado. Os sete negaram todas as acusações contra eles.


REACÇÃO DO GOVERNO AMERICANO

Entretanto, em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, afirmou que os Estados Unidos continuam preocupados com a "perseguição aos Baha'is e outras minorias religiosas no Irão".

"Estamos profundamente perturbados com relatos que nos chegam do Irão de que uma pena de 20 anos dos sete líderes Bahá'í foi reintroduzida após um recurso do Procurador-Geral, um homem a quem os Estados Unidos impuseram sanções económicas e proibição de viajar por a cometer graves violações dos direitos humanos", disse Toner. "Condenamos este passo sem precedentes como uma violação das obrigações do Irão à luz do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos."


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