quinta-feira, 4 de março de 2004

Pena de Morte

A mediatização e o julgamento dos casos de Pedofilia agitaram demasiado as nossas emoções e suscitaram mais uma vez a questão da Pena de Morte.
É difícil ser racional e objectivo quando falamos do tipo de condenações a que os autores destes crimes devem ser sujeitos, e somos simultaneamente bombardeados por notícias chocantes e sensacionalistas de casos de abuso sexual de crianças.
A Pena de Morte suscita questões muito sérias; não pode ser debatido num ambiente de tempestade emocional.
Na verdade, o Estado tem obrigação de proteger os seus cidadãos; mas não tem o direito de se vingar. Mas que formas pode assumir essa protecção?
Poderemos comparar os mais terríveis criminosos aos vírus que por vezes atacam o corpo humano e que são irremediavelmente destruídos pelos glóbulos brancos? Essa acção de destruição é um acto de protecção de todo o corpo, e não um acto de vingança.
Poderá o Estado assumir um papel similar com o objectivo de proteger toda a comunidade humana?
E se existirem erros judiciais? Como os poderemos emendar? Um sistema judicial é uma construção humana, e logo por aí pode estar sujeito a erros.
Não tenho resposta para todas estas questões; o assunto merece um debate amplo e sereno.

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