A reportagem da RTP sobre este problema teve o mérito de mostrar esse problema a uma enorme audiência. Sobre este assunto e os atritos entre sindicatos de professores e Ministério da Educação, Fernando Madrinha, escreve hoje na sua coluna Preto no Branco, no semanário Expresso:
Mas depois do que as famílias viram em casa através da RTP, não se ouviu dos sindicados o clamor esperado de protestos, de alertas e apelos que a reportagem justificava perfeitamente. Os mesmo que se apressaram a marcar uma greve para uma ponte entre feriados – não pode haver declaração pública de maior fraqueza e oportunismo – só porque alguns jornais atribuíram à ministra da Educação umas declarações que ela nega ter proferido, não tiveram uma palavra sobre a violência na escola X, nunca identificada pela RTP.
8 comentários:
E já agora querias que os Sindicatos fizessem o quê especificamente?
Fazer uma greve até os pais dos meninos se darem conta que serem pais também implica dar educação aos filhos em casa para que estes a possam levar para a escola?
É que estes pais julgam que o trabalho de ser pai terminou no acto da fecundação, a partir daí é com a mãe, e se os garotos trazem problemas para casa é porque foi o professor que não soube educar o filho e é para isso que lhe pagam, ora essa.
Deixem chegar ao fim do ano que eles (os professores) logo vêem a nota de desempenho que eles (os pais) lhes vão dar.
É que por mínimo que seja o peso destas pseudo avaliações, destes pseudo encarregados de educação podem dar é uma afronta e uma humilhação para "todos" os professores, sem excepção.
Já agora Marco, não te fiques pela rama, e quando o teu rebento for para a escola - se é que ainda vai haver quem queira ser professor -, sê participativo e quando vires que numa reunião de pais no principio do ano, ninguém quer pertencer à associação de pais e encarregados de educação, vais perceber o que é que tens estado a dizer.
É que só sabe da guerra quem anda nela.
E podes crer que muitas escolas do secundário são autênticos barris de pólvora prestes a rebentar. A começar nas prepotências dos Conselhos Executivos sobre os colegas professores, como dos alunos e alunas em relação aos professores e professoras.
Para os alunos, ir ao Executivo, é uma promoção social no meio dos chungas que os rodeiam.
Antigamente ir ao Conselho Directivo podia dar direito a expulsão da escola.
Hoje isso é mais complicado. Só se pode dar uns dias de suspensão, até um máximo de dez.
Quanto participei nos Conselhos de Turma optámos,TODOS, que assim que terminassem os dez dias, do dito aluno, esperava-se um dia até ele fazer "outra das dele" e, levava com mais dez dias em cima, e assim até ao final do ano.
Felizmente que após uma reunião com a Polícia de Segurança Pública, e uma tia do aluno, resolveu-se meter o miúdo num colégio de correcção, e daí sairá para a cadeia sem dúvida nenhuma.
E os pais? Perguntarão vocês?
O pai tinha abandonado o lar, e a mãe andava aterrorizada pois o filho batia-lhe todos os dias, se ela se recusasse a dar-lhe dinheiro para o tabaco. Isto no 6º ano de escolaridade, e não era nas zonas problemáticas de lisboa ou porto. Era na Escola Frey Heytor Pinto na Covilhã.
Enquanto encarregado de educação, eu sou "cliente" da Escola, pois o meu educando usufruiu dos serviços prestados por essa instituição.
Quando não gosto dos serviços, protesto; chamo as pessoas responsáveis e peço explicações. Isso acontece nas escolas. é natural que as escolas possam pedir a opinião das pessoas a quem prestam serviços de forma a poderem melhorar constantemente esse serviço.
Se não o fizerem, estarão a adulterar a sua missão. Como cidadão, considero que as escolas públicas (mantidas com o dinheiro dos nossos impostos) podem e devem ser avaliadas pelos encarregados de educação, tal como qualquer serviço público pode e deve ser avaliado pelos utentes.
Pois é Marco, mas a Escola lá por ser pública não nenhum hipermercado do belmiro de azevedo.
Num hiper ou te portas civilizadamente ou vais para a rua com um segurança atrás de ti.
Num hiper nunca vi meninos a saltarem para cima das prateleiras nem a roubarem e a estragarem o material exposto..., pois lá estão as câmaras de vigilâcias e os famigerados Seguranças.
Deves ter razão é o que faz falta na escola..., só que as professoras, mesmo as de matemática, não são propriamente operadoras de caixa.
Sabes Marco eu já estive dos dois lados da barricada: Como aluno negligente;
e Como professor numa cadeia cheia de reclusos, dos tais que fizeram a vida negra aos professores. E sabes o que ganhei com isso?, uma carga de porrada por parte dos reclusos, um olho negro que me obrigou a andar de óculos escuros durante um mês.
Para mim serviu-me de emenda o ter-me ido a armar em bonzinho para aquela gentinha.
Por isso quando vejo um professor a ser maltratado pelos alunos, Conselhos Executivos, "Encarregados de Educação da Treta", Ministra da Educação que parece quer impôr a leis dos gulags no ensino. Viro-me e faço o papel de advogado do diabo se preciso for.
E Tu Marco estás a fazer o papel de encarregado de educação, eu quero ver-te a ti como Encarregado da Educação dos teus filhos, aí sim, terás autoridade para falar. Até aí... não fui eu que te chamei encarregado de educação da treta. A carapuça é só para quem lhe assenta.
Muita gente consegue distinguir os bons e os maus professores.
Porque é que não consegues distinguir os bons dos maus encarregados de educação?
Porque é que generalizaste e os chamaste a todos de "EE da treta"?
E a propósito: eu também já fui professor.
Não generalizei os EET, só os distingui dos EE que realmente se preocupam com os seus filhos e filhas e que vão falar com os directores de turma para saber qual o resultado obtido pelo educando e como é a participação dele/a a nível académico e disciplinar.
Quanto a teres sido professor, duvido que tivesses ter de trabalhar nas condições em que o fiz.
Muito bonito... ... ... povo de baha... sindicato... não associo os temas!
SAM,
Obrigado pela visita.
Pense em problemas sociais e encontrará um denominador comum.
Enviar um comentário