terça-feira, 20 de março de 2007

Os Media e o tratamento do Fenómeno Religioso (2)

O que se segue são os meus apontamentos da intervenção de Jorge Wemans numa mesa redonda dedicada ao tema "Os Media e o tratamento do Fenómeno Religioso", realizada durante o colóquio "A Religião fora dos Templos". Tratam-se de apontamentos pessoais que podem não representar fielmente as palavras do Director do Canal 2: .
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Jorge Wemans

Os media hoje têm mais entretenimento do que jornalismo. A presença do fenómeno religioso nos media já não está condicionada pelas hierarquias religiosas. Também se nota que os media dão agora mais importância ao fenómeno religioso do que há alguns anos atrás. O fenómeno religioso é algo mais profundo na vida dos seres humanos do que um mero eco das palavras das hierarquias religiosas.

Até há alguns anos atrás o fenómeno religioso estava escondido por detrás dos actos oficiais da Igreja Católica; agora está mais visível. Com cada vez mais regularidade encontramos o fenómeno religioso citado como experiência pessoal (exemplo: o juiz que fala sobre um determinado assunto na sua condição de crente); até nas novelas encontramos manifestações do fenómeno religioso. A hierarquia religiosa deixou de ser actor único nas notícias sobre o fenómeno religioso.

O fenómeno religioso é hoje reconhecido como característica inegável de culturas e identidades. Este ressurgimento do fenómeno religioso tem contribuído para o reaparecimento do clericalismo e do anti-clericalismo; em Portugal, no início do Séc. XX, tivemos um problema de excesso de clericalismo e anti-clericalismo.

1 comentário:

Victor disse...

Happy Naw Ruz to you too!