Aqui fica a tradução de um artigo de Perry Yeatman, publicado na semana passada no Huffington Post.
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Durante anos, reflecti sobre a área da religião. O meu pai nasceu numa antiga família Quaker da Pensilvânia. A minha mãe era da Igreja Episcopal. Frequentei a catequese Episcopal e a Igreja Episcopal. Mas na faculdade criei amizades com muito católicos. Quando tinha trinta anos, foram os ateus e os judeus. E quando casei, fi-lo com alguém que raramente pensava em religião, fosse ela qual fosse.
Mas ainda me interessa; mais, e não menos, do que – digamos, há 15 anos atrás. Ainda ontem estive num jantar em casa de uma amiga. Ela é uma judia conservadora caçada com um cristão não praticante. Falemos das diferenças entre ser espiritual e ser religioso; falámos das diferenças entre as religiões, entre católicos e episcopais, entre judeus ortodoxos e conservadores, etc. Foi verdadeiramente interessante. Ela é muito clara e convicta na sua fé. E eu sinto-me num conflito. As minhas ideias e valores são claros. Mas considero as práticas da religião organizada - virtualmente de todas elas - confusas. Cada uma das principais fés do mundo tem qualquer coisa que eu valorizo, que respeito e que me toca. Mas cada uma também parece ter qualquer coisa que me perturba ou choca com aquilo que sou e com aquilo que defendo. Talvez seja por isso que recentemente tenha gravitado para a fé Quaker, pois sinto que envolve um sentido espiritual básico e essencial, com rituais e cerimónias limitadas mas com muita substância.
Isto aconteceu até há algumas semanas atrás quando descobri uma fé totalmente nova – da qual não sabia praticamente nada, até então.
Tendo vivido em praticamente em toda a parte do mundo, foi surpreendente para mim encontrar o que me parece ser a mais recente religião global, exactamente aqui, ao fundo da rua, em Wilmette, Illinois. No templo Baha’i. Não sou certamente uma especialista - até agora apenas passei algumas horas a estudá-la - mas os seus princípios nucleares são o motivo pelo qual digo que pode ser a derradeira religião global. Segundo o folheto que peguei no templo, os princípios essenciais da fé Baha’i são os seguintes:
De qualquer forma, não estou aqui a tentar converter ninguém. Nem sequer tenho a certeza do que vou fazer com esta descoberta. Mas em tempos como estes em que a religião está no coração de tantos problemas no mundo, penso que vale a pena como, e se, é possível para nós adoptar uma abordagem mais global, uma que seja mais baseada na fé e na espiritualidade do que no dogma. E se conseguirmos, sem perder as nossas identidades, optar por uma abordagem mais ampla e inclusiva às questões que hoje enfrentamos enquanto cidadãos globais de forma a encontrar algumas respostas mais duradouras para conflitos de já duram há muito tempo. Talvez seja ingénuo, mas é talvez seja exactamente isto que necessitamos: ver para lá do que dizem os especialistas e os entrincheirados, e avançarmos para soluções mais pragmáticas e inclusivas. Talvez o menor seja o maior quando se trata de uma abordagem global a este tipo de questões e talvez a Fé Baha’i tenha algo a ensinar a todos nós... É apenas um pensamento... de alguém que ainda está à procura da sua própria resposta.
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Durante anos, reflecti sobre a área da religião. O meu pai nasceu numa antiga família Quaker da Pensilvânia. A minha mãe era da Igreja Episcopal. Frequentei a catequese Episcopal e a Igreja Episcopal. Mas na faculdade criei amizades com muito católicos. Quando tinha trinta anos, foram os ateus e os judeus. E quando casei, fi-lo com alguém que raramente pensava em religião, fosse ela qual fosse.
Mas ainda me interessa; mais, e não menos, do que – digamos, há 15 anos atrás. Ainda ontem estive num jantar em casa de uma amiga. Ela é uma judia conservadora caçada com um cristão não praticante. Falemos das diferenças entre ser espiritual e ser religioso; falámos das diferenças entre as religiões, entre católicos e episcopais, entre judeus ortodoxos e conservadores, etc. Foi verdadeiramente interessante. Ela é muito clara e convicta na sua fé. E eu sinto-me num conflito. As minhas ideias e valores são claros. Mas considero as práticas da religião organizada - virtualmente de todas elas - confusas. Cada uma das principais fés do mundo tem qualquer coisa que eu valorizo, que respeito e que me toca. Mas cada uma também parece ter qualquer coisa que me perturba ou choca com aquilo que sou e com aquilo que defendo. Talvez seja por isso que recentemente tenha gravitado para a fé Quaker, pois sinto que envolve um sentido espiritual básico e essencial, com rituais e cerimónias limitadas mas com muita substância.
Isto aconteceu até há algumas semanas atrás quando descobri uma fé totalmente nova – da qual não sabia praticamente nada, até então.
Tendo vivido em praticamente em toda a parte do mundo, foi surpreendente para mim encontrar o que me parece ser a mais recente religião global, exactamente aqui, ao fundo da rua, em Wilmette, Illinois. No templo Baha’i. Não sou certamente uma especialista - até agora apenas passei algumas horas a estudá-la - mas os seus princípios nucleares são o motivo pelo qual digo que pode ser a derradeira religião global. Segundo o folheto que peguei no templo, os princípios essenciais da fé Baha’i são os seguintes:
- Eliminação de todas as formas de preconceito
- Igualdade entre homens e mulheres
- Harmonia entre ciência e religião
- Paz mundial suportada por um governo mundial
- Soluções espirituais para os problemas económicos
- Educação universal
De qualquer forma, não estou aqui a tentar converter ninguém. Nem sequer tenho a certeza do que vou fazer com esta descoberta. Mas em tempos como estes em que a religião está no coração de tantos problemas no mundo, penso que vale a pena como, e se, é possível para nós adoptar uma abordagem mais global, uma que seja mais baseada na fé e na espiritualidade do que no dogma. E se conseguirmos, sem perder as nossas identidades, optar por uma abordagem mais ampla e inclusiva às questões que hoje enfrentamos enquanto cidadãos globais de forma a encontrar algumas respostas mais duradouras para conflitos de já duram há muito tempo. Talvez seja ingénuo, mas é talvez seja exactamente isto que necessitamos: ver para lá do que dizem os especialistas e os entrincheirados, e avançarmos para soluções mais pragmáticas e inclusivas. Talvez o menor seja o maior quando se trata de uma abordagem global a este tipo de questões e talvez a Fé Baha’i tenha algo a ensinar a todos nós... É apenas um pensamento... de alguém que ainda está à procura da sua própria resposta.
2 comentários:
Muito bom, esse é o futuro da nossa gloriosa fé, relatos como esse serão cada vez mais comuns!
Caro Marco, seguindo a minha política de roubar tudo quanto é interessante, venho comunicar que acabei, agorinha mesmo, de sacar o teu post completo para o meu blogg, assim como dizia o poeta António Gedeão: "Compra pão e vinho, mas rouba uma flor, pois tudo o que é belo não é de comprar."
Assim roubei-te uma flor do teu jardim, mas tive o cuidado de dizer que de onde aquela veio, há lá mais, isto é, coloquei lá um link.
Desculpa lá mas teve de ser.
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