Para o Bispo Pierro Rossano, que durante anos trabalhou na Secretaria do Vaticano para as Religiões Não-Cristãs, o “Vaticano II foi explícito neste ponto” - a salvação atinge, ou pode atingir, os corações dos homens e mulheres através dos sinais visíveis e experienciais das várias religiões”. Para o sempre cauteloso Karl Rahner, porém, a decisão estava em aberto: “O problema essencial para o teólogo foi deixado em aberto [pelo Vaticano II]… A qualidade teológica das religiões não-Cristãs permanece indefinida”. Por outras palavras, os bispos não afirmaram nem negaram que as religiões podem ser autênticas condutas pelas quais o Espírito flui para as vidas dos povos fora da igreja. E talvez o motivo para não terem abordado esta questão tenha sido por decidirem deliberadamente não o fazer. O Vaticano II, desde o início, foi definido pelo Papa João XXIII como pastoral e não doutrinal. Isso significa que queria falar para os povos e não para os teólogos.
Paul F. Knitter, Introducing Theologies of Religions, p. 77
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