Se Rahner foi o primeiro a explorar um caminho para uma nova teologia cristã das religiões, o segundo Concílio do Vaticano (1962-64) apresentou-a. O concílio fica como um marco na história daquilo que a Igreja Cristã disse sobre outras fés e sobre si própria em relação a elas. Nunca antes tinha a Igreja, nas suas declarações oficiais, tratado tão extensivamente sobre as outras religiões; nunca antes tinha dito coisas tão positivas sobre elas; nunca antes tinha apelado a todos os Cristãos a encarar estas religiões de forma séria e a dialogar com elas. Comparada com a visão “Fora da Igreja não há Salvação” – que era o resultado dos séculos V a XVI - o Vaticano II, mais do que um marco, é um desvio na estrada. O próprio Rahner recordou mais tarde que muitos dos bispos do concílio não compreenderam plenamente quão novo e exigente era este caminho. Se o tivessem, talvez se tivessem movido mais devagar.
Paul F. Knitter, Introducing Theologies of Religions, p. 75
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