quinta-feira, 5 de maio de 2016

Mais 6 empresas Bahá’ís encerradas no Irão

No Irão, no passado dia 1 de Maio, as autoridades locais de Ramsar encerraram cinco empresas pertencentes a Bahá’ís; simultaneamente, em Sari, foi encerrada uma loja de um Bahá’í. Estas duas localidades situam-se na província de Mazandaran, onde outras 12 empresas pertencentes a Bahá’ís foram encerradas na semana passada.

Isto eleva para 39 o número total de empresas Bahá’ís encerradas durante as últimas semanas: 16 em Qaem Shahr, dois em Babol, três em Tenakabon, cinco em Babolsar, dois em Bahnamir, cinco em Fereydunkenar e as seis referidas neste novo relatório. Todos os encerramentos parecem estar relacionados com o fecho temporário das empresas durante os feriados Bahá’ís de Ridvan.

É importante lembrar que estes encerramentos violam a Constituição Iraniana, cujo artigo 23 proíbe as investigações sobre crenças religiosas dos cidadãos, e também é contrária aos regulamentos que permitem às empresas (excepto serviços essenciais) fechar 15 dias por ano sem ter que notificar as autoridades.

Segundo um relatório da organização HRANA (Human Rights Activists News Agency in Iran), todos os encerramentos foram realizados durante a ausência dos proprietários, sem qualquer aviso prévio por escrito ou informando com antecedência as associações comerciais. Em Qaem Shahr, as autoridades informaram os Bahá’ís que eles não podem ser aceites como residentes e os seus negócios seriam encerrados, porque estão referenciados como Bahá’ís.

Um aspecto interessante é o facto do Departamento de Espaços Públicos em Babolsar ter dito às lojas Bahá’ís que não seriam encerradas se deixassem as suas luzes acesas ou as persianas dos estabelecimentos levantadas durante os feriados Bahá’ís. Não é ainda claro se os lojistas seguiram estas indicações ou não, mas sabe-se que as lojas foram mesmo encerradas. No entanto, isto sugere que a questão para as autoridades em Babolsar é que, em feriados Bahá’ís, não devem existir indicações sobre quais são as empresas pertencentes aos Bahá’ís. Noutras cidades, os encerramentos fazem parte de um padrão geral de hostilização dos Bahá’ís em todas as oportunidades.

Recorde-se que em 1934, quando o Xá quis encerrar as escolas Bahá’ís no Irão, foi invocada o fecho em feriados Bahá’ís como pretexto.

As fotos que se seguem são dos estabelecimentos encerrados e foram publicados no site GoldNews.







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FONTE: Six Bahai businesses closed in Ramsar and Sari; total now 39 (Sen’s Daily)

1 comentário:

Unknown disse...

Para quando termina a cegueira da perseguição aos bahá'ís?

Cegos são aqueles que têm olhos mas não Vêm.

O o preconceito religioso torna as pessoas fanáticas e não conseguem ver que a verdade religiosa é relativa e não absoluta e que existem muitas verdades que conduzem a uma só verdade.