quinta-feira, 13 de março de 2025

Siyyid Mustafá Rumi (1846-1945)

Neste dia (13 de Março), em 1945, Siyyid Mustafá Rumi, nomeado postumamente Mão da Causa de Deus por Shoghi Effendi, foi assassinado por uma multidão numa aldeia do distrito de Kungyangon, na Birmânia (actual Myanmar).


Siyyid Mustafá Rumi nasceu em Bagdade, mas a sua família mudou-se para Madras (actual Chenai), na Índia, quando ele era criança. Conheceu a Fé Bahá’í em 1876 através de Jamal Effendi, e tornou-se Bahá’í em Calcutá no final de 1877. Em Maio de 1878, viajou para a Birmânia com Jamal Effendi.

No final do século XIX, a comunidade Bahá’í birmanesa construiu um sarcófago para o Báb e, em 1899, Siyyid Mustafa levou-o para a Terra Santa, onde o entregou a ‘Abdu’l-Bahá. Os restos mortais do Báb foram colocados no sarcófago em 1909.

Posteriormente, Siyyid Mustafa viajou para as Índias Orientais Holandesas com Jamal Effendi na década de 1880, e os dois converteram o Rei e a Rainha de Boné, na ilha de Celebes. Foi eleito para a Assembleia Espiritual Nacional da Índia e Birmânia no final da década de 1930.

Siyyid Mustafa foi convidado a viver na aldeia de Daidanaw pelo chefe da aldeia, que tinha conhecido a Fé através de dois Bahá’ís que o defenderam num processo legal. Converteu aproximadamente 800 residentes de Daidanaw à Fé Bahá'í e fundou uma escola naquela localidade. Nos seus últimos anos, traduziu o Kitab-i-Iqan, As Palavras Ocultas e Respostas a Algumas Perguntas para birmanês.

Em 1945, uma multidão de 3000 nacionalistas atacou os estrangeiros em Daidanaw, destruindo muitas propriedades Bahá’ís e assassinando onze Bahá’ís, incluindo Siyyid Mustafa.

A 14 de Julho de 1945, Shoghi Effendi nomeou-o postumamente Mão da Causa, enviando o seguinte telegrama:

“Corações condoídos passagem (à) Assembleia Suprema, distinto pioneiro Fé Bahá’u’lláh, o muito amado, leal e nobre espírito Siyyid Mustafa. O longo registo dos seus excelentes serviços (tanto no) campo do ensino (como) administrativo lançou brilho sobre as eras heroicas e formativas (da) Dispensação Bahá’í. As suas magníficas realizações dão-lhe pleno direito de ingressar nas fileiras das Mãos da Causa de Bahá’u’lláh. A sua última morada deve ser considerada o santuário mais importante (na) comunidade de crentes birmaneses. Encorajo os Bahá’ís indianos (e) birmaneses a participarem na construção (do seu) túmulo. “Envio trezentas libras (como) a minha contribuição pessoal (para) tão louvável (um) propósito.”

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Sobre Siyyid Mustafá Rumi: Baha'is Heroes & Heroines

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