sábado, 31 de julho de 2010

Ciência e Religião (1)


"... ainda que os biólogos possam discordar nos detalhes, eles geralmente estão de acordo em três características fundamentais da evolução: o acaso, a selecção natural e as enormes extensões de tempo. Independentemente da versão da biologia evolutiva que se siga, as mesmas questões fundamentais se levantam - portanto, não há necessidade de a teologia continuar à espera de um consenso científico mais preciso para começar a tecer comentários sobre a nova história da vida.

Uma teologia da evolução tem de se perguntar como é que, em termos religioso, se pode compreender o acaso, a impessoalidade e a crueldade da selecção natural, bem como o facto de a vida parecer apenas ter surgido gradualmente, ao longo de um período que a ciência estima ser hoje de 3,8 mil milhões de anos. Que tipo de Deus iria presidir a um processos tão caótico, tão prolongado e tão improvisado? A teologia não pode e não deve adiar a tarefa de enfrentar estas questões."

John F. Haught
, Cristianismo e Evolucionismo, p. 70

2 comentários:

Anónimo disse...

Isso vale apenas se você continua acreditando em Deus como sendo aquele velhinho barbudo sentado em cima de uma núvem com um raio na mão! Entretanto, se você acredita que Deus é a alma da natureza e está presente em todas as criaturas a teoria da evolução faz todo o sentido, visto que Deus não criaria uma natureza estática e sim um ecosistema em constante aperfeiçoamento!

Marco Oliveira disse...

Anónimo: A razão de ser deste comentário tem a ver com as pessoas que acreditam que a religião deve condicionar o conhecimento científico.

Para a Fé Baha'i, religião e ciência são dois planos de conhecimento que se complementam.
Religião sem ciência leva à superstição; ciência sem religião leva ao materialismo.

Mas deixo-te uma pergunta: A criação é distinta de Deus ou faz parte d'Ele?