segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Carta Aberta ao lider do Sistema Judicial do Irão

Numa carta aberta ao chefe do Sistema Judicial do Irão, a Comunidade Internacional Bahá'í destacou a contradição entre a perseguição dos Baha'is e o apelo do Irão para que as minorias muçulmanas sejam tratadas de forma justa noutros países.

"Pedimos ... que os Bahá'ís naquele país usufruam dos seus plenos direitos de cidadania, de modo a que possam ser capazes de satisfazer a sua aspiração sincera de contribuir, juntamente com os seus concidadãos, para o progresso da sua nação", afirma a carta.



"Isso, de facto, não é mais do que aquilo você legitimamente pede para as minorias muçulmanas que residem noutros países. Os Bahá'ís apenas pretendem o mesmo tratamento da sua parte", afirma a Comunidade Internacional Bahá'í.

Respeitar os direitos dos Bahá'ís iranianos agora seria "um sinal de vontade de respeitar os direitos de todos os cidadãos do seu país", diz a carta.

O documento, datado de 07 de Dezembro e dirigida ao Ayatollah Mohammad Sadeq Larijani, afirma que as injustiças infligidas aos bahá'ís iranianos são um "reflexo da opressão terrível que tomou conta da nação." Corrigir as injustiças sofridas pelos Bahá'ís iria "levar esperança aos corações de todos os iranianos de que você está pronto para garantir justiça para todos."

"O nosso apelo é, então, na realidade, uma exortação ao respeito dos direitos de todo o povo iraniano", acrescenta a Comunidade Internacional Bahá'í.

"Como pode uma sociedade justa, ou um mundo mais justo, ser construído sobre uma base irracional de opressão e de negação sistemática dos direitos humanos fundamentais a qualquer minoria? Tudo o que seu país afirma defender abertamente na arena mundial é contradito pelo pela forma como tratam o vosso próprio povo no vosso país."

Medidas repressivas

A carta descreve em detalhe as "muitas medidas repressivas" adoptadas pelas autoridades durante a detenção, julgamento, sentença e recurso, dos sete dirigentes Bahá'ís, que – com o conhecimento do Governo Iraniano – serviam como um grupo de nacional que supervisionava as necessidades espirituais mínimas dos Bahá'ís do Irão.

Os sete foram acusados de actividades de propaganda contra a ordem islâmica e estabelecimento de um governo ilegal, entre outras acusações. Todas as acusações foram categoricamente negadas.
A carta ilustra a forma como o Ministério Público durante o julgamento dos sete foi "incapaz de apresentar qualquer prova credível de apoio às suas acusações." O julgamento, salienta-se, era de tal forma desprovido de imparcialidade que todo o processo se pode classificar como uma enorme farsa.

Notícia completa aqui.

Ler a carta aqui (em inglês).

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