sábado, 20 de janeiro de 2007

Pai Herói



O Sargento Luis Gomes recusou-se a entregar a criança que cuidou como pai adoptivo, ao longo dos seus cinco anos de vida, foi condenado a seis anos de prisão por sequestro.

Sobre a incompreensível decisão da juíza Fernanda Ventura, Inês Pedrosa questiona hoje no Expresso: “Será tão difícil colocarmo-nos na cabeça de uma criança de 5 anos e pensarmos como nos sentiríamos se, de repente, nos tirassem a mãe e o pai afectuosos que nos pertenciam para nos dizerem que a partir de agora o nosso pai era aquele outro senhor?”

De forma mais simples, eu perguntaria: Onde está o bom senso na justiça portuguesa?

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Sobre este assunto:
Pai adoptivo condenado a seis anos de prisão (Expresso)
O interesse da Menor (Inês Pedrosa, Expresso)
Decisão do tribunal provoca guerra nas magistraturas (DN)
Petição para libertar o pai adoptivo já é um "movimento nacional" (DN)

5 comentários:

Elfo disse...

Afinal quem é o Pai herói? É aquele que duvidando da paternidade da criança se recusou a aceitá-la como como filha/o até que a ciência demonstrasse inequivocamente que o filho era realmente seu? Ou o pai adoptivo que vendo-se na eminência de perder alguém que lhe foi entregue aos seus cuidados por uma mãe que tinha mais que fazer do que criar uma criança inequivocamente sua, a deu para adopção depois de saber que pai biológico punha dúvidas acerca da paternidade? O que leva uma mãe a abandonar um filho para o entregar a outrém para que os outros o criassem como se seu fosse?
O pai biológico, assim que soube que era realmente o pai verdadeiro, lutou pela criança até que o senhor agente da autoridade lhe sequestrou a filha/o e mandou-a para parte incerta, juntamente com a sua companheira...!
A juíza apenas fez cumprir a lei, que por ser cega, e, imparcial e mui justamente condenou o sequestrador a seis anos de cadeia efectiva. O guarda républicano é um herói? Porquê?
Vejo toda a C.Social a darem cobertura ao senhor agente e até chegaram ao ponto de entrevistar a mãe da criança e pôr esta a dizer que lutaria pela posse da criança, é sua filha, para a entregar de novo ao GNR.
Quem ou quê está por detrás de tudo isto? O que leva a mãe da criança a lutar desalmadamente para entregar a criança aos pais adoptivos? Quem teve culpa de a justiça levar cinco anos a confirmar a paternidade do pai biológico? Quem entravou, eventualmente, o processo da prova por ADN? Quem ou quê está por detrás disto. A mãe biológica entregou a criança de mão beijada ou foi a troco de alguma maquia considerável?
Tantas perguntas sem resposta...!
E, pergunto, quem é o verdadeiro herói? Inclino-me para o pai biológico que não admite que outros criem a sua criança que ao ser sequestrada vê assim a índole dos "pais" a quem a criança foi entregue.
A decisão salomónica da divisão da criança para que ambas as mães ficassem com metade da criança é demais conhecida para a ignorarmos sabendo que o desfecho foi a mãe biológica preferir entregar a criança a quem lha roubou - ou sequestrou -, do que ver a criança dividida em duas partes iguais. A criança não teve culpa alguma das atrocidades que a brasileira cometeu ao querer ver-se livre do encargo de ter de a criar. O Pai, biológico, por seu lado quer criar a criança, ainda que lhe não possa dar as condições que a família adoptiva, eventualmente, lhe possa dar.
Para mim, o importante seria que a criança fosse criada pelo próprio pai visto que a mãe se demitiu da responsabilidade de a querer criar.
Heroísmo foi o da juíza e do pai biológico!

José Fernandes disse...

Afinal parece que estou mesmo a lutar contra a corrente. Já tenho uma queriada amiga a virar-se contra mim, e isso nunca foi minha intenção. Apenas quiz dar uma visão diferente da da maioria que está a favor do pai adoptivo. Quiz ser imparcial e, pelos vistos virei o mundo contra mim.
Tenho pena que isso tenha acontecido, pois nunca foi minha intenção levantar animosidades fosse de quem fosse.

Anónimo disse...

Em primeiro lugar o pai adoptivo é militar e não Guarda Nacional Republicano.

Em segundo lugar eu apenas quero aqui deixar uma pergunta:

Se o pai biológico apenas quer o poder paternal da criança então por que é que pede uma imdemnização de 30 mil euros ???

Afinal quer a criança ou o dinheiro ??

Há, quer o dinheiro para educar a criança.

Anónimo disse...

Independentemente do Pai adoptivo ter agido correctamente ou não, temos de reconhecer que ele os teve no sítio quando aceitou ir preso para ficar com a filha.

E já agora: é lamentável que os tribunais não saibam explicar ao publico as suas decisões. Se há coisas que estão mal contadas então deveria ter sido o tribunal o primeiro a contar.

Mário da Silva disse...

No Vida por Vida eu coloquei lá um comentário sobre o que penso sobre o caso. Em vez de copiar deixo-vos a ligação. Caso do Sargento Luís Gomes e... o aborto.

O meu comentário é mais sobre a primeira parte do que sobre a segunda.

Para quem mesmo assim tiver interesse uma lista muito incompleta de blogs pró NÃO está aqui.

Até mais.