Wangari Maathai, nasceu num meio rural no Quénia, ainda durante os tempos coloniais britânicos. Teria o mesmo destino de outras meninas quenianas (ter filhos e trabalhar a terra) se não fosse o apoio da mãe e de um irmão para que estudasse numa missão católica. Anos mais tarde aproveitou, a oportunidade de concluir os seus Estados Unidos; era um tempo em que a Fundação Kennedy convidava centenas de estudantes africanos a prosseguir os seus estudos em universidades americanas.
É na América que assiste à independência do Quénia e ao assassinato do presidente Kennedy. Após regressar ao seu país começam as primeiras desilusões: as tensões étnicas estão longe de permitir criar uma sociedade justa; os preconceitos sexistas são muitas vezes um enorme obstáculo.
Wangari trabalha durante muitos anos na universidade e dedica o seu tempo a investigar e a sensibilizar as populações para os problemas ambientais. Anos após a independência era claro para ela que a corrupção e as políticas de desenvolvimento profundamente erradas levaram a pobreza e a destruição do ambiente no seu país.
A sua determinação e coragem valeram-lhe a hostilidade do governo autocrático queniano; foi alvo de diversas campanhas para denegrir a sua imagem pública; as agressões físicas sucederam-se e esteve presa várias vezes. Mas essa sua determinação também despertou a atenção de diversas organizações internacionais que começaram a apoiar as suas iniciativas.
Em 2004, recebeu o prémio Nobel da Paz.
A sua auto-biografia foi publicada em Portugal no final do ano passado. Tem por título «Indomável: uma luta pela liberdade». A ler.
2 comentários:
Lindo, linda!!! Precisamos de mais Wangaris neste mundo!!!
Ela é pobre, é africana, é mulher...
Tem tudo contra ela.
E mesmo assim, venceu!
Deve ser mesmo indomável.
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