Numa entrevista para International Campaign for Human Rights in Iran (ICHRI), Naim Sobhani, o filho de Riaz Sobhani, um Bahá’í iraniano detido na prisão de Evin durante os últimos quatro meses sob a acusação de prestar assistência financeira à Universidade Baha'i no Irão, falou sobre o caso do seu pai. Naim Sobhani disse à ICHRI que após a detenção do seu pai, as suas contas bancárias foram bloqueadas. De acordo com o filho, no seu julgamento 01 de Outubro, Riaz Sobhani aceitou a acusação de prestar assistência financeira à Universidade Bahá’í. "Eu não cometi um crime. Eu só ajudei os jovens estudantes que não têm permissão do governo para ter uma educação", disse Riaz Sobhani ao tribunal.
"Há cerca de quatro meses atrás, os agentes apareceram em casa de meu pai sem um mandado. Eles revistaram a sua casa e, posteriormente, levaram o meu pai, juntamente com todos os computadores existentes em casa. Não tivemos nenhuma notícia dele durante cerca de três semanas. Durante esse tempo, quando minha mãe e meus irmãos que vivem no Irão iam à prisão de Evin, as autoridades prisionais diziam-lhes que ele não estava lá. Finalmente, após três semanas, ele pôde de telefonar para casa e dizer que estava vivo e na prisão de Evin. Ele passou os primeiros dois meses em isolamento solitário. Ele tem 68 anos, e nunca foi politicamente activo", disse Naim Sobhani.
O primeiro advogado de Riaz Sobhani, Abdolfattah Soltani, foi preso pouco depois de aceitar o seu caso, e a sua família foi forçada a escolher outros advogados. "O seu advogado disse à minha família que esta não foi a primeira vez que ele tinha visto um julgamento assim, pois Bahá’ís são geralmente acusados de crimes sem fundamento, tais espiar para Israel e os Estados Unidos. Mas, graças a Deus, a acusação contra o meu pai era o mesmo que ele tinha sido dito no dia de sua prisão, nomeadamente "ajudar a Universidade Bahá’í." E porque a acusação era verdadeira, o meu pai disse: 'Sim, eu fiz isso. Não cometi um crime. Também não fiz nada contra a lei. E também não tenho nada a ver com política. Vocês não permitem que os jovens Bahá’ís frequentem as universidades. Eu só os ajudo a estudar. E sobre isso, vocês nem sequer reconhecem esse diploma universitário. Eles são felizes apenas a estudar ", disse Naim Sobhani.
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