Mais de mil milhões de pessoas em todos os continentes irão celebrar, de diversas formas, o nascimento de Jesus Cristo, no dia 25 de dezembro. Neste período que antecede o Natal, cada uma delas terá inúmeras ocasiões para desejar Feliz Natal a outras pessoas – cada uma aquecendo o outro com o entusiasmo que vem de uma tradição popular bem conhecida.
A música, as festas, os gestos de amor e de bondade, cada um à sua maneira, reflectem a forma como recordamos juntos os benefícios do nascimento de Jesus Cristo. Mas nem sempre foi assim. No início, nem parecia que a criança iria sobreviver à ira do rei do seu país. Lemos no Novo Testamento que Jesus não surgiu num mundo acolhedor:
E, tendo nascido Jesus, em Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram, do oriente, a Jerusalém, Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente e viemos a adorá-lo. E o rei Herodes ouvindo isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele. E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo. E eles lhe disseram: Em Belém de Judeia; porque assim está escrito pelo profeta:
E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel. (Mt 2:1-6)
O rei Herodes tinha um problema. Pediu aos sábios que lhe dissessem o paradeiro da criança. Movidos por um anjo que os advertiu, os magos esconderam o segredo sobre o menino Jesus. Tinha aparecido um novo rei, e Herodes não fazia ideia de quem era, ou quando afirmaria a sua autoridade. Herodes sentiu-se ameaçado. Ele precisava de um plano para preservar o seu poder. Desesperado, Herodes decidiu tomar medidas drásticas:
Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todos os seus arredores, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos. Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz:
Em Ramá, ouviu-se uma voz, lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos e não querendo ser consolada, porque já não existem. (Mt 2:16-18)
José e Maria, os pais de Jesus, foram avisados por um anjo e escaparam aos planos malévolos de Herodes. Isto é extraordinário – tal como o são muitos outros milagres associados à vida e aos ensinamentos de Sua Santidade, o Filho de Deus. Contudo, nada disto se compara à influência duradoura dos Seus ensinamentos.
Os Bahá’ís acreditam que Jesus, um Manifestante divino de Deus, revelou novamente o espírito de Cristo, para que as almas dos homens pudessem reflectir mais perfeitamente os atributos de Deus na terra:
Jesus Cristo foi um Educador da humanidade. Galeno, o médico e filósofo grego que viveu no século II d.C., escreveu um tratado sobre a civilização das nações. Ele não era cristão, mas testemunhou que as crenças religiosas exercem um efeito extraordinário sobre os problemas da civilização. Essencialmente, disse: “Há entre nós certas pessoas, seguidores de Jesus, o Nazareno, que foi morto em Jerusalém. Estas pessoas estão verdadeiramente imbuídas de princípios morais que causam inveja aos filósofos. Acreditam em Deus e temem-n’O. Têm esperança nos Seus favores; por isso, evitam todos os actos e acções indignas, e inclinam-se para uma ética e uma moral louváveis.” ('Abdu’l-Baha, The Promulgation of Universal Peace, p 86)
A maravilha da época do Natal reflecte o espírito do propósito sublime de Cristo nas noções elevadas e nos incontáveis actos louváveis de serviço que os humanos prestam uns aos outros. Este notável testamento da soberania de Deus mostra que após 2000 anos a mensagem de Cristo se tornou mais convincente. Na verdade, se eu tivesse vivido nessa época, provavelmente não seria capaz de imaginar a autoridade e a influência de Cristo a estender-se de modo a abranger a Terra como acontece agora.
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Texto original: Baha’is and the Birth of Jesus (www.bahaiteachings.org)
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